Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O silêncio dos covardes. Ou: O inferno é o muro

“Quem poupa o lobo mata a ovelha”. (Victor Hugo)

“Os lugares mais quentes do inferno são destinados aos que, em tempos de grandes crises, mantêm-se neutros”. (Dante Alighieri)

No poema “Caminhando com Maiakóvski”, de Eduardo Alves Costa, esse perigo da covardia moral é ilustrado de forma interessante:

“Na primeira noite eles se aproximam

e roubam uma flor do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem,

pisam as flores, matam nosso cão,

e não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles entra

sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz,

e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada.”

Na mesma linha, o texto de Martin Niemöller representa um ícone da resistência ao nazismo:

“Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.

Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram

meu outro vizinho que era comunista.

Como não sou comunista, não me incomodei.

No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.

Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram;

já não havia mais ninguém para reclamar.”

A mensagem é muito clara: o silêncio dos covardes um dia se volta contra eles mesmos! A complacência de hoje é paga com o sangue de amanhã. “Tudo que é necessário para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam”, alertou Edmund Burke. Ou ainda, em uma imagem:

O muro

Rodrigo Constantino

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