Segundo levantamento feito pelo Goldman Sachs, U$ 4.7 trilhões de dólares em receita podem sair das mãos dos bancos e migrar para as fintechs.

O mesmo estudo identificou ainda que 33% dos millennnials acreditam que não vão precisar de um banco em cinco anos e metade diz acreditar que os serviços financeiros que vão consumir serão prestados por startups.

O assunto está tão na moda que o StartSe criou o FINTECH CLASS e reuniu as maiores fintechs do país para discutir o futuro do mercado financeiro.

A prova maior de que esse movimento tem uma força gigantesca veio no ano passado, quando o Lending Club, uma espécie de “Uber dos Empréstimos” que conecta quem tem dinheiro a quem precisa de dinheiro, fez a maior oferta pública inicial de ações do segmento da tecnologia. Captou US$ 800 milhões e alcançou valor de mercado de US$ 8,5 bilhões, ficando na 15ª posição entre 835 instituições financeiras americanas.

Uma façanha que incomoda menos pelas cifras e mais pelo sinal que traz ao mercado. Se os investidores estão apostando alto nas fintechs é porque elas conseguiram antecipar o futuro, seduzindo a geração que tira o sono dos banqueiros: os millennials, jovens entre 18 e 34 anos de idade, que não parecem nem um pouco dispostos a enfrentar a burocracia e as regras do sistema financeiro tradicional.

O fenômeno é tão impactante que 4% das empresas de base tecnológica que nascem no Brasil são voltadas para o segmento financeiro.  Destaque para os serviços de pagamentos, gestão financeira, empréstimos, financiamentos, bitcoin e seguros.

O que resume o momento do mercado pode ser atribuído a uma frase de Bill Gates: “nós precisamos de serviços financeiros, mas não de bancos”.

Junior Borneli