Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Petrobras e bancos "corrigem" R$ 15,4 bi na Bolsa; imobiliárias desabam com Selic

Petrobras e bancos "corrigem" R$ 15,4 bi na Bolsa; imobiliárias desabam com Selic

Por InfoMoney   de InfoMoney  

Petrolífera devolve parte dos ganhos acumulados nas últimas semanas, junto com Itaú, Bradesco e BB; imobiliárias lideram as perdas do Ibovespa com ameaça de novas altas nos juros

SÃO PAULO - Se na véspera as maiores empresas da Bolsa ganharam juntas R$ 28 bilhões em valor de mercado, a sessão desta quinta-feira (3) foi de correção técnica, com os investidores aproveitando os rumores sobre novas altas na Selic nas próximas reuniões para devolver parte dos ganhos acumulados nas últimas semanas. Entre as companhias mais valiosas da Bovespa, destaque negativo para a Petrobras (PETR3; PETR4) e os bancos Itaú Unibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC3; BBDC4), que juntos, perderam R$ 15,4 bilhões em valor de mercado neste pregão.

Com o pior desempenho do dia entre essas empresas, o Bradesco viu suas ações ordinárias recuarem 2,26%, fechando cotadas a R$ 34,21, enquanto as preferenciais caíram 0,53%, para R$ 32,13. O desempenho representa uma perda de R$ 1,704 bilhão em valor para a instituiçã financeira. Enquanto isso, os papéis preferenciais do Itaú Unibanco recuaram 1,16%, para R$ 34,84, e os ordinários - que não fazem parte do Ibovespa - se desvalorizaram 0,73%, a R$ 32,50, perdendo ao todo R$ 2,062 bilhões em valor.

Completando as ações do setor bancário, os papéis do Banco do Brasil caíram 1,56%, agora cotados a R$ 23,36 - em valor de mercado, a queda foi de R$ 1,060 bilhão.

Enquanto isso, a Petrobras, segunda maior companhia da Bolsa - atrás da Ambev - viu seus ativos ordinários se desvalorizarem 0,50%, para R$ 15,05 e os preferenciais recuarem 1,09%, a R$ 15,40. As quedas das ações representaram uma perda de valor de mercado de R$ 10,609 bilhões. Importante destacar o agitado dia da companhia, que aprovou em reunião realizada na véspera, os membros do conselho de administração com uma novidade: entrou José Monforte como representante dos acionistas minoritários donos de papéis preferenciais no conselho de administração.

Além disso, segue no radar notícias envolvendo as denúncias das operações da empresa no exterior: 1ª) presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), transferiu a decisão sobre CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa; 2ª) Dilma negou ter recebido cópia antecipada do contrato de Pasadena; 3ª) CGU (Controladoria-Geral da União) abriu sindicância para apurar denúncias de suborno; 4ª) o juiz da 24ª Vara Civil da Justiça Federal de São Paulo, Victorio Giuzio Neto, determinou que a Petrobras esclareça os critérios utilizados para a fixação do preço artificial da gasolina pela companhia em até cinco dias.

Em meio a todas essas notícias, a revista britânica The Economist também destacou a companhia nesta semana, afirmando que a estatal tem pago um alto preço pelas seguidas intervenções do governo. A publicação ainda destacou a impressão desastrosa que o mercado tem da empresa diante da utlização dela como ferramenta política por parte do governo.

Imobiliárias despencam

Outro destaque negativo deste pregão ficou com o setor imobiliário, que liderou as perdas do Ibovespa nesta quinta. O movimento ocorre depois do Copom (Comitê de Política Monetária) elevar na véspera, pela 9ª vez consecutiva, a Selic, para 11% ao ano - assim como a expectativa de que o ciclo de alta não tenha chegado ao final, apontam os economistas. Com isso, as ações da Cyrela (CYRE3, -5,50%, R$ 13,24), Gafisa (GFSA3, -1,86%, R$ 3,69), MRV Engenharia (MRVE3, -2,71%, R$ 7,91) e Rossi (RSID3, -4,86%, R$ 1,76) puxaram as perdas do índice. Diante desse desempenho negativo, o índice IMOB - índice que acompanha as imobiliárias e de shopping center - caiu 1,92%, atingindo 663 pontos.

Vale destacar que o setor apenas acompanhou o rali da Bolsa nessas últimas semanas, sem nenhum movimento superior ao Ibovespa. Fato este que apenas comprova o impacto dessas projeções de novas altas da Selic sobre as companhias, que hoje registraram perdas maiores do que o benchmark em geral. Além da correção, ainda pesa para a Cyrela o corte de recomendação do BTG, de compra para neutro.

Empresa             Valor de mercado       Valor de mercado

                             hoje(em R$ bilhões)  ontem(em R$ bilhões)     Diferença(em R$ bilhões) 

Petrobras                      198,3                       208,9                                    -  10,609

Banco do Brasil               67,9                         66,9                                    -    1,060 

Itaú Unibanco               169,283                    171,345                                -    2,061

Bradesco                       139,555                   141,259                                 -   1,703

Total                             574,1                       589,5                                      -15,400

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