Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Acidente ou estratégia: o que leva as marcas a criar peças polémicas?

Marcas e designers andam na mira dos consumidores por causa das peças polémicas que colocam à venda. Simples acidentes ou uma estratégia para aumentar as vendas? Falámos com dois especialistas de marketing de moda sobre esta tendência.

Zara, Urban Outfitters, Tezenis. Estas três marcas têm mais do que uma coisa em comum: além de gigantes do vestuário, nos últimos meses lançaram peças que ofenderam os consumidores. Na Internet choveram acusações e os produtos polémicos foram retirados do mercado. Mas estes não são casos isolados e embora sejam rapidamente retirados das lojas, nas redes sociais permanecem e são partilhados centenas de vezes.

Antes do modelo de pijama às riscas com uma estrela amarela a fazer lembrar a farda utilizada pelos judeus nos campos de concentração durante a Segunda Guerra, a Zara já tinha dado mais tiros no pé.

Em 2007, chegou às lojas uma mala em pano, com vários bordados coloridos. Entre eles, uma cruz suástica, verde com um círculo vermelho à volta. Segundo a Reuters, na altura um grupo anti-fascista britânico acusou a marca de legitimar o fascismo. A Zara desculpou-se, retirou a mala do mercado, e apontou o dedo a um fornecedor da Índia, que alegadamente seria o responsável pela confecção da mala – recorde-se que o símbolo é usado na religião budista. Mais recentemente, retiraram das lojas uma t-shirt que dizia “White is the new black”, numa referência à tendência de moda que mostra que a cor branca está a substituir o preto. Os consumidores leram a peça como racista.

Também a marca norte-americana Urban Outfitters tem um longo historial de criação de artigos polémicos. Desde t-shirts a dizer “Eat Less” e “Depression”, a camisolas com frases a incentivar o consumo de álcool até legendas controversas na loja online.

A mais recente “gaffe” foi uma camisola, de estilo vintage, num tom vermelho desbotado com manchas a lembrar sangue e a fazer alusão a um tiroteio que aconteceu em 1970 na universidade de Kent State, Ohio.

Já a marca italiana de lingerie Tezenis, pôs à venda umas cuecas pretas com uma risca amarela onde se podia ler “Crime Scene”. No Twitter, os consumidores apelidaram o produto de “nojento”, “sexista” e as associações que lutam contra os abusos sexuais invadiram a rede social. A resposta da marca foi a retirada do produto das montras e das prateleiras.

Marketing ou ingenuidade?

Até chegarem às prateleiras das lojas, estes produtos passam por salas de brainstorming e por linhas de produção. “São precisas dezenas de pessoas para dar o OK”, continua Catalão. “Diria que é a audácia dos que mandam que permite a realização destes projectos. A grande questão está em assumir a consequência das decisões”, acrescenta.

Muitas marcas deixaram de ver estas peças como controversas para as ver como sinónimo de lucro e enquanto isso pode afastar algumas pessoas – na altura da contestação do pijama da Zara, um consumidor escreveu no Twitter “Zara: nunca mais compro nada nas vossas lojas” –, outros acabam por esquecer as questões polémicas e a marca fica presente no seu radar de decisão de compra.

http://lifestyle.publico.pt/artigos/339491_acidente-ou-estrategia-o...

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Respostas a este tópico

nao acredito que seja jogada de marketing, acredito mais na ignorancia dos estilistas e design, que saem aos montes das universidades com zero de cultura, a maioria nunca abriu um livro de historia, literatura ou qualquer outra fonte de informaçoes, apenas porque sabem fazer 2 rabiscos e tem um diploma, pronto ja sao designers ou estilistas, o resultado esta descrito ai

Concordo plenamente.

Se soubessem ficariam horrorizados.

francisca gomes vieira disse:

nao acredito que seja jogada de marketing, acredito mais na ignorancia dos estilistas e design, que saem aos montes das universidades com zero de cultura, a maioria nunca abriu um livro de historia, literatura ou qualquer outra fonte de informaçoes, apenas porque sabem fazer 2 rabiscos e tem um diploma, pronto ja sao designers ou estilistas, o resultado esta descrito ai

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