O Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT) tenta viabilizar seus planos ao mesmo tempo em que enfrenta o ceticismo da indústria e críticas no meio acadêmico, informa reportagem publicada na edição de 26 de agosto da revista Science.
A comunidade acadêmica ressente-se por acreditar que não foi adequadamente consultada sobre a definição de prioridades Anunciado em 2005, o EIT conta com um orçamento de € 309 milhões (R$ 720 milhões) para o período 2007-2013, mas em junho apresentou um plano estratégico que teria um custo de € 4 bilhões (R$ 9 bilhões) para ser implementado no período de 2014 a 2020. De acordo com a Science, o mais provável é que o instituto receba € 2 bilhões (R$ 4,5 bilhões).
Criado para dar à Europa um impulso na corrida pela inovação tecnológica com os EUA e os países emergentes, o EIT começou a implementar uma estratégia de criação de consórcios entre empresas e universidades.
Chamados de KICs – sigla em inglês para Comunidades de Inovação e Conhecimento – que recebem verba para treinar estudantes de pós-graduação em ciência, tecnologia e administração de empresas, além de conduzir pesquisas em colaboração entre companhias e instituições de ensino e ajudar na formação de novas empresas de alta tecnologia.
Atualmente, existem três KICs, sendo um dedicado à pesquisa de fontes energéticas renováveis; outro, a abordagens que possam ajudar no combate aos efeitos do aquecimento global; e o terceiro, voltado para a tecnologia da comunicação e da informação.
Cada KIC se distribui entre centros de co-localização, criados ao redor das universidades parceiras.
O modelo de co-locação é uma das causas do desânimo da indústria europeia com o projeto, de acordo com a reportagem. Ouvido pela Science, o engenheiro Ian Phillips, falando pela fabricante de chips ARM disse que esse método é “impossível” e “desnecessário” num mundo onde a proximidade física entre os parceiros não é mais necessária em colaborações científicas.
Já a comunidade acadêmica ressente-se por acreditar que não foi adequadamente consultada na definição das prioridades do programa. Uma avaliação externa da atuação do EIT, realizada pela consultoria Ecorys e citada pela Science, diz que o instituto “não se envolveu ainda, de modo extensivo, com a audiência mais ampla de organizações que atuam na promoção de inovação na União Europeia”.
A despeito das ressalvas, a demanda por acesso ao EIT – ao menos, por parte dos estudantes europeus – é alta. a KIC de energia renovável, por exemplo, recebeu 900 inscrições para suas primeiras 200 vagas de mestrado
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