Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Muitos conhecem o meu “debate” com Ciro Gomes, ocorrido há mais de 6 anos, mas que ganhou maior visibilidade recentemente, em uma edição na qual o socialista parece me trucidar, com direito a sonoplastia de tapas e tudo mais.

Entendo: a esquerda precisava desesperadamente de alguma coisa para atacar o “colunista da Veja”, e vibrou com o liberal aqui sendo “humilhado” por um dos seus. Ainda que seja um político que já detonou o PT e o governo Dilma, incluindo a própria “presidenta”. Virou moda entre os néscios repetir: “Esse texto é daquele cara que foi massacrado pelo Ciro Gomes?”

comentei sobre o assunto, lamentando a pobreza do debate em nosso país, que costuma confundir “vitória” com truculência, sem se importar com os argumentos e fatos. Já reconheci, também, que poderia ter me saído muito melhor, de fato, pois faltou experiência e traquejo de minha parte diante de uma cobra criada que apela para todo tipo de estratagema de erística para impedir o debate verdadeiro.

Mas eis o que gostaria de falar agora, interrompendo minhas férias: a tirada que ficou mais famosa nesse “debate” foi quando Ciro perguntou, de forma arrogante, se os cortes de gastos que eu propunha davam “bilhão”. Ele queria saber: onde? Citei alguns exemplos por alto, ministérios inúteis, ONGs que ignoram a letra N na sigla para fazer propaganda de governo com verbas públicas. Ele não ficou satisfeito: dá bilhão? A pergunta virou até hit mixado:

E dede então uma horda de bárbaros adora invadir meus canais para colocar essa pergunta: dá bilhão? Com isso, essa turma “pensa” que encerrou o debate, que não precisa mais focar nos argumentos, pois “arrasou” com o liberal que foi “humilhado” pelo político esquerdista. Acham, ainda, que estão me irritando. Mal sabem que despertam apenas o sentimento de pena em mim, e de perplexidade diante do atraso intelectual de nosso país (o que explica o espaço da esquerda retrógrada por aqui).

Toda essa introdução foi para chegar no óbvio: cortar um bilhão nos gastos públicos é tão fácil, mas tão fácil, que até minha falecida avó faria de olhos fechados. É temerário um político cobrar onde é possível cortar um bilhão de gastos, como se fosse algo improvável ou difícil, sabendo-se que o governo gasta mais de trilhão, e gasta muito mal. É assustador que tanta gente celebre a postura do “debatedor” que age assim para passar a ideia de que falar é fácil, fazer é difícil, justificando, com isso, o tamanho absurdo do nosso governo.

Pois bem:o governo Dilma, de esquerda, que tem o apoio do próprio Ciro Gomes e seu irmão Cid num ministério, acaba de anunciar que vai cortar não um, mas quase dois bilhões nos gastos públicos só com redução de despesas dos ministérios. E por mês!

Imaginem o que um governo liberal não poderia fazer! Bilhões e bilhões seriam cortados da noite para o dia, sem que qualquer coisa mudasse no país, nos serviços públicos (já péssimos apesar da montanha de recursos arrecadados). O único efeito prático seria menos boquinhas para os safados, e mais recursos sobrando no bolso do trabalhador que paga impostos.

O sujeito pode se achar malandro por repetir que não se deve levar a sério “aquele cara que foi humilhado pelo Ciro”. Isso pode lhe dar algum consolo perante sua incapacidade de pensar por conta própria e focar nos argumentos. Mas os fatos não mudam: é preciso ser muito otário para achar que é difícil cortar bilhões em nossos gastos públicos astronômicos. Um bilhão sai na urina quando se trata desse governo perdulário e incompetente…

Rodrigo Constantino

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