Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Providência melhora margem e lucra R$ 7,2 milhões no segundo trimestre

Fonte:valoronline|

SÃO PAULO - A Companhia Providência, líder do mercado brasileiro de não tecidos, acredita que a o processo de melhora nas margens operacionais observado no segundo trimestre vai continuar ao longo do terceiro trimestre.

Entre abril e junho a companhia registrou lucro líquido de R$ 7,2 milhões, uma alta de 58,8% na comparação com o primeiro trimestre, mas uma baixa de 51,8% na comparação com os R$ 14,89 milhões do segundo trimestre do ano passado.

Já a receita líquida atingiu R$ 116,308 milhões e avançou 11,3% na comparação com os R$ 104,492 milhões do primeiro trimestre e mostrou alta de 22,9% em relação à receita de R$ 94,657 milhões do segundo trimestre do ano passado.

O diretor financeiro da companhia, Eduardo Feldmann, ressaltou que o aquecimento do mercado interno permitiu preços melhores de vendas para a empresa no segundo trimestre, enquanto a principal matéria-prima usada pela companhia, o polipropileno, está "mais próximo da realidade".

"Estamos fadados ao crescimento", frisou Feldmann, para quem as possibilidades de avanço dos não tecidos no Brasil são grandes, devido a fatores como a baixa penetração do uso de fraldas e a utilização de tecidos de algodão em salas cirúrgicas no país, o que já não acontece em outras nações.

O executivo lembrou que o valor do polipropileno acompanha no longo prazo a cotação do barril do petróleo e que, antes da crise, as margens da companhia sentiam o efeito do custo de cerca de US$ 140 o barril, que hoje oscila em torno de US$ 80.

Como resultado dos preços de venda mais altos e valor do polipropileno estável, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) da companhia atingiu R$ 24,867 milhões no segundo trimestre, uma alta de 9,2% em relação ao primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2009, quando o valor do polipropileno estava depreciado pela crise, o Ebitda caiu 8,3%.

Feldmann explicou que a empresa trabalha agora para concluir a construção de uma unidade de produção no estado americano da Carolina do Norte, que deverá entrar em operação no primeiro semestre do ano que vem, com possibilidade de produzir 20 mil toneladas anuais de não tecidos, que se somarão à capacidade atual de 80 mil toneladas que a empresa tem nas unidades de São José dos Pinhais, no Paraná, e Pouso Alegre, em Minas Gerais.

O executivo explicou que, até 2013, a empresa ainda poderá realizar mais duas opções de compra de máquinas semelhantes a que será instalada na fábrica dos Estados Unidos. Os novos equipamentos, em caso de aquisição, poderiam ser destinados tanto ao Brasil, quanto aos Estados Unidos.

Atualmente, a empresa tem 51% de participação no mercado brasileiro, que fica com metade das 80 mil toneladas produzidas anualmente, enquanto a América do Norte representa a principal fonte de receita fora do Brasil. Na América Latina, a companhia está entre as duas principais do ramo de não tecidos.

Do total da receita da companhia, 75% são fruto das operações no segmento de higiênicos, que inclui fraldas, absorventes e lenços descartáveis. Outros 21% vêm do segmento de duráveis, com aplicações em revestimentos de colchões, móveis e agricultura. Os 4% restantes estão nos produtos médicos, como não tecidos descartáveis.

"O Brasil ainda é o mercado mais importante, mas os outros, com a crise se atenuando, crescem fortemente", ressaltou Feldmann, acrescentando que a fábrica nos Estados Unidos facilitará a distribuição dos produtos da empresa no país. "Estamos ansiosos pela nova fábrica".

A Providência foi criada em 1963, em Curitiba (PR) e posteriormente vendida a um grupo de investidores, que abriu o capital da empresa em 2007. Atualmente, o bloco de controle é formado por Pine Bridge, Grupo Espírito Santo, Grupo Asas, Grupo Libra e G & G - Governança e Gestão, enquanto 27,5% das ações estão em circulação no mercado.

(Rafael Rosas | Valor)

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