Acometido por câncer duas vezes, o aposentado Dário Soares, 70 anos, foi uma das 300 pessoas atendidas sábado em mais uma edição da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. A atividade, realizada no Hospital Ana Nery, tem como objetivo esclarecer a população a respeito da doença e encaminhar possíveis casos diagnosticados para tratamento.
Durante todo o dia foram realizados exames para avaliar manchas e sinais que possam ser indicativos de câncer de pele. “Já passei por duas cirurgias por causa do problema. Resolvi vir aqui para prevenir mais complicações”, disse Soares.
A iniciativa do aposentado é o primeiro passo para o diagnóstico correto, explica a coordenadora da campanha em Santa Cruz, Tânia Zuchetto de Almeida. A médica também aproveita o dia para oferecer esclarecimentos quanto aos cuidados que se deve tomar.
“Evitar a exposição solar entre 10 e 15 horas, usar protetor, bonés é importante”, destaca. Ela também aponta a evolução da indústria têxtil, que passou a fabricar tecidos com filtro solar. “É outra medida que previne”, acrescenta.
Das 300 pessoas atendidas, 62 foram encaminhadas para exames mais complexos, pois os sintomas eram indicativo de câncer de pele. Os 20% de casos suspeitos demonstram uma situação considerada preocupante pela médica. Ela observa que a média é de 10% de diagnósticos positivos, o que já é um índice considerado alto.
O Vale do Rio Pardo, conforme a dermatologista, costuma apresentar alta incidência da doença por fatores étnicos. “As pessoas de origem alemã têm a pele mais clara e por isso com mais chances de câncer. Ainda há o grande número de trabalhadores na agricultura que não tomam todos os cuidados”, observa.
Entretanto, Tânia reforça que o risco existe entre todos e em qualquer local. “Quem vai à piscina ou praia também precisa se proteger usando filtro fator 20 ou mais”, avisa.
CUIDADOS
Embora as recomendações sejam exaustivamente repetidas, muitas pessoas não tomam as devidas precauções para evitar o aparecimento da doença. A aposentada Edite Faust, 75 anos, reconhece que faltou prevenção ao longo da juventude. “Nunca cuidei e não usava filtro. Mas agora resolvi procurar o serviço para fazer os exames e ver se está tudo em ordem. Nunca é tarde para se cuidar”, disse enquanto esperava ser atendida com a ficha 56 nas mãos.
A vera-cruzense Norminda Becker, 74, e a aposentada Neli Oliveira, 86, também procuraram se cuidar. Como Edite, elas ainda não haviam feito um exame detalhado. “Vim para ver como estou e se tiver algum problema, devo tratar”, completou Neli.
Saiba mais
•• Além da proteção solar, é importante fazer uma avaliação clínica da pele para prevenir o desenvolvimento da doença. Alguns sinais podem servir de alerta:
• Crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida;
• Pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
• Mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
•• Câncer da pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares; o mais perigoso é o melanoma. A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer e o envelhecimento da pele. Ela se concentra nas cabines de bronzeamento artificial e nos raios solares.
•• O carcinoma basocelular é o tipo mais frequente, representando 70% dos casos. É mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar acumulada durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.
Fonte: www.sbd.org.br
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