Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Varejistas de calçados ignoram a crise e apostam no exterior

SÃO PAULO - Para se firmarem no mercado internacional como players do ramo calçadista, marcas brasileiras como a Picadilly - há 57 anos no mercado nacional produzindo e comerc...

SÃO PAULO - Para se firmarem no mercado internacional como players do ramo calçadista, marcas brasileiras como a Picadilly - há 57 anos no mercado nacional produzindo e comercializando calçados para o público feminino e infanto-juvenil - apostam na parceria com seus importadores em busca de maior capilaridade. A marca tem estampado sua bandeira em lojas localizadas em outros países, tendo quase 30 espaços com seu nome em regiões como Venezuela, Kuwait, Guadalupe (Caribe), Miami (EUA), República Dominicana e Peru.

A empresa segue o exemplo de outras bandeiras que, além das operações brasileiras, lucram com lojas próprias e franquias, como a Via Uno que possui mais de 275 lojas espalhadas pelo mundo, e a Arezzo&Co, que detém as marcas de calçados e acessórios femininos Arezzo, Schutz, Alexandre Birman e AnaCarpi e possui seis operações no exterior e mais de 300 lojas no Brasil.

Segundo Marlon Martins, diretor-comercial da Picadilly, a intenção não é lucrar ao licenciar sua marca, mas dar apoio aos importadores que revendem produtos no exterior e, assim, obter maior capilaridade da marca. "Nós apoiamos os importadores que querem ter nosso layout no exterior, sem cobrar isso deles", explica o executivo.

Atualmente, a marca está presente em 90 países - 28% de sua produção são voltados à exportação -, que distribui em diversas multimarcas mais de 500 modelos de calçados produzidos em dois polos próprios da empresa sulista.

No primeiro semestre deste ano, seu faturamento esteve na casa dos R$ 200 milhões, e desde janeiro já entregou, aos mais de 13 mil pontos de venda, cerca de quatro milhões de pares de calçados, femininos e para o público adolescente.

A empresa não atua no mercado masculino e conforme o diretor-comercial não há intenção de investir nesse nicho. "Já atuamos com calçados para homens, mas percebemos que o potencial de consumo está no público feminino", afirma. Ainda segundo o diretor, na loja de fábrica localizada em Igrejinha, no Rio Grande do Sul, diz já ter visto mulheres comprarem de 10 a 12 pares.

Martins explica que a marca tem crescido em média 30% nos últimos três anos e em 2012 pretende crescer em torno de 20%. "Neste ano queremos chegar ao faturamento de R$ 430 milhões, o que representa aproximadamente 20% a mais em vendas que no ano passado", diz.

Para conseguir atingir essa expectativa, a empresa ampliará a sua produção quase 50% - diariamente produz 60 mil pares a meta é chegar a 11.200 ao dia - apostando em produtos que aliam moda e conforto, duas características agregadas à marca há poucos anos. "Resolvemos rever nossas coleções ao perceber que dá, sim, para aliar conforto com produtos com apelo fashion", diz.

Tanto que, dentre todos os itens que chegam ao consumidor brasileiro e internacional, o carro-chefe é a linha conforto. "Aliamos em nossos produtos, em todos eles, moda e conforto, uma das exigências dos nossos consumidores. O DNA da marca estava no conforto e de 2009 ou 2010 para cá aliamos o apelo fashion aos modelos", explica Martins. E completa: "Queremos atender aquele público feminino mais jovem, a mulher mais despojada e irreverente. Mulheres pertencentes às classes B, C e D e o público infanto-juvenil", diz o empresário dessa companhia familiar.

Quem também dá ênfase ao mercado internacional é o Grupo Priority, dono das marcas Cravo&Canela (feminino) e West Coast (masculino). Segundo Rafael Schefer, diretor do grupo, 30% de seu faturamento - não revelado - devem-se ao mercado externo, sendo que a marca de produtos masculinos é a mais forte lá fora. "A West Coast é mais velha no mercado", explica.

Ainda segundo Schefer, a fim de atender a demanda vinda da Argentina, o grupo firmou parceria com produtores daquele país para aumentar a penetração no mercado latino-americano. "Lá estamos juntos com nossos distribuidores para atender esses consumidores", disse ele.

Mercado premium

Além das bandeiras que comercializam calçados já citados, não se pode deixar de lado empresas que inicialmente só produziam calçados e atualmente são varejistas no mercado de luxo.

Em entrevista anterior ao DCI, Jorge Bischoff, dono da marca anônima, começou o ano de 2012 abrindo a primeira loja no exterior, que opera como franquia. "A loja foi inaugurada recentemente. A intenção é, ao longo deste ano, abrir novas unidades próprias, e conceder licença a novas franquias, além de continuar com as multimarcas, que ajudam a incrementar os ganhos", disse.

O espaço está localizado em Barbados, cidade do Caribe, e, segundo seu proprietário, não será a única. A marca conseguiu em 2011 abrir 30 operações. A intenção de Bischoff este ano é triplicar o seu faturamento.

fonte:http://www.dci.com.br/varejistas-de-calcados-ignoram-a-crise-e-apos...

 

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