Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Crise hídrica desafia indústria têxtil a inovar na região

Cenário de escassez de chuvas frente ao volume necessário para abastecer os mananciais determina mudanças no setor industrial; diretor do Ciesp em Americana explicou ações adotadas.

A indústria sempre buscou alternativas para reduzir o consumo e a reutilização, em ações intensificadas após a crise hídrica de 2014 (foto: Divulgação)

A escassez de chuvas frente ao volume necessário para abastecer os mananciais desafia o consumo doméstico, mas também o uso industrial. Diante das projeções de uma nova crise hídrica a ser provocada por chuvas insuficientes para recarregar os sistemas hídricos, a indústria, sobretudo a têxtil, que predomina em Americana e região, deve se adequar ao recurso disponível. O diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em Americana, Carlos Frederico Faé, falou com o TODODIA sobre as ações adotadas neste cenário.

Em relação às estratégias que as empresas estão desenvolvendo para uso da água, Faé explicou que a indústria sempre buscou alternativas para reduzir o consumo e a reutilização, em ações intensificadas após a crise hídrica de 2014.

"Cada vez mais são implantados novos processos, tecnologias e produtos que tenham em sua base a conservação da água, redução de consumo e reutilização", afirma, exemplificando com o reúso da água, "muito importante na redução dos custos, mas principalmente em manter a indústria competitiva no aspecto ambiental, pilar importante no requisito da sustentabilidade".

Ele compara os processos atuais com os de duas décadas atrás, tendo os atuais passado por inovações no sentido de reduzir ou até mesmo não utilizar água.

Sobre a adoção ostensiva do reúso, Faé esclarece que a medida envolve investimentos no tratamento mais apurado da água.

"Se ainda não foram implantados, estão no radar das indústrias como projetos de médio prazo, tanto pela questão da sustentabilidade como pela garantia de acesso e uso da água. Muitas indústrias de alto consumo de água acabam deixando ou não se instalando em nossa região justamente pelas restrições hoje impostas no volume de captação disponível".

No polo têxtil, que predomina na regional do Ciesp, são ao menos 950 empresas que empregam 48% dos trabalhadores da indústrias, como lista Faé. São as beneficiadoras de tecidos que apresentam a maior demanda por água.

"Nestas indústrias, todo cuidado com o uso, tratamento e reúso da água estão em primeiro lugar. Até mesmo se utilizando de recursos como a captação e reservação da água de chuva", pontua.

O diretor também ressalta que toda indústria busca otimizar o uso de água, além de outros recursos como vapor, gás e energia, com muitas empresas implantando programas neste sentido.


"A redução do consumo de água começa pelo uso consciente de seus colaboradores. O Ciesp/Fiesp mantém sua campanha de uso racional da água através da distribuição de redutores que facilmente são instalados nas torneiras", cita. 

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Nas últimas décadas, todos os setores da economia tem buscado novas tecnologias para enfrentar as crises que assolam o mundo. A indústria têxtil é uma das que mais inovam , principalmente no que tange a água. 

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