Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Veja o resumão

Por: Felipe Moura Brasil  


Notas e tuitadas sobre Lula e Dilma.

Lula

– Um dos procuradores da Lava Jato disse que José Carlos Bumlai, em seu depoimento nesta segunda-feira, seria “confrontado com materiais da busca e apreensão. Uma parte desses materiais contradiz algumas declarações dele”.

Bumali quadrilha

Será que Bumlai negou que estava na quadrilha de Lula?

– Deltan Dallagnol disse que “existem, sim, provas” de que dinheiro dos empréstimos do Grupo Schain a Bumlai era destinado ao PT.

– Deltan: “Bumlai tomou empréstimo em 2004 do banco Schahin em benefício do Partido dos Trabalhadores. Ele era uma espécie de operador do Partido dos Trabalhadores.”

Só para lembrar: o PT é Lula. Lula é o PT.

– “O PT e Bumlai tinham uma dívida com a Schahin e o pagamento dessa dívida se daria com a concessão de um contrato [da Petrobras] que favoreceria o grupo Schahin”, disse o procurador.

– Ministério Público Federal indiciou o amigão do Lula chamando-o de “operador do PT” e Lula quer que você acredite que ele não sabia de nada. Aham.

– Sobre o uso do dinheiro sujo na campanha de Lula de 2006, Deltan deixou em aberto: “A gente vai se manifestar em relação a isso quando a investigação estiver mais madura.” Não vemos a hora, Deltan.

– Estadão: “Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, afirmou que as empreiteiras Queiroz Galvão, IESA e Camargo Corrêa aceitaram pagar, junto com a sua empresa, R$ 2,4 milhões de caixa 2 para a campanha à reeleição de Lula”.

Nenhum presidente petista parece ter sido eleito sem dinheiro roubado.

– VEJA 1: “E-mails revelam como [Marcelo] Odebrecht planejava usar a influência de Lula para obter contratos na América do Sul. Nas mensagens, os executivos demonstram ter plena influência sobre as ações do petista nos encontros com outros chefes de Estado. Eles chegam a sugerir o que Lula deveria fazer ou dizer aos presidentes.”

Exemplos:

– “Pela dimensão e importância dos projetos atualmente em execução e em estudo pela Odebrecht na Argentina, havendo oportunidade, seria importante que o presidente Lula pudesse reforçar, junto à presidente Cristina, a confiança que tem na Odebrecht”.

– “Sugere-se ao presidente Lula comentar com o presidente Evo Morales sua satisfação em relação a boa evolução do projeto”.

A defesa de Marcelo, segundo a coluna Radar, espera que sua saída da presidência da Odebrecht o ajude a ser solto pelo STJ, porque, com isso, ele não poderia atrapalhar as investigações (risos). Este blog sugere que os demais ministros do tribunal não caiam no papo da defesa nem do ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.

– VEJA 2: “Preso pela Operação Lava Jato em junho, o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar atuava em parceria com o ex-presidente Lula para tentar desmoralizar a cobertura da imprensa sobre o petrolão e as investigações do Ministério Público Federal sobre as relações do petista com a empreiteira.”

Perícia realizada pela Polícia Federal no iPhone de Alexandrino revela que um dos assessores de Lula, José Chrispiniano, era o responsável por informar o ex-diretor da empreiteira sobre cada passo dado pelo Instituto Lula ao divulgar notas oficiais e versões favoráveis ao ex-presidente e à empreiteira.

Entre janeiro e junho desse ano, Chrispiniano e Alexandrino Alencar trocaram 58 telefonemas. O ex-diretor da Odebrecht também telefonou 16 vezes para o Instituto Lula. No auge das revelações das relações comerciais de Lula com a Odebrecht, em abril, o assessor de Lula e Alexandrino se encontraram em São Paulo. Alexandrino chegava a dar a palavra final sobre alguns dos textos que o instituto iria divulgar à imprensa.”

– Lula será ouvido na quinta-feira pela Polícia Federal não sobre os arranjos com a Odebrecht, mas sobre as compras de MPs durante seu governo. Já combinou a versão do depoimento com o filho caçula? Será que Luís Cláudio já lhe telefonou 16 vezes também?

– A propósito: Luís Claudio e Fabio Lula da Silva tinham escritório na mesma sala usada por Bumlai em São Paulo, onde estava registrada a Usina São Fernando. As operações Zelotes e Lava Jato se encontram na família Lula.

Dilma

– Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) decidiram apoiar o processo de impeachment contra Dilma Rousseff, a mulher sapiens que esfacelou o setor produtivo.

levantamento do Depecon ouviu 1.113 empresas no Estado de São Paulo:

* Entre os entrevistados, 91% se disseram pessoalmente favoráveis ao processo de impeachment.

* Entre as empresas, 85,4% são favoráveis.

Sejam bem-vindos, empresários e industriais paulistas.

– Enquanto isso, petistas mostram seu desprezo à Constituição ao chamar de “golpe” o impeachment previsto em lei e com precedente no Brasil.

– Datafolha: 63% querem impeachment e 68% não veem melhora de vida após 13 anos de PT. Mas portais destacam “queda de adesão” em ato chamado “Esquenta”.

– Você faz “Esquenta” porque sabe que em fim de ano não terá adesão igual a de outros atos. Imprensa ignora os fatos e desqualifica movimento.

– Esquerda nunca se incomodou em se fazer de analfabeta para desqualificar adversários. Ignorar sentido de “Esquenta” é mais nova prova disso.

– O escárnio venceu o cinismo, mas o cinismo continua correndo atrás.

– Dilma tem apoio dos adversários do Brasil: Fidel Castro, Nicolás Maduro, Evo Morales, Diego Maradona.

– Ministros do STF indicaram à Época que vão rejeitar a ideia do governo e de Renan Calheiros sobre Dilma ser afastada apenas depois do julgamento do impeachment no Senado: “a Constituição é clara nesse ponto: se a Câmara aceitar o pedido, o afastamento é automático”. Continuem assim, ministros.

– A maior esperança do governo é que o plenário do STF não apenas anule a votação secreta para a comissão do impeachment, como endossou Rodrigo Janot, mas também barre a possibilidade de candidaturas avulsas, o que impediria uma chapa de dissidentes. Se STF só anular, o governo teme perder de novo, em votação aberta, e sofrer uma dupla humilhação.

– O editorial de sábado do Estadão, “A gravidade das pedaladas“, é uma ótima versão em 9 parágrafos deste meu tuíte de 2 frases, publicado três dias antes:

2 frases

Trecho do editorial:

Mais uma vez a presidente Dilma usava a retórica do conflito – “nós” contra “eles” – para desviar a atenção do que realmente está em jogo. Não está em julgamento uma opção política, e muito menos uma simples questão contábil – “a forma pela qual contabilizamos o gasto”. O que está em juízo é se Dilma cumpriu ou não a lei. Mas isso a presidente tem dificuldade de entender. Em Roraima, chegou a dizer que “não há nenhum delito, nenhum crime apontado contra nós”.

– Já o editorial desta segunda do Estadão, “O vale-tudo de Dilma“, é uma boa versão do meu artigo sobre os juristas de Dilma Rousseff, publicado sete dias....

Trecho do editorial:

Ficou claro, no evento convocado por Dilma, que as afinidades partidárias e ideológicas com o governo e com o PT são capazes de turvar o entendimento mesmo de pessoas cujo currículo sugere alguma expertise. Por essa razão, a defesa de Dilma pretendeu se transformar, nos pronunciamentos desses jurisperitos, numa defesa da democracia – como se uma eventual condenação da presidente fosse, em si, um atentado às instituições, sem previsão constitucional. E não é. (…)

A intenção é apenas criar confusão. “Se o impeachment for aprovado, o País terá uma ferida que naturalizará o vale-tudo na política institucional”, discursou a presidente – a mesma que ganhou a última eleição à base de mentiras escabrosas, que tomou decisões administrativas temerárias e cujo partido aparelhou o Estado e protagoniza inédito escândalo de corrupção. O que o País está tentando fazer, pela via institucional e em total consonância com a Constituição, é justamente dar um fim nesse vale-tudo.

– Aproveitando a sequência, o editorial do Estadão de 25 de outubro, “O direito de resposta” (que comentei aquiaqui e aqui), também foi uma ótima versão deste meu tuíte de cinco dias antes, logo após a aprovação do referido projeto de lei na Câmara:

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Semanas depois, o juiz Sérgio Moro também chamou de “censura” o projeto de lei.

Nesta segunda (14), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) ingressou no STF com ação de inconstitucionalidade (ADI 5.436) na qual questiona cinco dos 12 artigos da Lei 13.188/2015, que “dispõe sobre o direito de resposta ou retificação do ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículos de comunicação social”.

Este, sim, é o momento em que o STF precisa atuar: quando uma lei aprovada no Congresso é inconstitucional, não quando procedimentos internos do Poder Legislativo são seguidos de acordo com o regimento da Câmara dos Deputados.

– A propósito: é questão de honra ministro que foi cabo eleitoral de presidente declarar-se impedido de julgar seu impeachment. Mas honra está em falta.

Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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