Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Com presença histórica, mais de 300 empresários e parlamentares se uniram em Brasília e planejaram a luta pelo Setor Têxtil até 2014

O que era para ser uma tradicional reunião de Frente Parlamentar com seus representados, se tornou um fato
inédito em Brasília no dia 19/06, numa manhã de quarta-feira como tantas outras  na capital federal. Mais um Café da Manhã estava marcado e os deputados federais e senadores que fazem parte da Frente Parlamentar Mista Jose Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção estavam sendo convidados a participar. Outra Frente Parlamentar, a do Fortalecimento da Indústria Nacional, também se juntou na coordenação do Evento para atrair o máximo de parlamentares possível, o que não é fácil. Durante mais de um mês a Abit esteve cuidando de todos os preparativos, convites, banners, apresentações e confirmações. Cerca de 150 pessoas estavam confirmadas na véspera. Um sucesso. Só que não.  No dia e na hora “D” 313 pessoas compareceram ao Café da Manhã da indústria da moda. E poucos arredaram o pé até a última fala.

Deputado André Vargas, que estava como presidente em exercício na Câmara

Acostumados a reuniões de frentes parlamentares, os  coordenadores da Frente Têxtil, deputado Henrique Fontana (PT/RS) e senador Luiz Henrique (PMDB/SC) estavam surpresos com o comparecimento inédito. Também satisfeitos ficaram o coordenador da Frente da Indústria Nacional, deputado Newton Lima (PT/SP) e o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho. Seriam os ares de mobilização nacional? O fato é que empresários do nordeste, do sul, sudeste, centro-oeste e até do norte vieram ao Encontro. Em contrapartida, representantes políticos de todas as regiões também se fizeram presentes, assim como presidentes de sindicatos patronais e trabalhistas.

 
 Aguinaldo Diniz Filho e Tatiana Prazeres da SECEX

O poder executivo também enviou seus representantes, como a Secretária de Comércio Exterior do MDIC (Secex), Tatiana Prazeres, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, e o Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland.  A consagração do evento foi a chegada surpresa do líder em exercício da câmara dos deputados, deputado André Vargas (PT/PR), que discursou favorável a uma reforma tributária para a indústria. Não eram guerreiros de Esparta, mas os 300 participantes se declararam prontos para a luta.


O cenário da guerra: por dentro do setor

O presidente da Abit realizou uma apresentação para atualizar todos os presentes com os últimos números do setor, bem como dos argumentos incontestáveis como: ser o quarto maior produtor mundial de vestuário, empregar mais de 1,7 milhão de brasileiros, estar entre as três maiores folhas de pagamento da indústria de transformação, dentre vários outros aspectos que tornam o Setor vital para a economia do Brasil. Na sequência, expôs os problemas que roubam a competitividade da indústria da moda brasileira e a proposta de um Regime Tributário Competitivo para Confecção(RTCC) para resgate do setor.

 
 Empresários de todo o Brasil comparecem ao evento

E a Salvaguarda?

Um dos pontos mais lembrados durante o encontro entre empresários e parlamentares, foi o Pedido de Salvaguarda para Vestuário que a Abit entregou ao governo em agosto de 2012 e recentemente atualizou os dados a pedido do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC). “As empresas não estão suportando mais” disse o presidente do Sinditêxti-SP, seguido de outros representantes de sindicatos que aproveitaram para mandar o recado ao MDIC ali representado. A Secretária da Secex, Tatiana Prazeres, pediu a palavra e citou todos os vinte processos do setor têxtil já impetrados pelo governo junto à OMC, sendo que o País nunca perdeu um único contencioso dos que já foram julgados. “O governo não se omite em apoiar a indústria, porém é necessário o máximo de embasamento para abrirmos um processo de Salvaguarda”. Em síntese, os técnicos do MDIC consideram o processo frágil e o governo não vai entrar na briga para perder. Apesar dos números macroeconômicos que demonstram perda de competitividade, a maior dificuldade neste tipo de processo é reunir empresas que abram seus dados e demostrem a perda de mercado. Sem isso, o processo se fragiliza. “Todos querem a Salvaguarda, mas poucas são as empresas que disponibilizam os dados, mesmo sendo uma relação sigilosa e sem danos de fiscalização” explica Fernando Pimentel, diretor superintendente da Abit que está conduzindo o pleito. “Mas não vamos desistir. Reunimos poucas empresas, mas com sólida demonstração de prejuízo grave” conclui.

Balanço da Frente: seis propostas realizadas  e dez em andamento

Em abril de 2011, a atual formação da Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento do Setor Têxtil e de Confecção propunha, juntamente com a Abit, 20 propostas a serem trabalhadas com maior vigor pelos parlamentares. Dentre elas, propostas na área Tributária, de Financiamento, Trabalhista, de Comércio Exterior, para Micro e Pequenas Empresas, dentre outras.

Após dois anos, no dia do Café da Manhã da indústria da Moda em Brasília, no último dia 19, a Frente Têxtil fez uma análise das demais propostas que ainda estão em andamento e quais os pleitos que receberão mais atenção nos 18 meses restantes dessa legislatura. Entre os dois principais focos estarão a Salvaguarda e o Regime Tributário Competitivo para Confecção (RTCC) que foram apresentadas com mais detalhes numa Cartilha entregue durante o Encontro.

Reunião na CNI

Os empresários têxteis e confeccionistas que participaram do Café da Manhã da Indústria da Moda se reuniram, após o almoço, na sede

 
 Robson Braga, Aguinaldo Diniz, Paulo
 Rabelo e Fernando Pimentel

da CNI para reunião mensal dos associados da Abit. A reunião fez um balanço positivo do encontro da manhã, recebeu mais sugestões e apoio para a agenda firmada com a Frente. Participaram da reunião o senador e ex-presidente da CNI, Armando Monteiro (PT

Fonte: http://www.abit.org.br/Imprensa.aspx#606|ND|C

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Respostas a este tópico

Tudo muito "bonitinho" mas vai terminar em samba. Tem eleições o ano que vem e os políticos pilantras ficam fazendo show para impressionar a indústria têxtil. A bandidagem política está toda de plantão. Café da manhã, tapinhas nas costa beijinhos em crianças e outras vigarices.

Roubam e prometem...roubar mais.

Cada um por si e...Deus por todos. E a China vai chegando e tomando posse do mercado...enquanto isso...a bola rola e a presid"anta" enrola....

Li o que nosso companheiro declarou...e penso que não poderemos acabar nadando na praia,que é o que sempre dizem... Como poderemos nos mobilizar para alterar esta visão?

Não poderemos ficar de braços cruzados....VAMOS PRA RUA TAMBÉM!

Nadando na praia nâo...morrendo na praia...o Brasil morre um pouco todo dia nas mãos da bandidagem política de Brasilia...se corrupção vai virar crime hediondo e a bandidagem do  governo vai para a cadeia...então o congresso vai ficar vazio. Tomara que seja retroativo de 10 anos...haja cadeia para tantos bandidos...espero que o cachaceiro nove dedos e sua amante sejam levados a júri popular...

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