Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Empresários fluminenses divergem sobre Plano Brasil Maior

RIO DE JANEIRO – Os empresários fluminenses têm opiniões divergentes em relação aos efeitos que a nova política industrial terá sobre os seus negócios. Algumas empresas de micro porte acreditam que o impacto será reduzido, enquanto pequenas e médias companhias se mostram mais confiantes e esperam resultados positivos.

Segundo o empresário Vasco Fernandes do setor de moda íntima de Nova Friburgo, as micro e pequenas empresas do setor de confecções, instaladas na região serrana fluminense, não deverão sentir os efeitos positivos do Plano Brasil Melhor, anunciado terça-feira (2).

“Eu acho que não vai impactar muita coisa. Porque o nosso maior problema aqui é a carga tributária e a folha de pagamento”. Ele disse que as micro e pequenas empresas, como a Sapeka, de sua propriedade, pagam 10% no Simples (sistema integrado de pagamento de impostos e contribuições das microempresas e empresas de pequeno porte). “Então, para mim, não está desonerando nada”. De acordo com ele, a alíquota do Simples está muito alta e já deveria ter sido revista há cerca de dois anos pelo governo.

Vasco Fernandes disse que a redução para zero da alíquota de 20% paga ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pelos quatro setores intensivos em mão de obra, selecionados no Plano Brasil Melhor (confecções, móveis, calçados e software), beneficia as empresas de maior porte, que não estão no Simples.

Carlos Eduardo de Lima, da empresa Suspiro Íntimo, disse que “para as empresas médias e grandes, foi muito bom”. Sua confecção de médio porte que integra o Pólo de Moda Íntima de Nova Friburgo, terá uma economia mensal de R$ 18 mil com a redução dos encargos sobre a folha. Lima destacou que o Plano Brasil Melhor vai ter um efeito positivo para as empresas de todos os portes, no que se refere à compra de equipamentos e software.

O diretor da Najason Sistemas, do setor de informática, Cláudio Nasajon, está confiante que as novas medidas divulgadas pelo governo terão efeito positivo sobre o setor como um todo. “A primeira recepção foi muito positiva. Finalmente a informática tem do governo a atenção que merece, dado que é um setor estratégico”.

Segundo Nasajon, os empresários do setor de software estão motivados com a nova desoneração. “Mas, estamos esperando para ver como vamos implantar isso”.

Já Custódio Ribeiro, diretor-presidente da Vimoso Indústria e Comércio de Móveis, localizada na Baixada Fluminense, está na expectativa. Ele disse ter gostado muito quando viu o setor moveleiro incluído entre os setores intensivos em mão de obra que terão desoneração na folha de pagamento, mas, ainda não se aprofundou nas medidas anunciadas, para saber como elas afetarão a sua empresa.

“Nós temos um custo elevado de mão de obra, porque somos uma empresa artesanal. Mas acredito que a nova política funcione, porque o negócio não está muito bom”. A Vimoso está incluída no Simples, como empresa de pequeno porte.
Fonte:|http://www.dci.com.br/Empresarios-fluminenses-divergem-sobre-Plano-...

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A realidade é simples, porem complexa: O Ministro Mantega não quis dar nada. É tempo de crises e ele pensa que agora não é o tempo de mexer na arrecadação sob os perigos de inflação e instabilidade monetária. Dona Dilma queria dar uma ajuda mais abrangente nos impostos e taxações, por razoes de necessidades inúmeras. Entre as ponderações de todos, optou-se por esse MEIO TERMO/ MEIA SOLA; foi o ponto de convergência. Claro que esta longe de ser o ideal. Mas também já ha gritos em vários países sobre essa pequena "mãozinha" dada as indústrias de grande porte (e com potencial de empregar mais gente e recapturar dólares via exportação): Eles já gritam que o Brasil esta sendo protecionista.  A solução é meia sola mesmo, como disse. Mas hoje em dia com a economia globalizada, e quase impossível agradar a Gregos e Troianos. SdM

Sem menosprezar a carga tributária, realmente elevada em nosso país, o maior problema do Brasil atualmente chama-se câmbio.

Com nosso sistema de câmbio flutuante, brigamos com países que vêm ao longo do tempo manipulando sistematicamente o sistema cambial (câmbio fixo) para que possam entrar em nosso país com preços que são simplesmente impossíveis de competir, muitas vezes inferior ao custo da matéria-prima.

Além disso também tem a questão do subfaturamente, da triangulação com outros países para fugir da fiscalização, e por aí vai.

Pode zerar todas as alíquotas de impostos e ainda assim não se resolverá.

Do pacote anunciado, talvez o que mais pode resolver é a intensificação da fiscalização alfandegária visando dificultar a entrada de produtos que descumpram todos os quesitos que o produto nacional deve cumprir.

Sem solução efetiva para o câmbio provavelmente continuaremos a assistir a quebradeira que rapidamente está levando a perda de emprego e ao processo célere de desindustrialização, cujo final a maioria já sabe.

 

Edson: tudo que voce disse, exceto o cambio, eu já abordei aqui no blog, em alguma data e certo artigo. Concordo com TUDO.

Quanto ao cambio, obviamente, apesar de nunca ter tocado nesse ponto, eu também concordo consigo.

Mas aí é um ponto muito complicado de se abordar. Segurar dólares, com o Banco Central os Comprando é medida paliativa. A flutuação de valores de moedas, hoje não esta muito subordinada a posição econômica de um pais. Se assim fosse o US Dólar valeria somente uns 50% de seu valor atual e a moeda chinesa, talvez o dobro.

Não sei como poderia a resolver esse real problema cambial, mas não pode ser por decreto e nem por taxação de números. Nesse ponto “a porca torce o rabo”. Temos que dar uma "de ladinho" na China, bem "besuntada" e prometendo só cabecinha na introdução da resolução. Tem que ser em surdina, na inteligência, na moita.

Como seria feita com sigilo se impõe a resolução do problema, com o bando de políticos alvoroçados e semianalfabetos, barulhentos e predispostos narcisisticamente a ouvir somente as suas baboseiras? Essa, talvez só o Bento possa responder. SdM

Concordo,


Edson Antonio Ruiz Baron disse:

Sem menosprezar a carga tributária, realmente elevada em nosso país, o maior problema do Brasil atualmente chama-se câmbio.

Com nosso sistema de câmbio flutuante, brigamos com países que vêm ao longo do tempo manipulando sistematicamente o sistema cambial (câmbio fixo) para que possam entrar em nosso país com preços que são simplesmente impossíveis de competir, muitas vezes inferior ao custo da matéria-prima.

Além disso também tem a questão do subfaturamente, da triangulação com outros países para fugir da fiscalização, e por aí vai.

Pode zerar todas as alíquotas de impostos e ainda assim não se resolverá.

Do pacote anunciado, talvez o que mais pode resolver é a intensificação da fiscalização alfandegária visando dificultar a entrada de produtos que descumpram todos os quesitos que o produto nacional deve cumprir.

Sem solução efetiva para o câmbio provavelmente continuaremos a assistir a quebradeira que rapidamente está levando a perda de emprego e ao processo célere de desindustrialização, cujo final a maioria já sabe.



Farneis Berberian: Pereh Lúis Farneis. Inch beh cehs?

Gosto do amigo Farneis. Cabeça precisa com sabedoria genética das montanhas nevadas do Ararat - mas com um jeito bem mineiro de expor as coisas: Números. Estatísticas... É Farneis Barberian: Voce é dos tais de não “matam a cobra e mostram o pau”. Muito bem: Já vi nessa vida muito pau de mentira que não matou cobra alguma... Voce mata a cobra e mostra o réptil morto. Então esta ai: Renda per Capita/Custo do Bic Mac, nos pagamos o Big Mac mais caro do mundo! É isso uma questão cambial? Eu fico com o pastel, o caldo de cana, a guaraná e a coxinha de galinha (Quibe e empadinhas também). Lamentavelmente, os nossos botecos estão menos “mosqueados”, o que tira um pouco a poesia dos quitutes nossos. (rsrsrs- perdão pelo sarcasminho)  SdM

Farneis Berberian disse:

 

 

Concordo,


Edson Antonio Ruiz Baron disse:

Sem menosprezar a carga tributária, realmente elevada em nosso país, o maior problema do Brasil atualmente chama-se câmbio.

Com nosso sistema de câmbio flutuante, brigamos com países que vêm ao longo do tempo manipulando sistematicamente o sistema cambial (câmbio fixo) para que possam entrar em nosso país com preços que são simplesmente impossíveis de competir, muitas vezes inferior ao custo da matéria-prima.

Além disso também tem a questão do subfaturamente, da triangulação com outros países para fugir da fiscalização, e por aí vai.

Pode zerar todas as alíquotas de impostos e ainda assim não se resolverá.

Do pacote anunciado, talvez o que mais pode resolver é a intensificação da fiscalização alfandegária visando dificultar a entrada de produtos que descumpram todos os quesitos que o produto nacional deve cumprir.

Sem solução efetiva para o câmbio provavelmente continuaremos a assistir a quebradeira que rapidamente está levando a perda de emprego e ao processo célere de desindustrialização, cujo final a maioria já sabe.

É Sam,

 

Os problemas são muitos.

 

Recentemente assisti a um documentário na TV Cultura SP, chamado "CHINA BLUE" retratando a rotina em uma confecção de jeans na China em 2005. Disponibilizado pela Independent Television Service (ITVS), pode ser visto no Youtube (Link: http://www.youtube.com/user/TheCognoscereNew#p/search/0/DUH36MbqcLw) em 6 partes (55 minutos).

Vale a pena assistir.

 

Apesar de passados alguns anos não creio que muita coisa tenha mudado por lá:

  • Jornada de trabalho de em média 17 horas/dia, 7 dias/semana (cerca de 500 horas/mês), por meses ininterruptos;
  • Os trabalhadores às vezes dormem de 1 a 2 horas por noite;
  • Salário US$ 36,00/mês (menos que o salário mínimo definido por lei, mas não têm como reclamar);
  • Atrasos habituais de até 3 meses no pagamento;
  • Calça jeans embalada com preço final de cerca de US$ 4,00.

Soma-se a essa situação, a alta carga tributária brasileira + câmbio desfavorável e...

... competir como???

 

O Brasil precisa avaliar se quer ou não ter parque industrial, principalmente relacionado à cadeia têxtil.

 

É isso.

 

Edson

 

Sam de Mattos disse:

 

Edson: tudo que voce disse, exceto o cambio, eu já abordei aqui no blog, em alguma data e certo artigo. Concordo com TUDO.

Quanto ao cambio, obviamente, apesar de nunca ter tocado nesse ponto, eu também concordo consigo.

Mas aí é um ponto muito complicado de se abordar. Segurar dólares, com o Banco Central os Comprando é medida paliativa. A flutuação de valores de moedas, hoje não esta muito subordinada a posição econômica de um pais. Se assim fosse o US Dólar valeria somente uns 50% de seu valor atual e a moeda chinesa, talvez o dobro.

Não sei como poderia a resolver esse real problema cambial, mas não pode ser por decreto e nem por taxação de números. Nesse ponto “a porca torce o rabo”. Temos que dar uma "de ladinho" na China, bem "besuntada" e prometendo só cabecinha na introdução da resolução. Tem que ser em surdina, na inteligência, na moita.

Como seria feita com sigilo se impõe a resolução do problema, com o bando de políticos alvoroçados e semianalfabetos, barulhentos e predispostos narcisisticamente a ouvir somente as suas baboseiras? Essa, talvez só o Bento possa responder. SdM

 Eh Soda; com o "Ph" de Pharmacia e os dois "Ds" de Toddy. SdM

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