Parte da personalidade desta coluna está associada ao talento de Roberto Alvarez, o desenhista dos empresários, economistas e políticos que ilustram esta página e são personagens diários do capitalismo brasileiro.
A pedido do colunista, Alvarez resgatou os desenhos ‘bico-de-pena’, que evocam a melhor época do jornalismo econômico tanto da extinta Gazeta Mercantil quanto do The Wall Street Journal pré-Murdoch, quando ainda era controlado pela família Bancroft e dirigido no dia-a-dia por editores do calibre de Paul Steiger.
Muitos destes desenhos estão reunidos num quadro que ilustra nossa página do Facebook, que muitos leitores ainda não devem conhecer.
Quase um ano e meio depois de entrar no ar, o VEJA Mercados está mudando aquela foto de background, nosso pequeno ‘Hall of Fame’.
Não se trata apenas de uma mudança cosmética, e sim uma que reflete nosso universo de interesses (constantemente em mudança) e uma adaptação à realidade.
Um personagem saiu do quadro porque não está mais entre nós: caso de Eduardo Campos, o candidato à Presidência que aparentava ser uma promessa de renovação na política e que morreu tragicamente durante a campanha.
Alguns CEOs anteriormente retratados ali perderam o emprego: caso de Zeinal Bava, da Oi, que caiu depois que a Portugal Telecom perdeu quase 1 bilhão de euros investindo em títulos do Grupo Espírito Santo; e Maria das Graças Foster, da Petrobras, que administrou a herança maldita do petrolão enquanto lhe foi possível.
Outros personagens perderam relevância no noticiário: Jonas Barcelos (o ex-controlador da Dufry) não participa mais do mercado de capitais; outro mineiro, Aécio Neves, agora disputa espaço no seu PSDB com pelo menos dois outros nomes de peso no partido.
Saíram da foto também Jorge Gerdau Johannpeter e Benjamin Steinbruch, num momento em que as duas maiores siderúrgicas nacionais enfrentam problemas de endividamento e governança.
Com isso, criamos espaço para Carlos Brito, CEO da Anheuser-Busch Inbev, numa época em que a cultura de gestão da 3G se firmou como um benchmark mundial, e José Galló, CEO da Lojas Renner, o benchmark do varejo nacional.
O novo desenho mostra ainda Mario Henrique Simonsen (expoente de um pensamento econômico que teria evitado nossa debacle atual, e que ainda pode nos tirar desta), e Mansueto Almeida, representante de uma nova geração de economistas que estão mostrando, por a + b, o tamanho dos desafios que enfrentamos como sociedade.
Duas mulheres importantes também foram adicionadas à paisagem: Angela Merkel, que tem segurado a zona do euro por um fio, e Janet Yellen, cuja decisão (colegiada) de começar a aumentar os juros poderá agravar ainda mais a situação de países com contas públicas frágeis.
Ao mesmo tempo, a coluna passou a se interessar ainda mais pelo que acontece no mundo: às vezes por escapismo da recessão e da falta de rumo do Brasil, outras vezes por buscar na economia global lições que nos sirvam de inspiração, como por exemplo: a ideia de que os líderes de hoje podem se tornar as notas de rodapé de amanhã, a convicção de que a concorrência (livre e robusta) é a mãe do capitalismo sadio, e a certeza de que a inovação é tão essencial quanto o oxigênio.
É por isto que dedicamos cada vez mais tempo e espaço a gente como Tim Cook, CEO da Apple, Mark Zuckerberg, do Facebook, e o incansável Elon Musk, da Tesla Motors, da SpaceX e da SolarCity.
Neste momento em que o Brasil fica menor e mais confuso, é mais importante do que nunca discutir as soluções para o País, enquanto, pra aliviar o mal estar, pensamos no Vale do Silício como modelo e oásis.
No início deste post, o novo quadro, com os novos personagens; abaixo, o antigo.
Por Geraldo Samor
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