Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Queda da Selic precisa chegar na prática às pessoas e empresas, diz presidente da Abit

Juros brasileiros continuam sendo um dos mais elevados do mundo e, o que é mais grave, a queda paulatina da Selic ainda não chegou na mesma proporção às empresas e famílias, salienta Fernando Valente Pimentel, presidente da Abit.

Pimentel ressalta ser positiva a decisão do Copom de reduzir paulatinamente a Selic. "Neste dia 21 de março, esperamos que seja anunciada mais uma queda, que seria a 12ª consecutiva". No entanto, pondera, "uma taxa anual na faixa de 6% continuará mantendo os juros básicos brasileiros entre os mais elevados do mundo".

Além de defender um percentual mais compatível com a necessidade de crescimento econômico e com os baixos níveis inflacionários do País, o presidente da Abit aponta uma prioridade: "É preciso que a queda da Selic, que está ocorrendo sem nenhum tipo de artificialismo, reflita-se de modo concreto nos créditos às pessoas físicas e jurídicas, o que ainda não aconteceu. As reduções paulatinas anunciadas pelo Copom não chegaram com a mesma intensidade às taxas e spreads do sistema financeiro junto aos tomadores finais. Caso isso continue ocorrendo, poderá ficar comprometida a expectativa de que o volume de crédito cresça entre 3% e 5% em 2018, o que seria a primeira variação positiva em dois anos".

Fernando Pimentel, presidente da Abit

Pimentel salienta que a manutenção de juros elevadíssimos no País por tanto tempo é uma das principais responsáveis pelo baixo crescimento e a intermitência de recessões. "O que está sendo feito há anos é a retroalimentação de um círculo vicioso e pernicioso, com a produção de crescente déficit orçamentário e aumento da dívida pública, cujo serviço é sustentado por títulos com juros muito altos, que, por sua vez, aumentam o rombo fiscal".

Uma dessas graves consequências é a imensa transferência de dinheiro do próprio Estado, reduzindo investimentos públicos, das famílias e das empresas para o pagamento de juros, observa Pimentel, salientando: "São recursos que saem da economia produtiva e alimentam a ciranda financeira. Os efeitos das altas taxas são perversos: só em 2017, o setor público pagou R$ 400,8 bilhões em juros (União, R$ 341 bilhões; estados e municípios, R$ 59,9 bilhões) e as empresas e famílias, R$ 789,9 bilhões, quase o dobro". Nada pode justificar, por exemplo, juros acima de 300% ao ano em linhas como a do cheque especial e rotativo do cartão de crédito, como ocorreu em 2017".

Juros e eleições - Para o presidente da Abit, na agenda dos candidatos às eleições de 2018 precisarão ficar muito claras quais as propostas que permitirão ao Brasil, "sem prestidigitações", ter juros compatíveis com os praticados no mundo. "Existem diagnósticos suficientes para agirmos nesse sentido, e a própria Agenda BC+ vai nessa direção. Condições precípuas serão o equilíbrio das contas públicas, medidas microeconômicas na área regulatória e a ampliação de novas tecnologias que propiciem maior concorrência em um sistema de crédito extremamente concentrado", conclui.

http://www.abit.org.br/noticias/queda-da-selic-precisa-chegar-na-pr...

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