Maputo - Os operários da unidade de confecção de vestuário MOZITEX, pertencente ao Fundo Aga Khan para o Desenvolvimento Económico (AKFED, sigla inglês) trabalham em "condições deploráveis e de injustiça salarial", constatou hoje (segunda-feira) a governadora de Maputo, Maria Jonas.
Numa visita efetuada àquele centro de produção, a governadora da província de Maputo apurou que uma parte dos 500 trabalhadores da MOZITEX, maioritariamente jovens, não têm contratos laborais há mais de três meses e trabalham para além das oito horas diárias estabelecidas por lei.
A unidade de confeçcão de vestuário para exportação para os Estados Unidos, União Europeia e África do Sul, foi inaugurada em Outubro de 2010 aquando da visita do príncipe Amyn Aga Khan à capital moçambicana.
A AKFED investiu dois milhões de euros, no restabelecimento daquela fábrica com sete linhas de produção, que emprega maioritariamente mulheres.
Durante a visita da governadora de Maputo, os funcionários da MOZITEX queixaram-se ao jornal Diário de Moçambique de serem forçados a entrar às 7:00 para sair às 17:00 e com apenas 30 minutos de intervalo para o almoço.
Os trabalhadores denunciaram ainda baixos ordenados - recebem salários que variam entre 1.500 (34 euros) e 2.500 meticais (57 euros) - e o facto de não lhes serem pagas horas extraordinárias.
"Já estamos a ser obrigados a ir ao serviço aos sábados, mas também sem nenhuma remuneração", disse um dos trabalhadores, avançando que "trabalham em salas quase que totalmente fechadas e com pouca ventilação".
A água para o consumo dos mais de 500 trabalhadores é fornecida por apenas dois bebedores de 20 litros para todo o dia, acrescentam.
A directora do Trabalho da província de Maputo, Olga Manjate, que integrava a comitiva da governadora de Maputo, salientou que os trabalhadores da firma "também estão a trabalhar sob calor intenso, o que periga sobre maneira a saúde".
Olga Manjate garantiu que irá delegar uma equipa de inspecção para averiguar melhor a situação e obrigar a direcção da unidade industrial a criar melhores condições laborais.
Entre Setembro de 2009 e Dezembro de 2010, a MOZITEX, que funciona nas antigas instalações da TEXLOM, no parque industrial da Matola, Sul de Moçambique, colocou no mercado internacional cerca de 120 mil peças.
FONTE: http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/africa/2011/2/13/...
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