Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Pressão dos bancos públicos vai fazer juros caírem mais, diz Delfim

Pressão dos bancos públicos vai fazer juros caírem mais, diz Delfim

 

Izabela Ferreira Alves


Do UOL, em São Paulo

Comentários 2

Os juros no Brasil ainda vão cair mais, e a pressão dos bancos públicos é importante para forçar esse movimento nos bancos privados. A avaliação é do ex-ministro Delfim Netto e foi proferida pouco antes de sua palestra no Seminário Internacional sobre Pequenos Negócios.

O evento, promovido pelo Sebrae, serviço de apoio à pequena empresa em São Paulo (SP), terá também o prêmio Nobel de economia Paul Krugman como palestrante.

Segundo Delfim, os bancos privados, como Bradesco e Itaú que anunciaram corte de juros nesta quarta-feira (18), "estão fazendo o que deviam fazer sem falar, sem pedir. O governo está abrindo o caminho com os banco públicos e os privados têm mesmo que seguir."

Para ele, é visível que a taxa de juros de longo prazo do Brasil vai cair, e os bancos privados vão ter de cooperar. "A participação dos públicos é para fazê-los agir um pouco mais depressa."

O ritmo de queda da taxa básica de juros (a Selic), na opinião de Delfim, "está perfeito". “Espero que hoje caia mais 0,75. Difícil dizer se é demais. No ano passado, falavam que as medidas macroprudenciais não iam funcionar e hoje dizem que funcionaram além da conta".

Para ele, o empecilho para a taxa de juros cair abaixo de 6% é a poupança. "A taxa de juros brasileira é um escândalo, e a consequência básica disso é a falta de competição."

Delfim previu que, no último trimestre de 2011, em relação ao mesmo período de 2012, a economia deve crescer 4%, e a média em 2012 vai girar entre 3,6% 3,7%. "Mas, como as previsões do FMI, esta é um chute", disse o economista.

Outro ponto que impacta a competitividade das empresas criticado por Delfim é a supervalorização do câmbio. "Faz todo o sentido o governo reduzir o câmbio, porque a relação fundamental é câmbio salário, que ainda é ruim e vai ser corrigida lentamente. A redução dos spreads é roubar a bola do câmbio. "

Delfim destaca que a pequena empresa depende substancialmente de crédito. "Quando o BB adquiriu os correspondentes bancários, abriu uma frente fundamental para fazer pequenos empréstimos, estimular a compra de pequenos equipamentos. Esse mecanismo é muito importante para fomentar o microempreendedorismo, como ocorre no resto do mundo."

Para ele, o acesso e os juros do crédito no Brasil ainda assim são muito ruins e a esperança é de que a Caixa e o BB abram espaço para ampliação do crédito para a pequena e média empresa.
Evento discute efeitos da economia sobre pequenos negócios

Com o objetivo de discutir temas que impactam as micro e pequenas empresas, o Sebrae promove, de hoje a sexta-feira, Seminário Internacional sobre Pequenos Negócios. Na pauta, os desafios dos pequenos negócios no atual cenário mundial, bem como as oportunidades de mercado criadas com a ascensão da nova classe média.

Também devem ser debatidos temas como ambiente legal, sustentabilidade e inovação.

Nos três dias de evento, serão realizadas cinco mesas temáticas. A meta é debater o momento atual da economia brasileira e a expectativa de investimentos em função de grandes eventos esportivos que serão promovidos no país

Exibições: 66

Comentar

Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!

Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço