O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a China ainda não está pronta para concluir um acordo comercial com os Estados Unidos e reiterou a ameaça de impor taxas a mais 267 bilhões de dólares em ativos chineses em caso de retaliação.
"A China quer fazer um acordo e eu digo que eles ainda não estão prontos", disse Trump durante uma conversa com repórteres no Salão Oval na terça-feira (9). "Acabei de dizer que eles ainda não estão prontos. E nós cancelamos algumas reuniões porque eu digo que eles não estão prontos para fazer um acordo”, ressaltou o presidente norte-americano.
Ao ser questionado se ele estaria pronto para cobrar novos impostos em caso de retaliação da China, Trump disse: "com certeza, absolutamente”, acrescentando que o atual desequilíbrio comercial dos Estados Unidos com a China mostra que "já retaliaram".
No mês passado, Donald Trump impôs tarifas sobre quase 200 bilhões de dólares em importações chinesas e ameaçou aumentar a arrecadação se a China retaliasse. A China reagiu com tarifas sobre cerca de 60 bilhões de dólares em importações norte-americanas.
Citando a crescente guerra comercial, na terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas previsões de crescimento econômico global para 2018 e 2019.
Na quarta-feira (10), durante uma coletiva de imprensa em Pequim, ao ser questionado sobre as declarações de Trump, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, disse que uma guerra comercial era ruim para a economia global e não era do interesse de nenhum dos dois países.
“Mas a resolução da China para proteger seus próprios legítimos interesses é inabalável. Ninguém deveria ter ilusões sobre isso”, disse Lu.
Os Estados Unidos querem pressionar a China a fazer mudanças radicais em seu comércio, transferência de tecnologia e práticas de subsídios industriais de alta tecnologia.
Os últimos comentários de Trump destacam a ameaça de Washington de que podem ser impostas tarifas em mais de 500 bilhões de dólares em produtos chineses - quase o total de importações norte-americanas da China no ano passado.
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