Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Protestos que tomaram as ruas do país têm um traço em comum: a rejeição aos políticos e aos partidos políticos que se proliferam ano a ano no Brasil

Rio de Janeiro - Um grupo de manifestantes provocou um incêndio durantes os protestos, na capital carioca

Rio de Janeiro - Um grupo de manifestantes provocou um incêndio durantes os protestos, na capital carioca

Quando as manifestações que hoje tomam o Brasil começaram a ganhar peso e velocidade, uma semana atrás, pareceu que era a multiplicidade de causas que as definiria. Nas passeatas desta quinta-feira, porém, ficou claro que há um traço ainda mais forte nesse movimento: a rejeição aos políticos, aos partidos, a qualquer pessoa ou entidade que se arvore o direito de falar "em nome do povo".

Se já havia posto na defensiva prefeitos de grandes cidades e governadores, o aumento do número de pessoas nas ruas, passeata após passeata, fez a crise chegar às portas do Palácio do Planalto na noite passada. Subitamente, os quase 60% de aprovação da presidente Dilma Rousseff nas últimas pesquisas de opinião não pareceram um escudo forte o suficiente para protegê-la. Dilma viu mais de um milhão de pessoas aderirem aos protestos ao lado de seus assessores mais próximos – e convocou uma reunião de crise para a manhã desta quinta-feira.

O partido da presidente, o PT, também se encontra de repente em terreno desconhecido. A mobilização não depende da voz de comando de partidos de esquerda, sindicatos ou associações estudantis para ir às ruas. Mais que isso, a repele. Quem portava bandeiras e camisetas de partidos foi isolado nas manifestações. Na noite de quinta-feira, depois de o presidente do PT, Rui Falcão, ter conclamado militantes a erguer novamente a bandeira do partido na marcha pelas ruas de São Paulo, houve hostilidade aberta contra quem tentou cumprir a ordem. Depois de mais de duas décadas, o PT se vê de repente privado do papel de porta-voz dos "anseios populares".

"Há uma espécie de libertação em face do aparelho petista e seus tentáculos", diz o professor Marcelo Barra, do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB).

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), ex-petista que participou da organização do movimento Fora Collor, faz uma análise semelhante: "Houve uma cooptação das lideranças políticas do movimento social para a estruturas de poder e o movimento, como toda panela de pressão, explode uma hora", diz ele.

Mas, se atinge o governo petista que está há dez anos no poder, o levante também não traz benefícios para a oposição. O mensalão, os ministros corruptos, os parlamentares flagrados cometendo crimes e a má gestão do Executivo não foram suficientes para que PSDB, DEM e PPS mobilizassem as multidões. Ciente de que o novo movimento também não é simpático à oposição, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), adota um discurso cauteloso: "Não podemos nos apropriar do movimento. Não dá para o governo ou a oposição quererem tirar casquinha. Nós temos que entender o recado que eles estão nos passando", afirma.

Descentralizado, com bandeiras difusas e genéricas, mas grande potencial de articulação, o grupo que toma as ruas é exatamente o público-alvo da Rede, o partido que a ex-senadora Marina Silva deve formalizar nos próximos meses. Assim como Marina, esses jovens defendem um novo jeito de fazer política, mas não explicam exatamente o que isso significaria.

Mas mesmo os "marinistas" não parecem confiar de que os protestos significam uma adesão ao projeto do novo partido. Ou seja: o capital político que as manifestações têm acumulado não pode ser colocado na conta de nenhum partido ou pré-candidato à Presidência.

Apartidarismo - Grande parte dos milhares de pessoas que cercaram o Congresso Nacional na segunda-feira e na quinta-feira são tão jovens que nunca votaram – a começar por Wellington Fontenelle, um dos organizadores da marcha na internet. O rapaz de 18 anos, que tenta ingressar no curso de Física da Universidade de Brasília, se queixa da falta de acesso da população às decisões governamentais. "Enquanto o Brasil não mudar e resolver seus principais problemas, as manifestações não vão acabar. A gente está cansado de ser inerte”, diz ele, que mora na Asa Sul, um dos bairros mais valorizados da capital federal.

Mas, se atinge o governo petista que está há dez anos no poder, o levante também não traz benefícios para a oposição. O mensalão, os ministros corruptos, os parlamentares flagrados cometendo crimes e a má gestão do Executivo não foram suficientes para que PSDB, DEM e PPS mobilizassem as multidões. Ciente de que o novo movimento também não é simpático à oposição, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), adota um discurso cauteloso: "Não podemos nos apropriar do movimento. Não dá para o governo ou a oposição quererem tirar casquinha. Nós temos que entender o recado que eles estão nos passando", afirma.

Descentralizado, com bandeiras difusas e genéricas, mas grande potencial de articulação, o grupo que toma as ruas é exatamente o público-alvo da Rede, o partido que a ex-senadora Marina Silva deve formalizar nos próximos meses. Assim como Marina, esses jovens defendem um novo jeito de fazer política, mas não explicam exatamente o que isso significaria.

Mas mesmo os "marinistas" não parecem confiar de que os protestos significam uma adesão ao projeto do novo partido. Ou seja: o capital político que as manifestações têm acumulado não pode ser colocado na conta de nenhum partido ou pré-candidato à Presidência.

Apartidarismo - Grande parte dos milhares de pessoas que cercaram o Congresso Nacional na segunda-feira e na quinta-feira são tão jovens que nunca votaram – a começar por Wellington Fontenelle, um dos organizadores da marcha na internet. O rapaz de 18 anos, que tenta ingressar no curso de Física da Universidade de Brasília, se queixa da falta de acesso da população às decisões governamentais. "Enquanto o Brasil não mudar e resolver seus principais problemas, as manifestações não vão acabar. A gente está cansado de ser inerte”, diz ele, que mora na Asa Sul, um dos bairros mais valorizados da capital federal

Pouco acostumados a protestos do tipo, os manifestantes adaptam palavras de ordem dos estádios de futebol – inclusive com as ofensas e palavrões. Nos cartazes, referências quase infantis a músicas da Legião Urbana. Os jovens exibem símbolos do anarquismo, mas cantam o Hino Nacional. Dizem-se representantes de uma geração consciente, mas só agora começam a se familiarizar com temas e nomes da política nacional – quando se dispôs a negociar pessoalmente com o grupo que tomou as ruas de Brasília no último sábado, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, foi reconhecido por poucos manifestantes.

A aversão aos partidos e a rejeição a todas as autoridades constituídas é uma reação compreensível diante dos infindáveis escândalos que atingem a política brasileira. Ao mesmo tempo, esses dois fatores parecem limitar o horizonte do movimento.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/rebeldes-sem-causa-nao-rebe...

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Comentário de Oscar da Silva em 24 junho 2013 às 22:09

Jaimisson. Eu estou mais perto dos 100 que dos 15 anos de idade e posso lhe assegurar que tenho o maior orgulho de ser brasileiro e ter vivido até agora para ver jovens brasileiros saírem às ruas de forma coesa, civilizada, coerente e muito... muito mais conteúdo que marmanjos como eu ou, principalmente você.

Esses jovens brasileiros são informados e sabem qual o conceito do Brasil lá fora e sabem que realmente o Brasil (o meu – não o seu) são invejados em muitos países. Principalmente aqueles suprasumos que têm órgãos para avaliar, gerir, interferir na economia ou governo de qualquer país e não conseguem diminuir o nível de desemprego ou previr bancarrotas de seus próprios países e, de arrastão, do resto do mundo. Se você lesse, saberia que apesar de todas nossas mazelas, temos um dos menores índices de desemprego do mundo. Ou porque você imagina que milhares de gringos são “deportados” para aqui em cargos de diretoria pelos Santander, Telefonicas, Hyundais, Kias e outras transnacionais da vida?

Estou escrevendo isso para lhe dizer que escrever palavrão num papelão e sair por aí afora, é deprimente para qualquer cidadão de qualquer país civilizado no mundo e só um débil mental ou um sarrista pode querer tirar foto com um “tiozinho” portando uma bobagem dessas. Mas aí você vai dizer que não somos um país civilizado... e tem razão, enquanto tivermos pseudo extremistas, vândalos, ladrões e vagabundos infiltrados num manifesto que começou aqui em SP de forma ordeira e pacífica.

Outra coisa que você nunca leu e que está fartamente ilustrado em meus posts, é que nunca fui petista. Sempre tive nojo do radicalismo xiita que eles sempre pregavam. O mesmo radicalismo xiita (mas sem conteúdo) que você prega hoje.

Se quer saber, fui agredido por uma turba de petistas numa assembleia de “sem casas” em 1986, ao apresentar meu projeto de economia de mais de 50% na instalação e de 30% no consumo da energia elétrica para casas populares construídas em regime de mutirão. Sabe por quê? Porque eu estava de gravata e fui acusado de ser “pelego do Maluf”.

Em 1989 um presidente de um diretório ou coisa assim da CUT, juntou nove “paus mandados” (palavras dele), todos com uns bastões que pareciam tacos de basebol, para impedir que qualquer funcionário, fornecedor ou cliente entrasse na minha firma, porque eu disse e mandei dizer que no dia em que eu o encontrasse sozinho, pois só andava de “currióla”, iria dar o maior cacete nele. Esse cara veio a ser um dos vereadores mais votados aqui em São Paulo. Se hoje eu o encontrasse sozinho de novo, iria parabeniza-lo (depois de dar-lhe um cacete rsrsrs).

Prá você ver como tenho nojo de radicais de qualquer matiz, fui exaustivamente convidado para participar da Reunião dos Empresários com o eminente Edir Macedo em 2007 ou 2008, sei lá. Essa reunião se dava todas as quintas-feiras no sétimo andar se não me engano, no Templo Maior da av. João Dias em São Paulo.
Preste atenção: Na primeira vez que aceitei, por insistência de minha secretária, estavámos umas quinze ou vinte pessoas em reunião com o empresário Edir, não o Bispo e mais uma vez fui destratado e desta vez acusado de ser espião da Globo. Sabe por quê? Novamente era o único de terno e gravata.

Então, meu amigo, se quer me xingar, pode usar o palavrão que quiser – menos o de ser petista.

Agora, tem outra coisa: - Nunca votei no Lula. Votei no FHC, aquele que doou a Eletropaulo para os americanos, aquele que doou a Vale do Rio Doce, a CSN e outras mais a troco de banana. Aquele cujo partido doa o maior número de oposicionistas para serem comprados pelo mensalão e aí lhe pergunto: - Quem é o maior ladrão? O que paga ou o que recebe? O executor ou o receptador?

Resumindo Jaimissom, sugiro que se você quer mesmo ajudar, leia abaixo e participe:

Você mudar o Brasil, sentado defronte ao computador? Então faça isso direito:

Muitos acham que é perda de tempo, que para virar uma PEC tem que ser uma iniciativa da Câmara, que é apenas mais uma "corrente" ou coisa assim. Independente da sua avaliação, tenho certeza que você conhece alguém ou tem algum amigo deputado que pode colocar isso em TRAMITRAÇÃO na Câmara dos Deputados. 

 

Melhor ainda: Se você quer saber "como fazer" uma PEC, clique no seguinte link: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI136066-EI1483,00-...

 

Vou colocar o texto original em azul, para separar meus adendos.

É assim que começa.  (Aliás, começou em 2011)


Peço a cada destinatário para encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços, e pedir a cada um deles para fazer o mesmo.

Em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. Esta é uma idéia que realmente deve ser considerada e repassada para o Povo.
Lei de Reforma do Congresso de 2011

(emenda à Constituição)


PEC de iniciativa popular:
Lei de Reforma do Congresso (proposta de emenda à Constituição Federal)

1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. Não haverá ‘aposentadoria por tempo de parlamentar’, mas contará o prazo de mandato exercido para agregar ao seu tempo de serviço junto ao INSS referente à sua profissão civil.


2. O Congresso (congressistas e funcionários) contribui para o INSS. Toda a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. Os senhores Congressistas ão dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.


3. Os senhores congressistas e assessores devem pagar seus planos de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.

4 Aos Congressistas fica vedado aumentar seus próprios salários e gratificações fora dos padrões do crescimento de salários da população em geral, no mesmo período.


5. O Congresso e seus agregados perdem seus atuais seguros de saúde pagos pelos contribuintes e passam a participar do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.

6. O Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõe ao povo brasileiro, sem qualquer imunidade que não aquela referente à total liberdade de expressão quando na tribuna do Congresso.

7. Exercer um mandato no Congresso é uma honra, um privilégio e uma responsabilidade, não um uma carreira. Parlamentares não devem servir em mais de duas legislaturas consecutivas.

8. É vedada a atividade de lobista ou de ‘consultor’ quando o objeto tiver qualquer laço com a causa pública. “

A hora para esta PEC - Proposta de Emenda Constitucional - é AGORA!!!!!

É ASSIM QUE VOCÊ PODE CONSERTAR O CONGRESSO.


Por favor, mantenha esta mensagem CIRCULANDO para que possamos ajudar a reformar o Brasil.

 

Para conhecer a PEC e ASSINAR, clique nesse link: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=p2011n15708

Comentário de Valdir Kuroski em 24 junho 2013 às 13:21

E você, Jaimisson?  O que fará para que isso realmente aconteça?? Apenas protestar é muito pouco.  Você não acha?  Quem você vai colocar no lugar de tantos políticos ladrões???

Se refletirmos bem, nosso maior problema é "falta de matéria prima de Qualidade".  Cadê os honestos???  Alguém se habilita???  De onde vieram os políticos ladrões que estão por aí???  Creio que não chegaram numa nave espacial.  Todos eles já foram Povo.  Significa que a semente da Corrupção já foi plantada a muito tempo.  

Jaimisson, a solução é muito menos simples do que você imagina. 

Comentário de Valdir Kuroski em 24 junho 2013 às 7:29

Caro Jaimisson,

Volto a repetir.  A crítica, por si só, não basta.  É preciso que apresentemos soluções reais para aquilo que não concordamos.   Principalmente no seu caso.  Como você mesmo descreveu-se: "tenho idade de ser pai da maioria deles".

Eles até podem ter o direito de fazer críticas vazias (sem sugestões ou soluções).  Mas eu espero de você muito mais do que críticas ao Lula à Dilma ou ao PT. . . Afinal, os problemas do Brasil estão longe de resumir-se a eles. 

Comentário de Oscar da Silva em 23 junho 2013 às 19:53

Não sei o que é mais nojento: - Relembrar o Lula em palanque nas passeatas e comícios quando ele só um asqueroso "sapo barbudo" radical ou ver o radicalismo e o baixo nível desses que leio hoje.

O sapo não virou príncipe, mas virou gente em dez anos. Será que poderemos dizer o mesmo desses caras daqui a cinquenta anos? 

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