Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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SAS: comprovar ROI ainda é desafio nos investimentos em IA generativa

Estudo com a Coleman Parkes mostra que quase dois quintos das empresas brasileiras preveem dificuldades na comprovação de ROI.

Imagem: Shutterstock

Comprovar o retorno sobre o investimento (ROI) em tecnologias de inteligência artificial (IA) generativa continua a ser um dos principais desafios para a adoção dessas ferramentas. O que indica isso é um novo estudo promovido pelo SAS e realizado pela Coleman Parkes, divulgado nesta terça-feira (17/9).

O levantamento contou com a participação de 1,6 mil executivos e tomadores de decisão em IA generativa e analytics de 21 países, incluindo o Brasil, onde cem organizações participaram. Os dados foram coletados entre fevereiro e abril deste ano.

Dos respondentes brasileiros, quase dois quintos (39%) afirmaram já ter enfrentado dificuldades ou prever que terão desafios para comprovar que a IA generativa trará um ROI significativo. Mais da metade (51%) também afirmou enfrentar desafios na transição do conceito para o uso prático da tecnologia.

“Agora, as empresas estão efetivamente entendendo onde a IA generativa pode trazer resultados. No final, uma das coisas mais importantes é entender o caso de uso e onde pode haver retorno sobre o investimento. Investir em IA generativa só porque está na moda não vai adiantar. Nenhuma empresa tem dinheiro sobrando para isso”, disse André Novo, country manager do SAS no Brasil.

Para o executivo, é importante destacar que a IA generativa ainda é uma tecnologia “cara”, o que pode impactar as perspectivas de ROI das organizações. Lyse Nogueira, customer advisor do SAS, também pontua que já vê uma evolução da preocupação das organizações com as possibilidades de redução do custo da tecnologia, incluindo a gestão de tokens para projetos de IA.

“É importante ter uma solução que trate a informação antes de ir para o chatbot”, exemplificou. “Às vezes você não precisa colocar o texto inteiro na IA generativa, mas consegue extrair o que é importante e colocar muito menos tokens na IA – barateando a balança entre custo e benefício”, explicou.

Cenário da IA generativa

Entre as empresas participantes, o Brasil também desempenhou abaixo da média no índice de adoção de IA generativa: apenas 46% disseram já estar utilizando ou implementando a tecnologia. A média global foi de 54%. O Brasil ficou à frente do grupo de países Bélgica/Países Baixos/Luxemburgo (31%), da Itália e Finlândia (32%), Irlanda (39%), México e Dinamarca (44%) e Canadá (45%).

A China desponta como principal entusiasta da tecnologia, com mais de 80% das organizações respondentes tendo adotado a IA generativa em alguma capacidade. Reino Unido (70%) e Estados Unidos (65%) ocupam a segunda e terceira posições, respectivamente.

Lyse, no entanto, analisa o resultado com cautela. Ainda que o resultado não pareça favorável para o Brasil, a executiva lembra que o alto índice de alguns países, como a China, “puxa” a média para cima, o que significa que o Brasil não está tão descolado da realidade global. “Quando a gente fala em média, ela não é uma medida precisa para fazer esse tipo de comparação”, anotou.

Além do desafio de ROI, as empresas brasileiras também apontaram outros obstáculos em suas jornadas de IA. Está listada, por exemplo, a escassez de expertise interna de implementação: 51% das empresas citam o tema como principal dificuldade no Brasil, contra 39% globalmente.

Os próprios líderes empresariais não se sentem completamente prontos para enfrentar projetos de adoção. Dos participantes, a maior parte (46%) dos brasileiros diz ter um “entendimento moderado” do tema. Um décimo diz ter “pouco conhecimento”, enquanto 40% afirma ter “bom” entendimento. Globalmente, o “bom entendimento” prevalece, com 42% dos respondentes.

Entre as organizações brasileiras que investem ou pretendem investir em IA generativa nos próximos anos, a maioria pretende começar dentro de um departamento específico (45%) ou por meio de um projeto-piloto (37%), enquanto uma minoria (18%) já pensa grande e vai investir em um projeto de nível corporativo. Marketing, field services e vendas são os departamentos que lideram a corrida de adoção de IA generativa.

O principal objetivo entre as empresas brasileiras ao investir em IA generativa é melhorar a satisfação e retenção do cliente, gerando benefícios diretos para os negócios, apontado como prioridade por 20% dos entrevistados. Em seguida, vêm a redução de custos operacionais e tempo (produtividade) e a gestão aprimorada de riscos e medidas de conformidade, ambos apontados por 15%.

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