As atividades da construção da PetroquímicaSuape (PQS) continuam paradas desde a
última terça-feira, quando os mais de 7 mil operários – contratos da Odebrecht
Engenharia Industrial, responsável pela construção do empreendimento – iniciaram uma
greve por melhores condições de salário e de trabalho.
Dentre os pedidos, estão abono
de 30% por periculosidade, melhoria dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs),
aumento do valor do cartão-alimentação, ajuda de custo e melhores de condições dos
alojamentos e alimentação.
Ontem, trabalhadores, sindicato da categoria e Odebrecht participaram de uma mediação
na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco (SRTE-PE), mas até as
20h30 nenhum acordo havia sido fechado.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas,
Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral do Estado (Sintepav-PE), um dos focos
de reivindicação agora é a melhoria dos equipamentos de proteção e a elaboração de um
novo laudo de periculosidade da área. “É preciso disponibilizar equipamentos de
proteção muito mais sofisticados. A temperatura é muito elevada em alguns setores. Em
outros, mesmo com as luvas disponibilizadas, se alguém levar um choque corre sério
risco de morte”, comenta o representante do Sintepav Eduardo Couceiro.
O pedido é também para que o vale-alimentação passe de R$ 80 para R$ 180 e haja uma
ajuda de custo de R$ 250 para quem mora nos alojamentos e R$ 400 para quem mora por
conta própria, além de 120 dias de estabilidade. “Nosso alojamento, em Pontezinha,
além de pequeno, tem só dez máquinas de lavar roupa para 1.500 homens. A comida é
péssima, às vezes vem até com bicho ou está crua”, protesta o eletricista carioca
Eduardo Ferreira, 27 anos. Até um pedaço de carne do almoço foi levada à SRTE-PE
ontem.
Muitos trabalhadores de fora do Estado alegam ainda que a Odebrecht tem o
costume de quebrar o contrato de experiência de dois meses, “sujando” a carteira de
trabalho dos temporários. A empresa informou, através de nota, que vai aguardar as
definições da Justiça do Trabalho sobre os questionamentos.
Fonte: Jornal do Comercio
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