Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Segundo o presidente da empresa, a realidade mudou e exige hoje alterações para tornar a operação cada vez mais competitiva naquele mercado

Por: Tânia Müller

BLUMENAU

A operação da Springs Global nos Estados Unidos deve passar por uma nova reestruturação. A informação foi dada por Josué Christiano Gomes da Silva, presidente da Springs Global – grupo têxtil que controla a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas) uma das maiores indústrias têxteis do País. “Estamos trabalhando nisto porque os Estados Unidos, para nós, é muito importante. Foi uma experiência muito rica e cara, mas normalmente a gente aprende com experiências caras”, afirmou o executivo em entrevista exclusiva ao DCI.

Quando foi adquirida, no fim de 2005, a maior fabricante norte-americana de produtos têxteis passou por uma primeira reestruturação, que exigiu o fechamento de 10 fábricas nos EUA, num processo de transferência da produção para o Brasil.

Depois disso, muita coisa mudou. Segundo Silva, a lógica inicial resultou em uma empresa muito competitiva, com custos imbatíveis. “Mas funcionava bem com câmbio de U$ 2,50, como há três anos, mantendo uma fatia de mercado importante. Hoje, não tem mais sustentação. As coisas mudam e as empresas tem que mudar também”, afirma Silva, sem detalhar o processo. Ele acrescenta ainda que a empresa também trabalha forte na Argentina, onde foi instalada uma fábrica que supre não só o país como cria excedente.

Outra região que a Springs avalia é o Haiti. “Visitei o país, que tem grandes carências, mas que tem potencial muito favorável, com um povo alegre, apesar do sofrimento causado pelas catástrofes naturais. A mão de obra é de qualidade e o país merece todo o nosso apoio e suporte”, disse. Segundo o executivo, o governo brasileiro tem dado apoio e a empresa tem buscado uma possibilidade de parceria no Haiti, especialmente para tornar o país uma “ponte” entre o Brasil os Estados Unidos.

Imobiliário

Paralelamente aos investimentos internacionais, o grupo avança em novos segmentos como o imobiliário. O grupo Coteminas vai construir um complexo residencial e comercial em São Gonçalo do Amarante, a 10 km do novo aeroporto do Rio Grande do Norte. O projeto prevê a construção de condomínio residencial para 12 mil pessoas, shopping center com 300 lojas, hotel com 720 apartamentos, centro de convenções e teatro. O complexo levará entre três e quatro anos para ficar pronto, com conclusão da primeira fase prevista para até a Copa do Mundo de 2014. O grupo pretende investir R$ 1,1 bilhão no projeto, que também conta com espaço para escola, creche, posto de saúde, biblioteca e parques ecológicos.

No local antes havia uma fábrica da empresa que está sendo desativada. “A região cresceu muito, e se tornou bastante habitada. Além disso, o novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que tem a principal ligação com o centro de Natal, passa em frente a esta área, o que fará com que a demanda de imóveis locais cresça muito”, explica Silva. Segundo ele, após intensa pesquisa de mercado, o grupo achou melhor aproveitar a área de uma forma diferente, com a reurbanização através de grande projeto imobiliário sustentável. “Isso não vai impor nenhum ônus aos equipamentos urbanos, pois temos na área água tratada, tratamento de esgoto, e a parte de infraestrutura de eletricidade já está pronta. Estamos fazendo uma reurbanização e definindo um novo padrão de crescimento para aquela região da cidade.”

Mesmo sem dar mais detalhes, o executivo disse estar confiante, pois tem um conjunto de ações que estão sendo tomadas e avisa que, em breve, terá reunião com analistas de mercado e deve dar informações que “terão grande impacto para as empresas.” Sobre o fechamento da fábrica em São Gonçalo do Amarante, Silva explica que a unidade não foi fechada. “Algumas divisões estão sendo transferidas para outros locais e algumas partes importantes ainda estão funcionando”, diz o empresário. No balanço de empregos cortados e outros que foram gerados, ele afirma que a empresa abriu, só no varejo, em 2011, cerca de 800 empregos.

Varejo

Silva explica que a empresa não é varejista, mas que era preciso controlar as marcas. “Temos de valorizar nossas marcas e o canal de distribuição é ideal porque nos permite oferecer aos clientes um pacote completo”, diz . Atualmente, a empresa mantém o controle das lojas Artex , M Martan e Casa Moisés na área de cama, mesa e banho. “Somos hoje muito mais uma empresa de serviços que de varejo. Fizemos a operação com a M Martan em maio de 2009 e encerramos 2011 presentes em 210 municípios”.

Agronegócios

Mas se não se acha varejista, na área agrícola, a Coteminas se define como um investidor, com participação na Cantagalo General Grains S.A. (que produz grãos e algodão), e na CGG Trading S.A. (responsável pela comercialização desses produtos). “Somos só investidores e não gestores. Tivemos a felicidade de conseguir parceiros sérios e competentes que militam na atividade rural”.

Fonte:|http://www.panoramabrasil.com.br/coteminas-vai-reestruturar-suas-op...

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Há vinte eu tres anos eu vivo na Carolina do Sul, bem perto de Fort Mill, onde era os escritorios centrais do grupo Springs. Conheci por cerca de duas decadas esse grupo, desde os tempos dos antigos donos, a tradicional familia Close, por varias geracoes no ramo textil.

A Springs que conheci era um grupo pujante que retinha cerca de 25% do mercado Americano de cama/mesa e banho, com super carros fortes como a JC PENNEY’S e WALL MART. Eram umas doze fabricas que produziam em tres turmos no Sudeste dos EUA. Seus “brands” eram tao famosos que só os seus nomes foram vendidos separadamente por milhoes de dolares.

Mas esse grupo morreu. Perdeu a JC Penney, Wall Mart e outros; foi se acanhando e no final estah reduzido a duas fabricas. Mas lendo esse artigo fiquei um pouco intrigado: Não entendi bem o que seria essa “restruturação” da Springs. De sua doze ou treze fabrica creio que somente duas operam a meio vapor. Vamos rever, de cabeca:

Na Georgia havia umas tres fabricas e dessas so uma funciona, parcialmente. Fabrica somente esse joguinho de banheiro que os americanos gostam tanto,  se consistindo de um tapetinho de tampa de privada, outro que se encaixa no chao, na base do vaso (protecao em caso de ma pontaria masculina) e um terceiro tapetinho que vai a frente da banheira.

Na Carolina do Sul, nao ha mais nada. Devem-se ter fechado as quatro fabricas. So ficou os escritorio de Fort Mill agora com uns 15% do pessoal antes existente.

Na Carolina do Norte, nao ha tambem mais nada, alem de tres fabricas vasias. A bem da verdade, algumas delas alugaram espacos para negociantes usarem como deposito, mas nada de industrial. Alias, vendo esses mini-depositos cria-se subconscientemente uma ideia comparativa do “antes e depois” que parece empobrecer ainda mais o local.

No Tennessee, nada mais existe alem de outra fabrica que faz esses joguinhos de privada e banheira, descritos acima. E creio que a SPRINGS GLOBAL eh isso ai. A maioria das acoes do grupo CLOSE ja foram vendidas ao socio Brasileiro que no presente momento deve reter aproximadamente uns noventa por cento da acoes dessa massa... Inerte.

A “reestruturacao” essa dita pelo executivo talvez seja uma seja uma “liquidacao” que  se resume na venda dos antigos predios - com dois deles fabriando os joguinhos de privada/banheira.

Mas esses predios, no momento, estao sem liquidez em consequencia de sua localizacao em pequenas vilas do Sudeste Americano, agravadas as suas vendas pela estagnacao do mercado imobiliario Americano.

A producao das duas fabricas, voces verao nos papeis abertos ao publico, cairam substancialmente no ano passado. O grupo eh um fantasminha do passado.

Seria a tal “reestruturacao” levar essas maquinas antigas que operam nas duas fabricas migra-las para o Haiti?

Mas para o Haiti?! Quanto ao Haiti, a sua mao de obra, sem duvida eh miseravel e baratissima. Mas esse pais eh instavel, sem tradicao industrial, sem trabalhadores treinados, sem infraestrutura e com muitos outros problemas.. Sim conheco muitas indústria que sairam de la a toque de caixa; mas pensando em la se estabeler, - apesar da "alegria do povo" e a sua penuria - so conheco a COTEMINAS , atraves desse artigo.

Mas dado o “apoio do governo brasileiro” dito acima pelo executivo da COTEMINAS, isso talvez seja mais uma obra social, algo de ajuda humanitaria e “pro bono”; mas eh um tipo de ajuda que vejo mais adequada se fosse feita direta do Povo Brasileiro, via o Governo Brasileiro e atraves do Itamaraty.

SdM

Trezentas e sessenta leituras - e nem um pio!

O mesmo ocorre quando escrevo sobre o Eike!

Ces't la vie. Mais non la vie en Rose. Ces't la vie en MERDE!

Merci.

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