Produtos vão para segmentos como metalurgia, beleza e estética.
Uma fábrica, por exemplo, lançou lixas com desenhos perfumados.
Em 2010, o mercado de lixas cresceu 10%. Agora, as pequenas e médias empresas investem na produção de lixas para os segmentos de metalurgia, beleza e estética.
Em uma fábrica de lixas, elas são feitas em gigantescas bobinas que pesam mais de uma tonelada. Os equipamentos ocupam dois andares do prédio. A base de papel ou tecido passa por cilindros, recebe cola e os grãos abrasivos e depois circula em uma grande estufa para secagem.
O que dá o poder abrasivo das lixas é um mineral chamado óxido de alumínio. E existe em vários tamanhos, desde minúsculos, quase um pó, até grãos de um milímetro de diâmetro, que parecem uma areia grossa.
“Quanto maior o grão, maior o poder de lixamento da lixa. Então, uma lixa grossa é utilizada para remoção de rebarbas em peças na indústria metalúrgica (...). Enquanto uma lixa fina como é utilizada para lixamento, acabamento de pé de móveis e de automóveis, onde você não quer que tenha nenhum risco visível na peça lixada”, explica o gerente industrial Reinaldo Bernades.
Se a indústria automobilística, metalúrgica, moveleira e da construção civil vão bem, o mercado das lixas também vai, afirma o empresário João Carlos Donato. “A economia do Brasil, hoje, caminha muito bem, está em ascensão em todos os segmentos e, com isso, todo segmento utiliza lixa e naturalmente nós vendemos muito mais”, diz.
Ameaça
A concorrência com os importados, contudo, é uma ameaça. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Abrasivos, Reinaldo Monteiro, em 1995, as lixas que vinham de fora representavam apenas 3% do mercado. Agora, com a desvalorização do dólar, já alcançam mais de 20% e são vendidas até pela metade do preço das nacionais. “Isso tem provocado um desarranjo no mercado muito grande, e as indústrias estão bastante preocupadas com esse ponto”, diz Monteiro.
Os fábricantes brasileiros se viram para enfrentar a concorrência. No caso do empresário João Carlos, ele já deu a volta por cima. Hoje, produz 300 mil metros de lixas por mês e cresce 15% ao ano, graças a uma estratégia agressiva. “Aumentamos nossa velocidade do nosso equipamento, substituímos outros produtos importantes, sem prejuízo da qualidade do produto”.
Para montar uma fábrica de lixas, o investimento é alto. É um mercado para médios e grandes. Só a máquina de fazer lixa custa R$ 6 milhões. Mas há outras maneiras de entrar com boas chances de sucesso nesse segmento.
A oportunidade para os pequenos está justamente onde os grandes não se interessaram: os nichos de mercado. Por exemplo, as lixas de unha. Um produto que custa R$ 0,03 e pode até parecer que não vale à pena. Mas são tantos os consumidores de todos os dias, que se ganha dinheiro com o volume. Uma fábrica do setor, por exemplo, produz mais de 3 milhões de lixas de unhas por mês.
Nesse caso, o material que chega das grandes fábricas é processado. As folhas de lixa são coladas em placas de madeira e, depois, são prensadas. Um outro equipamento faz o corte em forma de lixa de unha. Segundo o gerente, o mercado cresceu 25% no último ano e permanece aquecido. “As manicures usam um produto para cada cliente. Então, é um produto que sai muito”, afirma Samuel Grilo, gerente da empresa
A fábrica acaba de lançar as lixas com desenhos perfumados. As folhas são encomendadas ao fornecedor já com a estampa e o aroma que vem misturado na cola. Enquanto uma lixa comum custa R$ 0,03, a diferenciada sai por até R$ 0,60.
“Todos os fabricantes fazem o mesmo produto, temos que criar produtos diferentes para atrair público diferente e até o que a gente não atinge”, diz Grilo.
Para montar uma fábrica de lixas de unha, o investimento é de R$ 50 mil. O valor é para uma pequena reforma em um galpão e compra dos equipamentos para colar e cortar as lixas.
Entre os potenciais clientes do negócio estão lojas como a do gerente Ondomar Ferreira, que comemora: ele vende 2 milhões de lixas por mês.
“O pacote vem com cem lixas, então isso desperta uma curiosidade no cliente quando ele vê o preço na gôndola e ele termina no mínimo levando um pacote de lixa. Não só as donas de casa, mas principalmente as manicures de todo o Brasil”, diz Ferreira.
A cadeia de produção e a venda das lixas se completa com o cliente final, como um salão de beleza onde são usadas mil lixas por mês. “Esas lixas são ótimas, elas são pequenas, de fácil manuseio”, diz a dona do salão, Antonella Maresca.
Fonte:|http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2011/07/pequenas-e-medias-...
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