Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

» EDUARDO EUGENIO GOUVÊA VIEIRA Presidente do Sistema FirjanAo longo de sua história de sete décadas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) tornou-se referência em educação profissional, dentro e fora do país.

Só o Rio de Janeiro registrou nos últimos cinco anos cerca de 620 mil matrículas. Dessas, 184 mil referem-se a cursos formativos de aprendizagem, qualificação profissional e técnicos, que favorecem a entrada no mercado de trabalho e abrem caminho para que grande contingente de brasileiros tenha oportunidade de construir seu futuro.

As outras 436 mil matrículas dizem respeito a cursos de atualização e aperfeiçoamento de trabalhadores — uma necessidade permanente de nossas empresas — ou de iniciação profissional de jovens.

Mais do que essa quantidade, por si só expressiva, é motivo de orgulho a qualidade dos cursos. Qualidade reconhecida pelos alunos e empresas, que são seu motivo de existir.

Em pesquisa realizada no universo de 41.810 alunos concluintes dos cursos das várias modalidades no período de janeiro a junho deste ano, a educação profissional do Senai obteve índices de satisfação dos clientes superiores a 83% em todas as modalidades. No caso dos cursos de qualificação, o índice chegou a 91,4%. Um recorde.

Recorde que merece ser comemorado por ser a qualificação dos trabalhadores vital para tornar o Brasil competitivo. Competitividade é, aliás, algo que para a presidente Dilma Rousseff deve ser a quarta “palavrinha mágica” a ser incorporada ao tripé estabilidade, crescimento e inclusão que até agora “sustentou o nosso bem-sucedido modelo de desenvolvimento”.

Outra pesquisa realizada pelo Sistema Firjan, entre empresários, constatou que o trabalhador brasileiro carece de maior desenvolvimento em atributos imprescindíveis, como raciocínio lógico, capacidade para observar e interpretar dados, resolver problemas e agir diante de imprevistos.

Um aspecto que também mereceu atenção foi a lacuna apontada em termos de habilidades que transcendem a qualificação profissional e técnica, como a falta de liderança e de atitude empreendedora.

Por isso, profissionais de nível sênior nem sempre estão disponíveis para serem contratados, e profissionais recém-formados ainda levarão um tempo para adquirirem maior capacidade de liderança.
Na verdade, essas deficiências têm origem na qualidade da educação básica, que embora venha melhorando, ainda não atinge patamares compatíveis com as necessidades atuais do desenvolvimento de competências profissionais para o trabalho industrial.

Para enfrentar essa realidade, a indústria, por meio do Sesi e do Senai, aceitou o desafio de buscar projetos e programas que desenvolvam esses atributos.

Criamos o projeto de Reforço Escolar do Sesi do Rio e incluímos, nos currículos de educação profissional do Senai, conteúdos que complementam as habilidades nas áreas de leitura e interpretação e raciocínio lógico.

Oferecemos educação básica articulada com educação profissional, com visível melhoria do desempenho do aluno em sua qualificação.

São iniciativas que superam os desafios da indústria e visam compensar os deficits da formação anterior. Mas só isso não bastava.

Para aumentar o interesse dos jovens no processo do aprendizado, adotamos modernas tecnologias em nossos cursos: introduzimos lousas digitais em todas as unidades Senai, incentivamos o uso de redes sociais para compartilhar conhecimentos, e progressivamente estamos adotando livros digitais e simuladores de alta tecnologia.

Além disso, no ano passado o Senai do Rio criou ou revisou 118 cursos, e este ano vem ampliando sua ação com a utilização de 19 unidades móveis, que reproduzem nossos ambientes de aprendizagem e permitem multiplicar o número de alunos atendidos.

Essa revolução no ensino profissional é importante contribuição para a capacitação das empresas fluminenses na retomada da competitividade e para ajudar o país a recuperar o ritmo de crescimento do PIB além dos pífios 0,6% do primeiro semestre deste ano.

Que os ventos da prosperidade voltem a soprar a favor das boas oportunidades e dos novos negócios.

Fonte:http://bot.empauta.com/auto/correio_braziliense.php?date=20121008&a...

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Comentário de EDISON BITTENCOURT em 9 outubro 2012 às 8:09

Tudo isto é muito bom  com relação so sitema "S", onde fiz curso técnico têxtil -truma de 61. Esperamos que o sistema "S"  fique livre do  "aparelhamento" , com graves desvios de verba,  destacando-se o caso da Petrobrás, que teve perda de bilhões por má gestão. O que sustenta , vrdadeiramente, o Brasil foi o que foi criado por Vargas e pelos governos  ditos "militares",mas que na verdade givernois que tiveram ampla e entusiástica participação de vários  setores, incluindo empresariais,  tendo saido , o Brasil, da quadragésima  oitava posição em PIB  em 64 para a oitava posição na década de 80. O que veio depois  foi uma brutal desindustrialização.

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