Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Relatório indica importância e números do setor têxtil no Brasil

Relatório indica importância e números do setor têxtil no Brasil

Por: Interface

O IEMI – Inteligência de Mercado, especializado em pesquisas e análises do setor têxtil e de vestuário, lançou a 15ª edição do “Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira - Brasil Têxtil 2015”, que tem como objetivo fornecer aos empresários do setor têxtil e de confecção informações estruturais e mercadológicas sobre este segmento, um dos mais importantes da indústria de transformação do País.

No documento, totalmente elaborado, produzido e editado anualmente pelo IEMI, com o apoio institucional da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) por meio do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira) e da APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), foram analisadas as atividades dos diversos segmentos que compõem a cadeia têxtil e confeccionista brasileira, como os de fiação, tecelagem, malharia, beneficiamento e confecção, sua estrutura produtiva, número de empresas em atividade, pessoal ocupado, volumes e valores da produção, consumo de matérias-primas, e etc.

Além da estrutura e do desempenho da indústria nacional, o relatório também apresenta a conjuntura internacional do setor, bem como a participação do Brasil nesse cenário mundial.

“Em um momento difícil como o atual, em que o horizonte a médio prazo se torna de difícil visualização, o IEMI considera oportuno oferecer aos leitores do Relatório Brasil Têxtil uma avaliação mais ampliada da evolução dos principais indicadores desse setor no país, aproveitando o histórico de informações produzidas por este instituto ao longo dos 15 anos de edição desta publicação”, afirma Marcelo Prado, diretor do IEMI.

Por sua vez, o presidente da Abit, Rafael Cervone, declara que os números desta nova edição do Relatório Têxtil mostram um cenário de muitas incertezas para os empresários têxteis e de confecção e que a instabilidade macroeconômica tende a se manter ao longo de 2016. “Precisamos estar preparados para a retomada do crescimento. Os números deste relatório dão uma fotografia do setor, mas não podemos nos esquecer dos investimentos que continuam a ser feitos, especialmente em pesquisa e inovação, cujos estudos estão construindo um novo patamar competitivo para o setor como um todo”, explica Cervone.

Principais Números do Relatório

Importância do setor na economia brasileira

A cadeia têxtil produziu em 2014 cerca de R$ 126 bilhões, o que é equivalente a 5,6% do valor total da produção da indústria brasileira de transformação, aí excluídas as atividades de extração mineral e a construção civil, que complementam o setor secundário da economia.

Os empregos gerados pela cadeia têxtil somaram 1,6 milhão de postos de trabalho em 2014, ou o equivalente a 16,9% do total de trabalhadores alocados na produção industrial nesse ano, bem demonstrando que, além da sua grande relevância econômica, esse é um segmento de forte impacto social.

Número de empresas e empregados

No período analisado, de 2010 a 2014, o número de unidades produtivas em atividade na cadeia têxtil cresceu 6,4%, porém, sobre 2013, houve queda de 0,4%. O segmento de confecções para a linha lar foi o que mais cresceu no período de 2010 a 2014, com alta de 14%. Por outro lado, o segmento de meias e acessórios recuou 3,5%. Na confecção de vestuário, o crescimento foi de 7,6%, enquanto as fiações apresentaram queda de 3,7%, as tecelagens, de 3,6%, e as malharias, de 3,2%.

Quanto ao pessoal ocupado na cadeia têxtil, houve queda de 6,1% no setor têxtil e de 2,4% nos confeccionados, entre 2010 e 2014. Os segmentos de confecções de meias e acessórios e as indústrias de nãotecidos tiveram as maiores quedas: -9,0% e -8,3%, respectivamente.

Quanto ao número médio de empregados por unidade produtiva, a tabela mostra que no período de 2010 a 2014 houve declínio, tanto no setor têxtil quanto no de confeccionados, significando um maior nível de automação e modernização do setor.

Principais regiões produtoras de têxteis no País

O Sudeste é a principal região produtora de têxteis no país, concentrando os maiores mercados consumidores, além de sediar os principais centros de distribuição de atacado e varejo. Porém, entre 2010 e 2014, o Sudeste perdeu parcelas de sua participação para as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul do País.

Investimentos

Os investimentos totais realizados na cadeia têxtil em 2014, em modernização e/ou ampliação da capacidade produtiva (máquinas, instalações, treinamento, etc.), estimados pelo IEMI, chegaram a R$ 4,3 bilhões, representando uma queda de 14,7% sobre os valores investidos em 2013. Por outro lado, houve crescimento de 8,1% no período de 2010 a 2014.

Em 2014, todos os segmentos de manufaturas têxteis apresentaram queda em seus investimentos quando comparados a 2013. A maior queda ocorreu no segmento de malharia (21,7%). Apenas os nãotecidos tiveram crescimento, de 8,1%.

Em máquinas e equipamentos, os investimentos de 2014 atingiram R$ 2,3 bilhões, o que representa uma queda de 4,9% em relação aos valores de 2013, porém mostraram crescimento de 21,9% no período de 2010 a 2014.

O segmento de fiação foi o que apresentou a maior queda nos investimentos em máquinas e equipamentos (-12,5%) em relação ao ano de 2013.

Análise do saldo da balança comercial da cadeia têxtil

Nos últimos anos, o Brasil vem se consolidando como um país importador de produtos têxteis e confeccionados. A balança comercial da cadeia têxtil vem, ano a ano, ampliando seu déficit, chegando a US$ 4,7 bilhões em 2014. Em 2010, o déficit era de US$ 2,8 bilhões. Em quatro anos, houve crescimento de 69%, ou seja, uma média de 14% ao ano.

As importações brasileiras de 2014, incluindo as fibras e os filamentos têxteis, cresceram 9,4% em volume de toneladas e 5,2% em valores em dólares em relação ao ano de 2013. Entre 2010 e 2014, cresceram 15,8% em volume e 43,0% em valores.

Comparando 2014 com 2013, no segmento de fibras e filamentos têxteis, o aumento foi de 15,2% em volume e de 8,7% em valores. As manufaturas têxteis (fios, tecidos, malhas e especialidades) apresentaram alta de 6,0% no volume e de apenas 1,2% nos valores.

No segmento de confeccionados, houve alta de 8% no volume e nos valores apenas no último ano (2014). Já em relação a todo o período analisado, o volume cresceu 63,7%, e em valores, 127,5%.

Quanto às exportações brasileiras em 2014 avançaram 19,8% em volume de toneladas e 7,2% em valores. Entre 2010 e 2014, as exportações aumentaram 17,1% em volume e 12,0% em valores.

No segmento de fibras, as exportações de algodão em 2014 avançaram 30,9% em toneladas e 22,8% em valores. Entre 2010 e 2014, os volumes cresceram 46,3% e os valores, 65,4%.

“Espera-se que a recente desvalorização do real frente ao dólar americano deverá contribuir de forma efetiva para reduzir a presença dos importados no consumo interno e estimular as exportações brasileiras de artigos têxteis e confeccionados, não só revertendo parte do déficit gerado pela balança comercial do setor, mas adicionando, também, uma importante vertente de crescimento para a recuperação da produção nacional, afetada pela crise econômica brasileira atual”, conclui Marcelo Prado.

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