Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Fonte:|adminitradores.com.br|

A tecnologia da informação por si só não faz milagres. É preciso ensinar as pessoas a extraírem o melhor do contexto em que estão inseridas

Geralmente as empresas destinam entre 1% e 3% da receita anual para projetos de tecnologia. Não há dúvida de que à indústria de TI – e seus
acelerados avanços – pode ser atribuída grande parte do sucesso e do
crescimento da economia mundial. Mas há que se considerar que nenhuma
tecnologia é boa o suficiente se atrás dela não houver pessoas
capacitadas.

Nos últimos 50 anos o mundo desenvolvido se sentiu desafiado a ganhar mais e mais produtividade. Chega a ser impressionante a velocidade com que o progresso bate à nossa porta, muito em função da
tecnologia da informação e comunicação. Estamos ganhando uma velocidade
de transformação e de criação ímpares.

Mas, analisando o capital humano que lida com tamanha evolução, percebemos que urgem mudanças estruturais nas empresas. É preciso capacitar às equipes de trabalho de modo que as pessoas sejam
estimuladas a desenvolver mais suas habilidades de conhecimento,
análise, intuição e criatividade.

A tecnologia da informação por si só não faz milagres. É preciso ensinar as pessoas a extraírem o melhor do contexto em que estão inseridas. Vejamos: determinada empresa investe na infraestrutura de
rede, contando com uma estação de trabalho para cada
vendedor/atendente. Investe, também, em aplicativos que permitem
elaborar e transmitir orçamentos aos clientes em curto espaço de tempo.
Entretanto, ao não capacitar sua mão de obra apropriadamente, se
arrisca a perder aquele cliente que faz contato por telefone – na
esperança de que um profissional especializado compreenda suas
necessidades e possa contribuir para a realização de uma compra
acertada.

Enquanto o colaborador se preocupa com a 'formalização', o cliente se frustra porque não conseguiu obter 'informação'. No âmbito das pequenas e médias empresas, esse tipo de relacionamento mal resolvido é
muito comum, gerando insatisfação. O cliente se queixa do vendedor
que, por sua vez, se queixa do sistema que trouxe consigo mudanças no
atendimento. Imagine o quanto seria melhor se o vendedor/consultor
pudesse destinar cinco minutos daquele dia para ouvir o cliente,
compreender como poderia atender àquele pedido de modo que resultasse
numa equação 'ganha-ganha', em que todos saem satisfeitos.

Numa outra situação, uma fila de pacientes aguarda – com cara amarrada – a volta do sistema, que 'saiu do ar'. De repente, os mesmos atendentes que até bem pouco tempo colhiam dados do paciente,
transcrevendo tudo para o papel e repassando depois para os médicos e
para a administração, sentem-se incapazes de resolver qualquer coisa
que dependa do acesso ao computador. Não fazem isso por vontade
própria, é claro. Mas porque faltou à direção da empresa capacitá-los
para que desenvolvessem o senso de oportunidade e improviso. Preferem,
também nessa situação, arriscar o relacionamento com o cliente.

Não se pode duvidar que a tecnologia nos dotou de velocidade suficiente para atender às demandas da nova economia. Mas é preciso aguçar o senso crítico e perceber que a tecnologia, por mais avançada
que seja, ainda não substitui a tomada de decisão dos seres pensantes
que fazem uso dela. O sucesso não vem fácil, mas chegará mais
rapidamente se os empreendedores privilegiarem seus colaboradores e
incentivarem o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e
comportamentais.



Adriano Filadoro - diretor de tecnologia da Online Brasil, empresa com 17 anos de atuação na indústria de TI, com foco em Data Center Inteligente.

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