O presidente do BC também afirmou que a inflação baixa é condição para um desenvolvimento sustentável do país em um longo prazo.

[petrúcio josé rodrigues]

Controle da inflação contribuirá para erradicação da miséria, diz Tombini

InfoMoney

SÃO PAULO - O governo lançou, na quinta-feira (2), o programa para retirar 16 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza. Segundo o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o órgão contribuirá para a erradicação da miséria no Brasil por meio do controle da inflação no médio e longo prazos.

"O Banco Central pode e irá contribuir para esse desafio. A principal forma de contribuir é exatamente assegurar que a inflação irá se manter baixa no médio e longo prazo", disse Tombini, segundo a Agência Brasil. De acordo com ele, os mais pobres são os mais prejudicados pela alta dos preços.

O presidente do BC também afirmou que a inflação baixa é condição para um desenvolvimento sustentável do país em um longo prazo. Segundo ele, nenhum país conseguiu crescer por vários anos seguidos com alta taxa de inflação.

O governo federal, segundo Tombini, está trabalhando para assegurar que a inflação seja moderada. "A confiança da sociedade e dos agentes econômicos de que a inflação permanecerá baixa é condição necessária para a ampliação dos horizontes de planejamento das famílias, das empresas e do governo", afirmou.

Plano

O Plano Brasil sem Miséria tem, entre as metas, a retirada de 16 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza até 2014.

Somado a isso, o governo pretende trabalhar para elevar a renda per capita das famílias que vivem com até R$ 70 por mês, ampliar o acesso aos serviços públicos, focar nas ações de cidadania e nas oportunidades geradas por políticas e projetos públicos.

O foco do plano social será capacitar as pessoas para que possam ter seu próprio sustento. O governo nega que a finalidade do programa seja corrigir as falhas no Bolsa Família, principal programa de transferência de renda governamental, iniciado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva