confira:
Parte dos 127 novos profissionais já estão contratados e participaram da pré-produção do filme “Nosso Sonho”, sobre os cantores Claudinho e Buchecha, maior bilheteria nacional de 2023.
Se Claudinho e Buchecha, quando quiseram falar de amor, escreveram 🎵 “o nosso sonho não vai terminar…”🎵 , quem vai contrariar? O refrão da música da maior dupla de funk melody do país, febre nos anos 90, retrata mais do que se imagina. A canção deu nome ao filme sobre a dupla: "Nosso Sonho", uma trajetória de amizade, paixão pela música e superação.
Lá em Laranjeiras, bairro tradicional do Rio de Janeiro, onde fica a única escola de ensino médio 100% vocacionada em cinema e audiovisual do país, 127 alunos deram rosto e sentimentos para a 1º turma formada na área. E parte dessa galera foi responsável pela pré-produção do filme “Nosso Sonho”.
A formatura foi em dezembro. Essa é a 1ª turma de ensino médio + técnico em Cinema e Audiovisual do Centro de Referência em Cinema e Audiovisual da Firjan SENAI SESI Laranjeiras. Na unidade, cada turma recebe o nome de uma referência do segmento. Tem a turma Fernanda Montenegro, tem a Walter Salles, e essa 1ª turma de formandos leva o nome de Breno Silveira, em homenagem ao cineasta brasileiro morto em 2022.
Ricardo Costa dos Santos, 17 anos, levantou o canudo ao lado dos colegas. Questionado sobre qual foi o sentimento nesse momento, todas as respostas levam ao mesmo caminho: o do amor ❤️.
“Eu estava muito feliz, mas um sentimento em especial me marcou, era uma nostalgia. No discurso que uma colega fez, lembrou sobre situações corriqueiras. Aqui em casa, por exemplo, minha mãe sempre me recebia na porta quando voltava da escola, com um beijo e um abraço. Nem sempre retribuía na hora, mas depois ia lá e perturbava ela um pouco. Lembrei desse apoio que recebemos, e desmoronei. Todos nós lembramos de momentos felizes, mesmo que em muitos momentos tenha sido cansativo. No final, já estava com saudade”, conta Ricardo.
O jovem fala de amor e de sonho também quando vislumbra um futuro melhor a partir da qualificação. Quer usar o que aprendeu também para ajudar. Ele e a família são testemunhas de Jeová e Ricardo pretende ser voluntário no grupo religioso. “Eu pesquisei e vi que sempre precisam de pessoas nessa área, além disso, tem espaço em São Paulo e até nos Estados Unidos. Logo que vi que tinha essa oportunidade, pensei: pronto, é isso”, lembra Ricardo, morador de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. “O curso abriu meus horizontes”, afirma.
Dá play no vídeo pra conhecer mais da história e dos sonhos do Ricardo 👇🏾
O mundo do cinema e do audiovisual, muitas vezes do outro lado da tela, é distante para parte desses jovens. Mas esse tipo de roteiro tá ultrapassado, né? A Firjan, com o ensino técnico, levou recentemente os jovens para conhecer a sede da Netflix, em São Paulo. Tiveram aula in loco e viram como funciona a tecnologia utilizada na produção da série “Senna”, sobre a história do ídolo da Fórmula 1.
E se a ideia é escrever novos roteiros, o professor de Cinema e Audiovisual da Firjan SENAI Laranjeiras Saulo Pinheiro Belfort já sabe qual deve ser o mantra: “O medo nos limita. Arrisque-se!”, diz ele.
Saulo foi aluno do SENAI, fez curso técnico em 2015 e foi chamado de volta, desta vez como professor. Está à frente das turmas de cinema e audiovisual desde a inauguração da escola em 2022. Nesse tempo, pode vibrar junto com os alunos ao vencerem o Prêmio Curta Criativo da Firjan, dando às mãos a jovens de 15 anos.
“Isso é incrível! São meninos e meninas de 15 anos recebendo seu primeiro prêmio. Aquele dia foi o Oscar para eles. É muito emocionante porque é uma oportunidade de sonhar. Muitos jovens são periféricos, poderia ser algo fora da realidade deles, mas estamos mostrando que sempre podem almejar algo maior”, comemora o professor.
Sonhos como o do Ricardo, do Saulo, de Claudinho e Buchecha, são amparados positivamente pelos dados do mercado de cinema e audiovisual. É quando todos podem, sim, sonhar com seu dia de Fernanda Torres no Globo de Ouro. Existe uma alta demanda por profissionais e isso é em parte reflexo da expansão do mercado nacional.
Nos dois primeiros meses de 2024, a receita dos filmes brasileiros ultrapassou a marca dos R$ 78 milhões, mesmo com diversos indicados ao Oscar 2024 estreando no Brasil no mesmo período. Os dados da Agência Nacional de Cinema (Ancine) mostram que esse valor supera a receita e o público total dos filmes nacionais durante todo o ano de 2023.
Paralelamente, a indústria audiovisual recebeu recentemente uma injeção de ânimo com a sanção da Lei de Cotas para o cinema e a TV paga, além de mais de R$ 2,7 bilhões da Lei Paulo Gustavo. Estima-se que o setor contribua com mais de R$ 27 bilhões ao PIB brasileiro, e o levantamento “O impacto econômico do audiovisual na América Latina” (Netflix/Deloitte) prevê um crescimento anual de 7,2% da indústria audiovisual mundial até 2030.
Mas não se pode deixar de mencionar a falta de mão de obra qualificada. No Brasil, três a cada quatro empresas de audiovisual encontram dificuldades na contratação de mão de obra. A falta da qualidade técnica dos profissionais é apontada como um dos principais desafios por 64,3% das instituições. Os dados são do “Estudo de Demanda Profissional do Setor Audiovisual”, elaborado, em 2024, pela Firjan, em parceria com o Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual (Sicav).
O superintendente de Educação Profissional e Superior do SENAI, Felipe Morgado, conversou com a Agência de Notícias da Indústria e explicou como o SENAI tem investido nesse mercado e como estão as previsões de crescimento, confira:
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Foto: Arquivo pessoal
Da Agência de Notícias da Indústria
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