Pesquisa realizada pelo Gartner indica que mais da metade dos executivos estão comprometidos com a IA generativa, mas receios não ficam de lado.
Presente nas discussões de profissionais de diversos departamentos, a inteligência artificial (IA) é um tópico que tem entrado no escopo de líderes de tecnologia. Uma pesquisa do Gartner indica que 53% dos CDAOs (sigla para chief data & analytics officers) estão comprometidos com a IA generativa.
O levantamento foi realizado com 477 CDAOs no último trimestre do ano passado. De acordo com a empresa, lideranças do tipo são capazes de auxiliar os CEOs das empresas em que atuam, bem como outros executivos, a definir uma ambição em IA.
Para isso, o Gartner chama atenção para a análise da IA generativa em quatro áreas principais. São elas o backoffice, linha de frente, lançamento de produtos e serviços, e novas capacidades centrais.
Neste sentido, é destacada também a importância da governança na tecnologia. O fato é suportado pelo fato de que 53% de 615 CIOs e líderes de tecnologia não têm certeza de que suas empresas seriam capazes de mitigar os riscos da IA. Essa pesquisa, por sua vez, foi realizada no segundo trimestre de 2023.
Já o estudo realizado com CDAOs indica que companhias com práticas maduras de governança de D&A têm 25% mais probabilidade de adotar inovações orientadas por dados – é o caso, por exemplo, da inteligência artificial. Além disso, 75% da amostra já estava evoluindo seus modelos operacionais para melhor apoiar tal inovação.
Algumas das práticas de governança de destaque para a implantação da tecnologia, segundo o Gartner, são o fornecimento de regras de negócios para tomada de decisões orientadas por dados e o estabelecimento de indicadores-chave de desempenho para resultados de negócios. Há também a necessidade de uma governança adaptativa para diferentes casos de uso.
O Gartner estabelece três áreas de foco para gerar valor em data & analytics: a criação de valor, ambição em IA e a inteligência coletiva.
A primeira delas, a criação de valor, prevê a execução sobre a estratégia. Além disso, tem como foco os fundamentos da maturidade funcional de data & analytics. Já a ambição em IA, como o próprio nome já indica, visa o estabelecimento de um propósito para a adoção da IA. Assim, recomenda-se revitalizar e ampliar a governança para preparar-se para a IA.
Por fim, a inteligência coletiva é pautada na exploração de novos modelos operacionais, bem como o desenvolvimento da alfabetização em dados e IA. A área também propõe a distribuição de autoridade e a responsabilidade para que todos liderem com propósito.
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