Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Oferecemos o que o mundo precisa: Economia mais verde, afirma Josué Gomes da Silva

Presidente da Fiesp destaca a importância da descarbonização e da energia sustentável e diz que novas oportunidades podem beneficiar as micro, pequenas e médias empresas.

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Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp

Em um cenário de crescimento para os próximos anos, que se concretizará caso o Brasil aproveite as oportunidades, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, vê perspectivas positivas: “as micro, pequenas e médias empresas podem colaborar para a agregação de valor às nossas commodities”, disse Josué, durante a abertura do 15º Congresso da Micro, Pequena e Média Indústria, realizado na terça-feira (3/10) e com transmissão pelo canal da entidade no YouTube.

As oportunidades estão começando a surgir. Josué relatou que voltou há poucos dias de Nova York, onde participou de encontro do governo brasileiro com alguns dos maiores investidores do mundo, que buscam alternativas para alocação de recursos em um contexto marcado pelos impactos da pandemia e pela guerra na Ucrânia. “Todos eles têm interesse ávido de investir no Brasil, porque eles veem aqui uma plataforma para a realocação das cadeias globais de valor. Esta será a década do Brasil”, afirmou.

O presidente da Fiesp enfatizou o papel preponderante que a Ásia continuará tendo, mas lembrou que grande parte dos novos investimentos serão feitos em outras regiões do mundo, por conta da guerra comercial declarada entre Estados Unidos, Europa e China.

“Se é verdade que México e Índia têm sido até aqui os beneficiários de grande parte dos investimentos, também é verdade que o Brasil oferece condições excepcionais para pelo menos dois dos maiores desafios que se apresentam para humanidade neste momento”, afirmou Josué. Ele se referia às energias renováveis, devido ao grande potencial do Brasil, e à segurança alimentar, uma vez que o país é um dos maiores produtores de alimentos do mundo.

Ele classificou como “ímpares” as condições que o Brasil oferece para a nova indústria, com base na energia sustentável, tendo grande potencial por meio da biomassa, da energia eólica e solar. “Oferecemos a solução que o mundo precisa: uma economia mais verde, descarbonizada”.

Josué destacou a pujança do agronegócio brasileiro e atribuiu parte de seu crescimento e aumento na produtividade à indústria de transformação, por oferecer equipamentos e bens cada vez mais sofisticados. Muito embora seja importante exportar, o melhor, de acordo com o presidente da Fiesp, seria exportar produtos com alto valor agregado. E justamente nesse ponto, as micro, pequenas e médias empresas podem se beneficiar. Motivo que levou a Fiesp a organizar o 15º Congresso da Micro, Pequena e Média Indústria.

Na abertura do 15º Congresso da Micro, Pequena e Média Indústria – MPI, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, disse que as micro, pequenas e médias empresas podem colaborar em um cenário de crescimento do país para os próximos anos. Fotos: Ayrton Vignola/Fiesp

 

Para ver a abertura na íntegra, clique aqui.

O presidente do Conselho Superior da Micro, Pequena, Média Indústria (Compi) da Fiesp, Sylvio Gomide, ressaltou a representatividade desse grupo de empresas. “Elas são 99% dos CNPJs na indústria de transformação, com 58% dos empregos gerados e 46% da massa salarial, tendo 36% do faturamento”.

A economia verde também foi destaque na fala do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Em sua avaliação, mais do que saber onde investir para fabricar bem e barato, o investidor quer saber onde poderá fazer isso de modo sustentável.

“O Brasil tem uma nova oportunidade com a neoindustrialização, que deve ser inovadora e sustentável. Existe a necessidade de trocar os combustíveis fósseis por novas fontes de energia. Ou Brasil ou os Estados Unidos vão oferecer essas soluções. São Paulo é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo. Podemos fazer o hidrogênio por meio do etanol. Temos muitas oportunidades de atrair investimento na área de energia renovável”, enfatizou Alckmin.

Ele anunciou a ampliação do programa Brasil Mais Produtivo, que utiliza a expertise do Senai e do Sebrae. “A meta é chegarmos perto de 90 mil empresas atendidas, que receberão consultoria de forma customizada e analítica para saber quais são os maiores gargalos, como podem melhorar em termos de produtividade”, explicou, lembrando que se as empresas precisarem de equipamentos poderão ter financiamento com juros de até 4%, por meio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Finep, agência de fomento ligada ao MDIC.

Por fim, Alckmin defendeu a Reforma Tributária, afirmando que ela “vai impulsionar a atividade industrial, desonerar completamente o investimento e as exportações”. E ressaltou a necessidade de avançar no comércio com os países mais próximos. “Perdemos o comércio com os vizinhos, que é para onde nós podemos vender valor agregado, como caminhão, geladeira, produtos industriais”, alertou.

Também esteve presente o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, para quem a criação da nova pasta revela a importância dada às micro, pequenas e médias empresas por parte do governo federal.

Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp

https://www.fiesp.com.br/noticias/oferecemos-o-que-o-mundo-precisa-...

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