Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A Lingerie que você anunciou,fabricou ou vendeu pode provocar uma guerra?

por: Marcela Leone

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Na sexta passada, falamos, coincidentemente, sobre o choque cultura... – manhã do dia em que, mais tarde, integrantes do Estado Islâmico assassinaram mais de uma centena de pessoas em ataques terroristas à cidade de Paris. Era possível detectar uma certa tensão entre ambos os lados naquele dia, mas jamais imaginaríamos que, horas depois da publicação do texto, os terroristas invadiriam uma casa noturna e massacrariam o público, ou que explodiriam bombas perto do estádio onde ocorria o jogo de futebol entre França e Alemanha.

Muita coisa aconteceu desde então. Nas últimas horas, por exemplo, os terroristas atearam fogo a um set de bateria – sim, essas mesmas que as bandas e artistas usam em seus shows – porque alegaram que baterias não eram coisa islâmica. E, na semana passada, falávamos sobre o fato de a lingerie (e desfiles, fotos e campanhas com modelos com pouca roupa) eram um choque cultural muito grande para eles. Esse tipo de coisa não pertence ao universo deles – e o problema, quando falamos da ala mais radical, é que eles passam a destruir o que não querem ver invadindo o mundo deles.

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Do ponto de vista ocidental, uma coisa é certa: você, que vende, produz ou cria ensaios utilizando lingeries, deve continuar fazendo o seu trabalho da mesma maneira. Independentemente do fato de isso desagradar muçulmanos (terroristas ou não). Da mesma forma que a cultura deles não inclui lingeries à mostra, ensaios, show de música com bateria e coisa do tipo, a nossa inclui. E precisa ser respeitada. A partir do momento que a pressão do terror faz com que mudemos nossas vidas de qualquer forma, ele vence. Que as baterias continuem a ser tocadas, seja no show de reggae, de rock, de música pop ou da banda de apoio do Roberto Carlos.

A grande verdade é que, no ocidente, se não te agrada (ou não faz parte da sua religião) um ensaio de lingerie, você simplesmente não faz um ensaio, não consome um ensaio. Ou uma apresentação que tenha uma bateria, não compra o ingresso. Mas você tem a liberdade de escolher em um mundo em que as coisas possam existir, ser criadas. A diferença é que os radicais muçulmanos vetam essa liberdade, impedindo que uma bateria exista, por exemplo. A palavra-chave é justamente essa: liberdade. De existir, ser, fazer, escolher…

Você consegue imaginar o fato de, por exemplo, em vez de serem baterias queimadas pelo ISIS, fossem peças de lingerie? Que, é claro, também são um absurdo na cultura deles. Já imaginou? Aquela peça simbólica, que foi queimada há cerca de meio século pelas mulheres que queriam mandar uma mensagem sobre o feminismo (e pela liberdade), seriam agora novamente queimadas, porém, desta vez, contra a liberdade.

http://alllingerie.com.br/a-lingerie-que-voce-anunciou-fabricou-ou-...

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Respostas a este tópico

estão em outro pais...e nao acatam as leis onde vivem!!! é um absurdo!!! o pior é que cresce assustadoramente!!!

adalberto

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