Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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ROSANNE MARTINS

Por ROSANNE MARTINS
Autora do Coluna "Sonhe & Realize" no ZWELA ANGOLA


No  dia 8 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Poetas e escritores já enalteceram e prestigiaram mulheres jovens, mães, filhas, esposas e trabalhadoras. Mas qual seria o papel da mulher nos dias atuais? Quem é a mulher do século 21? Estaria ela feliz e completa; pronta para entregar seu legado a futuras gerações?

A mulher que comemoramos hoje saberia que a de ontem morreu queimada e trancada por policiais e pelos donos de uma fábrica de tecidos por reivindicar igualdade de salários e diminuição da jornada de trabalho de 16 para 10 horas, no dia 8 março de 1857? Talvez não!

Vale lembrar também que, praticamente 100 anos antes da tragédia ocorrida na fábrica têxtil Cotton, em Nova Iorque, Mary Wollstonecraft publicou e reivindicou em seu famoso livro "A Vindication of the Rights of Women", a igualdade social e moral dos sexos. No entanto, ainda assim, nem mesmo os anos de história foram capazes de evitar a morte das tecelãs.

Mais cem anos se passaram e em 1960 a pílula contraceptiva foi aprovada pelos órgãos competentes e no ano seguinte, disponibilizada para consumo, deu à mulher o direito e o poder de controlar a reprodução. Era o início de grandes mudanças na vida sexual feminina.

Mais tarde, em 1966, Betty Friedan, escritora e ativista dos direitos femininos, e outras vinte e oito mulheres fundaram a NOW - Organização Nacional para Mulheres.

O propósito da organização era fazer com que as mulheres tivessem plena participação na sociedade americana da época e exercessem todos os privilégios e responsabilidades da mesma forma e em parceria com os homens. Sob o lema - "O privado é político, nosso corpo nos pertence"- norte-americanas, inglesas e italianas ganharam as ruas difundindo as ideias da organização.

No Brasil, em São Paulo, em 1975 foi criado o Centro de Desenvolvimento da Mulher Brasileira e muito embora as conquistas da mulher Brasileira também tenham sido muitas; do direito ao voto, em 1932, à criação de delegacias para mulher na década de 80 ainda há muito a ser estudado e, por que não, revisto.

É interessante observarmos a trajetória e a evolução da conquista dos direitos femininos e avaliar, à luz dos acontecimentos atuais, aonde chegamos e como.

A luta para diminuir a lacuna existente entre os direitos do homem e da mulher continua viva. Ideias de igualdade sobre a participação das mulheres na sociedade, salários justos, o controle do próprio corpo, participação nas decisões políticas foram objetivos alcançados com sucesso. Porém, devido à atual insegurança econômica global, a luta feminina prossegue não somente com o intuito de conquistar novas metas, mas também no sentido de manter os avanços feitos.

Mas ao avaliarmos a história que remonta mais de dois séculos nos vemos diante de um, aparente, paradoxo: apesar das conquistas e do status social adquirido a mulher encontra-se, hoje, mais infeliz do que nunca.

No que diz respeito à política sexual, estudos mostram que há uma probabilidade muito maior das mulheres preferirem namorar ou ter relacionamentos estáveis a simplesmente "ficar". Enquanto os homens reportaram apreciar os relacionamentos de apenas uma única noite por aumentar a sensação de bem-estar e melhorar a autoestima. Em contra partida muitas mulheres se sentiram "usadas" ou desapontadas consigo mesmas.

Ora, é claro que não se pode negar a importância da mulher ter conquistado o direito de agir em termos sexuais da maneira que mais as agrade; é bom ter a chance de optar. No entanto, o sexo casual parece ter adquirido a conotação de necessidade ou expectativa. Hoje, tanto as mulheres jovens como as mais velhas sentem significante pressão das amigas ou mesmo do meio social de se renderem a relacionamentos íntimos que nem sempre se sentem prontas. E se o desejo era de esperar para fazer sexo, elas acabam se questionando se há algo errado com elas: Será que estou sendo "careta" demais e vou acabar ficando para trás?

Hoje, mais do que nunca, a mulher é altamente qualificada no que diz respeito à educação e a formação profissional. No entanto, sexualmente falando, a mulher não somente diminuiu em muito o valor próprio como elas também competem umas com as outras numa tentativa de atrair a atenção dos homens. Desta maneira, correm o sério risco de vulgarizar a própria imagem, exigindo muito pouco ou nada dos homens para que fiquem com elas.

Como mulher, vale o alerta de que o feminismo veio para nos dar opção de escolha e controle sobre a própria vida, não o oposto!

Um beijo carinhoso e um pedido de reflexão às bravas mulheres de sempre e da atualidade!

ROSANNE MARTINS é palestrante motivacional e escritora, formada em Química e Bióloga. O seu mais recente livro é "Por Que Sonhar Se Não Para Realizar?". Ela é a autora do Coluna "Sonhe & Realize" no ZWELA ANGOLA. Visite o Site da ROSANNE MARTINS.

Fonte:|http://www.zwelangola.com/opiniao/index-lr.php?id=8547

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Comentário de Antonio Silverio Paculdino Ferre em 8 março 2012 às 8:43

Parabens a todas as mulheres. Pesquiza noticiada ontem diz que amulher brasileira é a mais feliz do mundo. E que em todo o planeta, as mulheres são mais felizes do que os homens. Ontem foi aprovada lei que multa as empresas que pagarem salários menores às mulheres que exercerem as mesmas funções que o homem. Ainda teem algumas outras prerrogativas( lei Mª da Penha). Abusando do meu machismo, proponho que se aposentem nas mesmas condições dos homens!

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