O número de inadimplentes atingiu 60 milhões de pessoas em março, o que representa 41% de toda a população brasileira, segundo a Serasa Experian. É o maior patamar registrado em toda a série histórica, iniciada em 2012.
Mais de dois milhões de pessoas entraram para a lista de inadimplentes apenas no primeiro trimestre deste ano. As dívidas em atraso somam R$ 256 bilhões.
Entre os inadimplentes, a maior parte (77,2%) recebe até dois salários mínimos, sendo que 40% têm renda entre um e dois salários mínimos e 37,2% vivem com menos de R$ 880.
RENDA MÉDIA / NÚMERO DE INADIMPLENTES
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AGOSTO/2015 56,4 MILHÕES
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DEZEMBRO/2015 57,9 MILHÕES
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MARÇO/2016 60 MILHÕES
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Acima de R$ 8.800 (acima de 10 salários mínimos)
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3,10 milhões
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3,24 milhões
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3,30 milhões
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Entre R$ 4.400 e R$ 8.800 (entre 5 e 10 salários)
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2,82 milhões
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2,90 milhões
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2,94 milhões
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Entre R$ 1.760 e R$ 4.400 (entre 2 e 5 salários)
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6,71 milhões
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6,83 milhões
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7,02 milhões
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Entre R$ 880 e R$ 1.760 (entre 1 e 2 salários)
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23,18 milhões
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23,57 milhões
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24,24 milhões
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Menos de R$ 880 (abaixo de 1 salário mínimo)
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20,59 milhões
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21,42 milhões
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22,56 milhões
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(Fonte: Serasa Experian)
“Os mais afetados são as pessoas que praticamente vivem daquilo que recebem, não conseguem realizar nenhum tipo de reserva ou poupança financeira. E, quando perdem o emprego, quando são atingidas pela inflação, são as que mais sofrem com os problemas de inadimplência”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.