Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Secretário do Tesouro diz que Brasil tem que acabar com 'falso consenso' sobre reforma tributária

Mansueto Almeida afirma que é preciso debater diminuição de benefícios tributários.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, durante entrevista Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilO secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, durante entrevista Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

BRASÍLIA — O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, falou que o Brasil tem de acabar com o "falso consenso" em relação à reforma tributária e partir para uma discussão de verdade sobre o assunto. Ele argumentou que todo mundo é a favor da redução da carga tributária, mas na hora de diminuir benefícios tributários, essa unanimidade desaparece.

— Quando se fala em reduzir os benefício, há uma luta muito grande. Os setores se organizam e o embate que não é tão fácil. O que precisamos é entrar no detalhe.

Ele lembrou que há várias propostas de reforma tributária em evidência. A equipe de transição do governo eleito Jair Bolsonaro analisa, por exemplo, a unificação de impostos, a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e até deixar o sistema como está, mas reduzir bastante o número de obrigações impostas aos empresários.

— Temos de levar todo esse debate para o Congresso Nacional e para a sociedade para, de fato, chegar a um consenso que hoje não existe quando se fala em reforma tributária — falou o secretário, que continuará no cargo depois da posse de Bolsonaro.

Ele comparou a proposta tributária com a reforma da Previdência. Disse que há mais consenso em relação às mudanças previstas para o sistema de aposentadoria. Falou que a maioria já entendeu a necessidade de se estabelecer uma idade mínima para se aposentar sem tempo de contribuição e restringir os gastos com pensões. E que isso não ocorre na discussão do peso dos impostos sobre as empresas.

Por outro lado, Mansueto frisou que o ajuste das contas públicas que está em curso já fez com que as empresas brasileiras conseguissem captar recursos e pagar um juros muito menor com isso. E prometeu que isso deve melhorar ainda mais quando o país aprovar a reforma da previdência.

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