A proposta enviada pela ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de
Algodão) e ANEA (Associação Nacional de Exportadores de Algodão) foi
aprovada pela CAMEX em setembro.
Em 27 de outubro de 2010, através da Portaria SECEX n°23, publicada no Diário Oficial da União em, que regulamenta a importação, foi
divulgada a metodologia para que o processo seja possível. De acordo com
o documento, fica definido o seguinte:
Segundo o presidente da ABIT, Aguinaldo Diniz Filho, esta foi uma decisão muito aguardada, pois o País estava na iminência de ter empresas
paralisando sua produção e dispensando funcionário por falta de
matéria-prima. “Houve quebra de safra em diferentes países, não só no
nosso País, além do problema do Paquistão que perdeu sua safra nas
enchentes. Por isso, no mundo todo o algodão está caro”, explica o
presidente.
Com abastecimento desequilibrado por conta de diversos fatores como a quebra da safra de alguns importantes produtores mundiais e retomada
do consumo neste ano, o setor têxtil brasileiro, que vinha colhendo
cerca de 1 milhão e 300 mil toneladas de algodão antes da crise, sendo
que desses, o mercado interno consumia 900 mil toneladas, segundo a
ABRAPA, e o restante era exportado; teve neste ano, uma safra de
somente 1,1 milhão de toneladas das quais 320 mil toneladas foram
exportadas nos primeiros nove meses do ano.
Em setembro, a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), a ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) e
a ANEA (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão) pediram a
aquisição de 250 mil toneladas com redução ou isenção temporária da
tarifa de importação entre outubro e maio. A decisão foi aprovada pela
CAMEX (Câmara de Comércio Exterior) e no mês passado foi liberada a
metodologia para a importação do algodão.
O Brasil terá que importar 250 mil toneladas de algodão para cobrir a escassez de oferta do mercado interno, para manter as atividades e
viabilizar a produção brasileira. A situação da indústria chegou a um
nível dramático: o preço está subindo todo dia e falta produto. Mesmo
assim, o país corre o risco de perder competitividade e abrir espaço
para importação de países asiáticos, que oferecem o produto a custo mais
baixo, o que faria aumentar o preço dos produtos têxteis, e o possível
fechamento de fábricas e demissões.
Comentar
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2025 Criado por Textile Industry. Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI