Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Novos projetos de exportação têm árabes como foco

Por: Interface

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) assinou quatro novos contratos com instituições setoriais para promover produtos brasileiros no exterior. Um deles tem na sua estratégia países árabes como mercados prioritários e o outro, como secundários. Outros três contratos já em vigor serão renovados na mesma ocasião.

Os acordos são com a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE) e Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE). Serão renovados projetos já em vigor com a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

De acordo com informações da Apex-Brasil, o investimento nos sete projetos será de R$ 65,9 milhões. Desse total, R$ 44,8 milhões serão aplicados pela Apex-Brasil e o restante, pelas associações. O coordenador de projetos setoriais da agência, Igor Brandão, afirmou à ANBA que a Apex-Brasil realizou uma revisão de seus acordos nos últimos dois anos e ao fim deste processo, convênios que antes recebiam até 85% dos seus recursos da Apex-Brasil passaram a receber 70%. “Com isso foi possível abrir mais espaço no orçamento para atender novos setores e é justamente isso que estamos celebrando agora”, afirmou Brandão.

Por meio desses projetos de promoção, a Apex-Brasil e as entidades de classe fazem pesquisas e consultam seus associados para identificar mercados-alvo, ou seja, aqueles que receberão as ações de promoção comercial dos projetos. O projeto que será assinado com a Viva Lácteos identificou como mercados prioritários Argélia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Angola e Rússia.

Segundo dados da Viva Lácteos, no ano passado foram exportados US$ 319 milhões em produtos lácteos. Desse total, 10% foram para países árabes. A Arábia Saudita foi o segundo principal importador, com compras de US$ 12,7 milhões em leite condensado. O primeiro, a Venezuela, importou mais de US$ 238 milhões do setor.

“Com o apoio da Apex-Brasil, por meio de participação em feiras e rodadas de negócios, pretende-se uma maior exposição dos produtos brasileiros aos árabes”, afirmou o diretor executivo da Viva Lácteos, Marcelo Martins à ANBA. Entre as ações previstas, há participação em feiras, rodadas de negócios e missões de prospecção “sempre visando a aumento das exportações”, disse.

A Anfir, que reúne, entre outros, fabricantes de caçamba, máquinas e carrocerias, terá em seu projeto com a Apex-Brasil dois países árabes como foco. Chile, Peru, Bolívia, Colômbia e Angola são os mercados prioritários. O projeto tem como alvo secundário Emirados Árabes, Argélia, México e Argentina. Segundo as estimativas da Apex-Brasil, já neste ano as 15 empresas que participam da iniciativa deverão exportar US$ 50 milhões.

O fato de Emirados Árabes e Argélia serem focos de dois dos projetos está relacionado, na avaliação de Brandão, ao potencial desses países e à sua relação com o Brasil. Além disso, ele lembra que estas nações são consideradas “estratégicas” no Plano Nacional de Exportações, do governo federal.

“No caso da Argélia, representa uma importante porta de entrada ao continente africano, além de ser um mercado com algumas características semelhantes ao brasileiro, o que torna a missão de internacionalização menos árdua para as empresas nacionais. Já os Emirados Árabes representam um importante hub (polo de distribuição) na região do Golfo Pérsico e uma entrada para mercados mais sofisticados dentro dessa mesma região. São mercados atraentes e prioritários para vários dos projetos que temos na agência”, afirmou Brandão.

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