Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Confecções de Araraquara apostam no tecido nacional para vender mais

Na contramão da crise, alta do dólar aquece mercado interno da moda.
Associação Brasileira da Indústria Têxtil vê melhora de 15% no setor.

Na contramão da crise, a alta do dólar aquece o mercado interno de moda. Em Araraquara (SP), um ateliê especializado em vestidos de festa passou a usar tecido nacional por ser uma opção mais viável para clientes e até mesmo para quem vende.

A estudante de designer Nina Medeiros disse que os tecidos importados demandam mais tempo de trabalho para confeccionar um vestido, por exemplo. “Os importados geralmente têm muita pedraria. O tempo que a gente conseguiria fazer ele, a gente faz dois três com o tecido nacional. Então a gente acaba tendo uma margem de lucro maior”, relatou.

Melhora nas vendas
Um balanço da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT) confirmou uma melhora de 15% no setor da moda este ano. A expectativa é um crescimento de 20% até o fim do ano.

Segundo Vivan Huss, coordenadora do curso de moda do Centro Universitário de Araraquara (Uniara), um dos motivos é o valor da moeda norte-americana. “A moda segue a economia e de acordo com dólar agora está mais rentável que a produção seja feita no Brasil”, disse.

Lançamentos de minicoleções a cada 15 dias impulsionam vendas (Foto: Reprodução/EPTV)Lançamentos de minicoleções a cada 15 dias
impulsionam vendas (Foto: Reprodução/EPTV)

Lançamentos
O que também ajuda o setor é a quantidade de lançamentos oferecidos aos consumidores. A empresária Denise Watanabe disse que a cada 15 dias lança minicoleções, o que acaba impulsionando as vendas.

A estratégia está cada vez mais comum na indústria. “Antigamente, eram feitas quatro coleções, agora como fast fashion nós vemos produtos novos semanalmente para a venda a varejo”, disse a professora da Uniara.

Demanda nas férias
O empresário Vanilton Ferreira decidiu vender um salão de beleza e investir em uma confecção com a filha Laíne Ferreira. Neste ano, eles perceberam que o mercado está um pouco diferente.

“Durante essa época, no ano passado, nós não teríamos encomenda nenhuma. Mas este ano estamos recebendo uma maior demanda de pedidos e encomendas de uniformes”, disse Laíne. “Nós acreditamos nesse mercado de confecção, é um ramo excelente”, completou o pai.

Segundo a ABIT, outro fator que também tem incentivado o crescimento do mercado é o fato de que todo estoque acumulado por um período ruim de compras agora começa a baixar. Há uma necessidade de aumento na produção e, consequentemente, na contratação, diz a associação.

Pai e filha tocam confecção em Araraquara e veem melhora no setor (Foto: Reprodução/EPTV)Pai e filha tocam confecção em Araraquara e veem melhora no setor (Foto: Reprodução/EPTV)

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Começou a temporada de caça aos sem noção para usa-los para dizer que a crise acabou, daqui a alguns dias vao dizer que a crise eh psicológica como o ministro da saúde disse que a doença do pobre eh psicológica, assim também será a crise

   Segundo a ABIT, outro fator que também tem incentivado o crescimento do mercado é o fato de que todo estoque acumulado por um período ruim de compras agora começa a baixar

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