Petrobras vê lucro cair 39% para R$ 3,4 bilhões; muito abaixo das expectativas
Por InfoMoney
SÃO PAULO - A Petrobras (PETR3, PETR4) registrou lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 3,39 bilhões no terceiro trimestre de 2013, uma queda de 39,02% frente ao que havia sido visto no terceiro trimestre do ano passado. O resultado da estatal veio muito abaixo das projeções compiladas pelo Portal InfoMoney, que era de lucro líquido de R$ 5,48 bilhões no trimestre. Se o número ficou pior, válido destacar que o caixa da companhia cresceu 58,36% no período, batendo os R$ 72,76 bilhões.
A produção ficou estável de um ano para outro, atingindo 2,52 milhões de barris de petróleo por dia. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 13,09 bilhões - uma queda de 8,93%. Para os números ruins, a companhia destacou que um fator importante foi a defasagem nos preços de derivados no Brasil, que aumentou em relação aos preços internacionais - principalmente depois da demanda recorde de diesel.
"Ainda que tenhamos tido quatro reajustes de preço de diesel e dois de gasolina nos últimos 16 meses, totalizando 21,9% e 14,9% de aumento, respectivamente, a forte depreciação do real verificada fez com que a defasagem voltasse a crescer nos últimos meses. Essa situação tem impactado nosso fluxo de caixa e alavancagem", alerta Maria das Graças Foster, presidente da companhia.
Para que isso se solucione, a diretoria apresentou ao conselho de administração uma nova metodologia de precificação dos produtos - que, nas palavras da presidente, deverá aumentar a previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços internacionais. Essa medida deverá ser votada até o dia 22 de novembro, depois de "novas simulações".
Receita e geração operacional de caixa
A receita de vendas da petrolífera no trimestre ficou em R$ 77,70 bilhões, mas o custo dos produtos vendidos bateu R$ 61,15 bilhões - prejudicado pela depreciação cambial e a elevação das cotações internacionais. Houve também um aumento com os gastos de produção de óleo, decorrente da entrada em operação de novas instalações.
A companhia destacou que teve uma despesa financeira líquida de R$ 1,02 bilhão, o que já contempla a menor exposição cambial da nova contabilidade de hedge para proteção de exportações futuras.
Resultado por segmento
A empresa mostrou resultados distintos em seus seis segmentos - E&P (Exploração e Produção), Abastecimento, Biocombustível, Gás & Energia, Distribuição e Internacional. Enquanto quatro deles apresentaram resultados piores frente ao ano passado, outros dois segmentos mostraram números melhores.
O principal segmento da companhia, o de E&P (Exploração e Produção) teve ganhos líquidos de R$ 11,61 bilhões no trimestre, o que corresponde a uma alta de 7,45% frente ao período similar em 2012. "O aumento do lucro líquido decorreu dos maiores preços de venda e transferência do petróleo nacional, refletindo a apreciação do dólar frente ao real e a elevação das cotaçoes internacionais da commodity", comunica a companhia.
Já a produção nacional no terceiro quarto do ano teve leve alta de 1,45% para 2,28 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Em relação ao ano passado, houve a entrada em operação de novos poços nas plataformas FPSO Itajaí, P-52 e P-54, além do FPSO Piranema e o menor volume de paradas programadas.
Abastecimento
A área de abastecimento mostrou uma pequena melhora. O resultado negativo de R$ 5,52 bilhões é praticamente estável frente o que havia sido visto no trimestre similar no ano passado. Mas o número é mais que o dobro do que foi visto no segundo trimestre deste ano, quando as perdas com esse segmento bateram R$ 2,51 bilhões.
É válido destacar que as importações de petróleo e derivados ficaram praticamente estáveis, atingindo 827 mil barris diariamente. A exportação caiu 27,02% passando de 551 mil barris para 402 mil barris por dia - para atender o crescimento sazonal do plantio e da atividade industrial no País.
Gás & Energia, Biocombustíveis, distribuição e internacional
No segmento de Gás & Energia, os ganhos de R$ 345 milhões se tornaram perdas de R$ 192 milhões. Isso se deve ao menor volume de geração e o menor preço médio de realização de energia elétrica - com o nível maior dos reservatorios.
No segmento de biocombustível, o resultado líquido negativo de R$ 96 milhões no segunda trimestre deste ano é um avanço perto dos R$ 44 milhões negativos no mesmo período em 2012. Houve redução nos preços médios e perdas de estoques de mudas de palma.
Já a área de distribuição fechou o primeiro trimestre de 2013 com um lucro líquido de R$ 312 milhões, queda de 24,46%. "A redução do lucro líquido decorreu das menores margens médias de comercialização de combustíveis", afirma a companhia.
Por fim, a área internacional da companhia mostrou um resultado líquido de R$ 308 milhões - uma queda muito expressiva frente os R$ 902 milhões do mesmo período no passado. Essa área sofre com a continuidade do programa de desinvestimentos da empresa, principalmente na África e nos Estados Unidos.
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