Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Vicunha vai produzir Índigo na Argentina e negocia nova compra

Fonte:|valoronline.com.br|

A Vicunha Têxtil, maior produtora brasileira de índigo e brins, está perto de se consolidar como a segunda maior fabricante mundial nesse segmento. No fim da tarde de ontem, a companhia, liderada por Ricardo Steinbruch, assinou contrato de produção na Argentina com o grupo Ullum, que prevê ainda a opção de compra de ativos no país até 30 de junho.

Se a aquisição se concretizar, a Vicunha desembolsará cerca de US$ 40 milhões, parte referente à compra das unidades de tecelagem, tinturaria e acabamento do grupo e parte relativa a investimentos em ampliação de capacidade produtiva, com instalação de uma unidade de fiação, e modernização. Conforme a empresa, a partir da expansão, haverá contratação de 400 funcionários diretos e 1,5 mil indiretos.

O apetite da brasileira na Argentina não para por aí. Além de dar continuidade à avaliação da compra dos ativos do grupo Ullum, a Vicunha iniciou as conversas para outra aquisição no país. De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, José Maurício D'Isep, a expectativa é de que esse segundo negócio seja firmado ainda neste semestre e movimente entre US$ 40 milhões e US$ 50 milhões.

Num primeiro momento, o grupo Ullum passará a produzir, exclusivamente para a Vicunha, cerca de 500 mil metros de índigo e brim por mês. Sacramentada a aquisição das controladas Tintoreria Ullum, Tejeduria Galícia e Tejeduria Panamá, a brasileira pretende dar início aos investimentos que elevarão para 2 milhões de metros/mês a capacidade produtiva.

Mesmo com o investimento previsto em uma nova fiação, para alcançar a produção de 2 milhões de metros mensais na unidade argentina, a Vicunha terá de importar fios do Brasil e deverá exportar parte da produção argentina para o mercado brasileiro. Inicialmente, a produção será direcionada para o próprio mercado argentino.

A decisão de compra, conforme D'Isep, levará em conta os resultados da avaliação contábil ("due diligence") que será encaminhada nos próximos meses e das negociações com o governo argentino com vistas à prorrogação de incentivos concedidos ao grupo Ullum. "Um dos pontos em negociação é a liberação das cotas para importação de fios", conta o executivo.

A Vicunha utilizará recursos próprios para a compra dos ativos e vai recorrer a fundos argentinos para financiar os aportes em ampliação e modernização. O valor de cada etapa do negócio, entretanto, não foi revelado.

A direção da Vicunha Têxtil tem enfatizado, desde meados do ano passado, que pretende acelerar seu processo de internacionalização. Além das potenciais aquisições na Argentina, a companhia, que é controlada pela Textília, holding que tem como acionista majoritário a família Steinbruch e conta ainda com o BTG Pactual, está perto de dobrar a capacidade de produção na fábrica de Quito, no Equador, e tem planos de instalar um centro de distribuição no México.

No Brasil, a Vicunha contará com uma nova fábrica, em Mato Grosso do Sul, que exigirá investimentos de R$ 350 milhões ao longo de 10 anos, e está empenhada na modernização de três unidades instaladas no Nordeste, projeto que envolve aportes de R$ 240 milhões.

O BTG Pactual, banco de investimentos comandado por André Esteves, assumiu 37,5% do capital da Textília no ano passado, após aporte de R$ 250 milhões.

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