Na contramão da crise, a alta do dólar aquece o mercado interno de moda. Em Araraquara (SP), um ateliê especializado em vestidos de festa passou a usar tecido nacional por ser uma opção mais viável para clientes e até mesmo para quem vende.
A estudante de designer Nina Medeiros disse que os tecidos importados demandam mais tempo de trabalho para confeccionar um vestido, por exemplo. “Os importados geralmente têm muita pedraria. O tempo que a gente conseguiria fazer ele, a gente faz dois três com o tecido nacional. Então a gente acaba tendo uma margem de lucro maior”, relatou.
Melhora nas vendas
Um balanço da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT) confirmou uma melhora de 15% no setor da moda este ano. A expectativa é um crescimento de 20% até o fim do ano.
Segundo Vivan Huss, coordenadora do curso de moda do Centro Universitário de Araraquara (Uniara), um dos motivos é o valor da moeda norte-americana. “A moda segue a economia e de acordo com dólar agora está mais rentável que a produção seja feita no Brasil”, disse.
Lançamentos
O que também ajuda o setor é a quantidade de lançamentos oferecidos aos consumidores. A empresária Denise Watanabe disse que a cada 15 dias lança minicoleções, o que acaba impulsionando as vendas.
A estratégia está cada vez mais comum na indústria. “Antigamente, eram feitas quatro coleções, agora como fast fashion nós vemos produtos novos semanalmente para a venda a varejo”, disse a professora da Uniara.
Demanda nas férias
O empresário Vanilton Ferreira decidiu vender um salão de beleza e investir em uma confecção com a filha Laíne Ferreira. Neste ano, eles perceberam que o mercado está um pouco diferente.
“Durante essa época, no ano passado, nós não teríamos encomenda nenhuma. Mas este ano estamos recebendo uma maior demanda de pedidos e encomendas de uniformes”, disse Laíne. “Nós acreditamos nesse mercado de confecção, é um ramo excelente”, completou o pai.
Segundo a ABIT, outro fator que também tem incentivado o crescimento do mercado é o fato de que todo estoque acumulado por um período ruim de compras agora começa a baixar. Há uma necessidade de aumento na produção e, consequentemente, na contratação, diz a associação.
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