CNI vê recuperação, mas ainda demonstra preocupação com o setor (Germano Luders/Exame)
Para CNI, maior obstáculo para a indústria não é mais o câmbio, que está em 1,90 real. O que preocupa agora é a preferência do consumidor pelos importados
A utilização da capacidade instalada (UCI) na indústria brasileira caiu para 81,5% em março, contra 82% em fevereiro, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, citando dados dessazonalizados. Em março do ano passado, a UCI – considerada um indicador de potenciais pressões inflacionárias – estava em 82,7%.
A UCI foi o único indicador que teve queda em março. O faturamento cresceu 0,9%, chegando a 124,3 pontos. É o melhor desempenho desde novembro do ano passado, quando estava em 125,8 pontos. Este é o segundo mês consecutivo de alta no faturamento.
As horas trabalhadas subiram 0,4%, para 109,2 pontos, maior nível desde agosto de 2011, quando estava em 109,3. O emprego teve alta de 0,3%, para 112,9 pontos. Todos os números são com ajuste sazonal.
Recuperação ainda preocupa – A CNI considerou que esses dados, com exceção da UCI, indicam uma recuperação em março. O gerente-executivo da CNI, Flávio Castelo Branco, afirmou que a UCI ficou na contramão por refletir uma folga na produção devido à maturação de investimentos feitos no ano passado e à queda na demanda por produtos da indústria brasileira.
"A recuperação carrega preocupação porque a indústria brasileira tem demonstrado ainda sinais de dificuldades", afirmou Castelo Branco. Ele sustentou que os obstáculos a um maior crescimento da indústria não estão somente no câmbio, que agora está mais favorável, no patamar de 1,90 real. Ele citou como o principal problema ainda a demanda dos consumidores sendo absorvida pelos importados.
Dificuldades– A indústria tem acumulado dificuldades desde o ano passado e ainda não conseguiu consolidar a recuperação da atividade. Em março, a produção, medida pelo IBGE, caiu 0,5% na comparação com fevereiro.
O governo tem buscado atacar as fragilidades da indústria através de medidas de estímulo, como redução de tributos para o consumo e facilitação de acesso ao crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo. Essas ações fizeram parte da segunda etapa do Plano Brasil Maior.
Ainda assim, os sinais de recuperação são erráticos. A produção industrial no primeiro trimestre de 2012 fechou com recuo de 3% quando comparado com um ano antes, segundo o IBGE, e contração de 0,5% sobre o quarto trimestre de 2011.
A queda de 3% foi o pior resultado para um trimestre desde o terceiro trimestre de 2009, quando a indústria foi fortemente afetada pela crise mundial.
Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/economia/uso-da-capacidade-instala...
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