Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Os 12 trabalhos de Hércules do presidente eleito

Hercules é, provavelmente, o mais conhecido herói da mitologia grega. Quase todos já ouviram falar nos seus famosos doze trabalhos. Seus desafios não se resumiram a enfrentar feras, incluíram também missões difíceis como limpar os imundos estábulos do Rei Augias. Seus feitos me inspiram a propor os “12 Trabalhos” do Presidente eleito para o novo ciclo que se inicia no País:

 

1º – REVITALIZAÇÃO DA ECONOMIA

A meta deveria ser elevar o ritmo de crescimento para o patamar médio mínimo de 3% ao ano e assim assegurar empregos e uma renda média aos brasileiros bem superior ao que tem sido obtida nos últimos 10 anos. Para tal, a credibilidade dos investidores deve ser resgatada com base no controle rígido da inflação, na responsabilidade fiscal nos gastos governamentais e no câmbio flutuante.

2º – CRISE DE VALORES

O Brasil que vive um festival de “salve-se quem puder”, “rouba mas faz”, “os fins justificam os meios”. E, sem falar, nos péssimos exemplos que nossos jovens assistiram diariamente durante as campanhas eleitorais. A verdade deixou de ser uma virtude e passou a ser refém das conveniências de cada um e dos seus propósitos mais imediatos. A missão do novo presidente será contribuir para resgatar a credibilidade, a palavra honrada e a ética, combatendo a corrupção em todos os níveis.

3º – EDUCAÇÃO

O sucesso de uma política educacional não pode depender da exceção de iniciativas isoladas ou de ilhas de excelência. Deve ser sistêmico, impregnado em todos os níveis desde o mais elementar até a capacitação contínua dos adultos já profissionalizados. Metade dos trabalhadores poderia ter nível superior ou técnico – ao invés dos 20% atualmente registrados. A causa nobre de uma educação mais capilarizada deve ser abraçada em todo território nacional.

4º – SAUDE

Devemos perseguir o sonho de sermos o país mais saudável da América Latina e combatermos de forma estruturada tanto as doenças típicas de países pobres decorrentes da falta de saneamento básico e do binômio má alimentação-educação, quanto as doenças que atingem as parcelas mais ricas da população como a obesidade e as decorrentes do envelhecimento. Que tal estabelecermos também a meta de expectativa de vida para 80 anos de idade?

5º – SEGURANÇA PUBLICA

Somos campeões onde menos nos interessa: em índices de criminalidade, violência, homicídios, roubos e utilização de menores em crimes, perdendo apenas para países já dominados pelo narcotráfico. Os custos absurdos advindos da necessidade de contratar segurança oneram orçamentos familiares e empresariais. A perda da vida de jovens em idade produtiva e o medo generalizado que deteriora a sensação de bem-estar afetam os cidadãos que se sentem desprotegidos e também negócios como o turismo e a logística de transporte no Brasil. Urge uma reforma da legislação, do sistema prisional assim como de maior integração entre os diversos níveis de poderes e das entidades que deveriam zelar pela Segurança.

6º – EFICIÊNCIA DA MÁQUINA GOVERNAMENTAL

O chamado “choque de Gestão” precisa se transformar em ações e deixar de ser um mero chavão oportunista. O padrão de gastos na manutenção da máquina pública é incoerente com o nível dos serviços públicos gerados. As tentativas para aumentar a eficiência tem sido cosméticas. Assim como Hércules teve de fazer uma faxina nos estábulos do Rei, o presidente eleito necessitará fazer uma grande reorganização no aparato público-governamental, visando desaparelhar a máquina do partidarismo que prejudica seu funcionamento a serviço de todos os cidadãos.

7º – SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL

O novo Governo precisa abraçar de fato a causa da sustentabilidade ambiental com o mesmo vigor com o qual o Governo passado ensaiou combater a desigualdade social – que não pode ser diminuída apenas pelo aumento do consumismo na base da pirâmide. Precisamos de maior eficácia nos Programas Sociais de distribuição de renda, sem os efeitos perversos gerados pelo atual.

8º – POLITICA EXTERNA

O Brasil precisa reassumir uma posição de protagonismo no cenário mundial, influenciando políticas de forma compatível com seu posicionamento no ranking no concerto das nações. É tempo de voltarmos a ser exportadores de produtos de maior valor agregado, resgatando um saldo comercial mínimo de U$30 bilhões e combatendo o crescente déficit em conta corrente.

9º – INFRAESTRUTURA E LOGISTICA

Este é o maior “Calcanhar de Aquiles” da economia. Parte da eficiência operacional conseguida nas fábricas e no campo acaba sendo desperdiçada na hora de transportar e distribuir produtos, prejudicando a produtividade do país.

10º – EMPREENDEDORISMO

Apesar da retórica típica de momentos eleitoreiros, os pequenos e médios empreendedores não são considerados de fato prioritários nas diversas políticas governamentais. Temos já 30 milhões de empreendedores no Brasil e empreender já é o terceiro maior sonho do brasileiro – logo após a casa própria e o automóvel. Estimular o empreendedorismo é a forma mais sustentável de gerar empregos.

11º – SOLUÇÕES URBANAS

O caos urbano nas grandes cidades – causado pelo baixo nível dos serviços públicos e pela ineficiente rede de infraestrutura viária, sanitária, de segurança e pelo padrão desenfreado das edificações nas últimas décadas, entre outros fatores – merece ser repensado de forma a resgatar o bem estar perdido pela falta do planejamento urbano competente.

12º – REFORMA POLÍTICA

Fim da reeleição, do financiamento empresarial a campanhas, do horário gratuito desigual para propaganda eleitoral e da possibilidade de candidaturas com ficha suja são alguns itens que precisam ser enfrentados pelo Presidente eleito.

 

E, se essas 12 prioridades não forem suficientes, permita-me acrescentar o 13º trabalho do Presidente eleito: o resgate do orgulho e da Cidadania comprometida com a Verdade e a construção do Bem Estar Coletivo.

http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/blog-do-management/2014/10/...

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Comentário de Antonio Silverio Paculdino Ferre em 4 novembro 2014 às 8:59

Creio que o artigo foi escrito antes da apuração. Agora é chover no molhado( quem nos dera!). Nossas instituições estão falidas. Alguem acredita no Supremo Tribunal Federal? É melhor confiar no Marcio Tomás Bastos, que é um pouco mais caro, mas resolve!

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