De acordo com o diretor superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Fernando Pimentel, assim com vem fazendo nos aeroportos, ampliando o cerco sobre viajantes que simulam turismo para fazer compras em grande volume com fins comerciais, a Receita Federal vai monitorar também operações similares que estão sendo realizadas pelo comércio eletrônico. Roupas estão entre os itens de importação irregular.
Pimentel diz que a fiscalização mais rígida nos aeroportos já começou a dar os primeiros resultados, com aumento de apreensão de mercadorias ou de arrecadação por excesso. O balanço mais recente divulgado pela Receita Federal informa que as apreensões de roupas contrabandeadas para o Brasil cresceram 65% em 2014, avaliadas em R$ 94,3 milhões.
Procedimento semelhante será adotado para compras em sites do exterior, nas quais roupas têm participação relevante, em monitoramento da Receita Federal com os Correios. O mesmo balanço do órgão mostra movimentação envolvendo quase 22 milhões de remessas em 2014. O foco está em investigar o comércio online de grande volume travestido de compra física, “mas que, na verdade, é operação de efeito comercial”, diz o diretor da Abit. A entidade apóia esse tipo de ação de combate à importação irregular, “não para inibir as compras dos consumidores”.
Jussara Maturo
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