Em 2012, Jensen Huang, CEO da Nvidia, teve a visão de trabalhar com IA e esse foi um dos diferenciais da empresa na corrida pelo topo do mercado.
Em fevereiro de 2024, a Nvidia ultrapassou a Alphabet e passou a ocupar o posto da terceira empresa mais valiosa do mundo, somando US$ 2,2 trilhões. Agora, o ranking é composto por Microsoft, Apple e Nvidia, respectivamente. Na época, o mercado ficou animado com a novidade. Somente neste ano, as ações da gigante saltaram 70%, e os resultados do ano fiscal foram surpreendentes.
A fabricante encerrou seu ano fiscal em janeiro de 2024 com uma receita de US$ 60,9 bilhões, aumento de 126% em relação ao ano anterior. No quarto trimestre do ano fiscal, o valor foi de US$ 22,1 bilhões, salto de 265% quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado.
No último trimestre, o setor de data center da divisão Enterprise da Nvidia conquistou uma receita de US$ 18,4 bilhões, o que representa crescimento de 409% em comparação com o ano anterior. Já a receita do ano fiscal aumentou 271%, para um recorde de US$ 47,5 bilhões.
Mas o que aconteceu para uma empresa originalmente de hardware ter conquistado resultados tão expressivos na era do software e da nuvem? A resposta está na inteligência artificial (IA) e isso significa ir muito além do hardware e se aproximar, cada vez mais, do software.
“Como vamos construir software no futuro? É improvável que você o escreva do zero ou escreva um monte de código Python ou algo assim. É muito provável que você monte uma equipe de IAs”, afirmou Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia, no GCT 2024, que acontece em San José*, na Califórnia, Estados Unidos. Ele completou dizendo que para tudo isso ser possível é preciso uma fundação preparada e ágil.
Em IA, a empresa se posicionou antes de outros negócios já em 2012, enxergando o potencial dessa tecnologia, lembrou Huang. É por isso que a empresa tem sido uma das grandes beneficiadas da corrida de IA.
No cerne da estratégia da Nvidia está a computação acelerada, que Huang descreve como revolucionária. Ele introduz o conceito de geradores de IA como a nova fronteira na computação.
Ao contrário dos data centers tradicionais que armazenam arquivos e executam aplicativos, os geradores de IA são dedicados ao processamento de tarefas para indivíduos específicos. Seja gerando tokens para modelos de linguagem ou criando imagens e sons, esses geradores de IA marcam uma mudança de paradigma na computação.
Huang vislumbra um futuro em que a IA não apenas processa informações, mas também as gera, inaugurando uma nova era de fábricas de IA. “Essas fábricas, alimentadas pelo hardware e software avançados da Nvidia, têm o potencial de remodelar indústrias e impulsionar uma nova onda de inovação”, comentou em conversa com a imprensa durante o GTC
À medida que as capacidades de computação evoluem, também avança a complexidade do software. Huang enfatiza a natureza do software moderno, especialmente no domínio da IA. Com modelos cada vez mais sofisticados, a demanda por sistemas de software complexos continua a crescer.
A mais recente oferta da Nvidia, o sistema de computador Blackwell, representa um salto em desempenho e eficiência energética nesse sentido. Ao aproveitar o poder da IA para tarefas de inferência e geração, o Blackwell promete revolucionar a interação com os computadores.
Na visão de Huang, o futuro da interação da máquina com o software é fluido e intuitivo. Ele prevê uma mudança para o software impulsionado por IA, onde os usuários podem simplesmente conversar com agentes de IA para realizar tarefas. Essa visão está alinhada com os esforços da Nvidia para democratizar a IA por meio de APIs e microsserviços fáceis de usar.
Além disso, a Nvidia tem como objetivo capacitar as empresas a aproveitar a IA por meio de soluções personalizáveis. Ao fornecer ferramentas e infraestrutura, a Nvidia permite que as empresas construam suas aplicações de IA adaptadas a necessidades específicas.
Embora o potencial da IA seja imenso, Huang reconhece os desafios que ela apresenta, especialmente em termos de educação e adoção. Ele enfatiza a importância de abraçar a IA como uma ferramenta para inovação, independentemente do conhecimento técnico de cada um. Nesse sentido, a Nvidia está comprometida em apoiar indivíduos e empresas em suas jornadas de IA, fornecendo recursos acessíveis e expertise.
“Estamos avançando além do hardware, explorando novas fronteiras, desde a geração de chips e supercomputadores até o desenvolvimento de software, robôs e a promessa da inteligência artificial. Há muitas coisas acontecendo”, finalizou ele.
*A jornalista viajou a convite da Nvidia
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