Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Diferenciais competitivos na indústria do vestuário: Modelagem

Por Greice Verrone
Designer de Moda


Além do ato de vestir, a indústria da moda reflete diversos aspectos da sociedade: comportamento, cultura, anseios, desejos, necessidades, entre outros. Considerando a diversidade de aspectos envolvidos, as empresas do setor de vestuário devem estar sempre atualizadas para manter-se competitivas no mercado. Um dos diferenciais competitivos desse ramo é a modelagem.

O modelista é o profissional que materializa o pensamento e a ideia do estilista interpretando uma imagem. Através do desenho desenvolve-se o molde, a forma e o padrão para a produção em série do modelo. Seu trabalho resultará em um produto de bom caimento, ergonômico, bonito e adequado à produção.

Atelier Versace


O modelista tem um papel fundamental na confecção do vestuário e este profissional é essencial no sucesso do desenvolvimento do produto. A falta de conhecimento técnico do modelista pode inviabilizar a materialização da ideia.

Para a elaboração do molde podem ser utilizadas duas técnicas: a modelagem bidimensional, plana, e a modelagem tridimensional, conhecida como moulage.

Na modelagem plana parte-se do traçado de retas, curvas e pontos de referência que dão origem a diagramas, com base em medidas predeterminadas. O modelista redesenha estes diagramas conforme sua interpretação do modelo, alterando formas e medidas, resultando “em formas que recobrem a estrutura física do corpo”.


A modelagem plana requer precisão e exige medidas e cálculos apurados, uso de proporções e habilidade em imaginar o efeito desejado em três dimensões, uma vez que cria-se moldes em duas dimensões para cobrirem as formas do corpo que são tridimensionais.
A modelagem tridimensional, processo chamado de moulage – modelagem em francês, é uma técnica na qual o tecido é manipulado diretamente sobre um manequim de costura, criando-se o modelo. O processo pode ser feito com tecidos ou com outros materiais, como o papel, por exemplo, e com o auxílio de alfinetes, que prendem o material ao manequim. A técnica confere agilidade e bons resultados no que se refere a caimento.


Para a planificação do molde, tanto feito em modelagem plana desenvolvida manualmente com o auxílio de esquadros, réguas e curvas, ou moulage, pode-se digitalizá-los e passá-los para softwares de CAD, que podem ser usados em partes do processo de desenvolvimento, ou do início ao fim, como é o caso do Audaces Vestuário, utilizando o mouse como lápis e a tela como papel e régua para desenvolver o molde diretamente no software facilitando o processo produtivo.


Referências:
SOUZA, Patrícia de Mello. A modelagem tridimensional como implemento do processo de desenvolvimento do produto de moda.
SOUZA, Walkiria Guedes de. Modelagem no Design do Vestuário. In: Anais do II Encontro de Latino americano de Desenho em Palermo, Argentina. 2010. Disponível em: http://www.fido.palermo.edu

Por Greice Verrone
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Eu tenho feito moldes com o Corel DRW. Ele permite uma variedade imensa de recursos muito mais rápido que o método tradicional do uso do papel, réguas etc. Devido a variedade de modelos e tipos de roupas, um banco de dados não comportaria tal variedade. 

   Então o Corel nos permite criar qualquer tipo de plissado, drapeado, franzido, recortes e muito mais. Não esquecendo de enfatizar que depende da capacidade do profissional. Valeu Greice, felicidades. 

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