SÃO PAULO - Uma feira de empresas chinesas em São Paulo virou motivo de protesto de empresários e trabalhadores do setor têxtil e de confecções, que acusam os importadores de produtos asiáticos de 'provocadores'.
Os representantes do setor têxtil programaram um "grito de alerta" a favor da indústria nacional, que já demitiu cerca de 55 mil trabalhadores desde janeiro, segundo dados do IBGE.
O protesto está sendo convocado para quarta-feira pela Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), o Sinditêxtil-SP, o Sindivestuário (Sindicato da Indústria do Vestuário), a Conaccovest (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados) e a central Força Sindical.
O "Grito de Alerta" em prol da manutenção da indústria têxtil e de confecção e de seus postos de trabalho será na frente do Palácio das Convenções do Anhembi, no dia da abertura da Feira Chinesa (GoTex Show 2013).
A feira promete facilitar a importação de produtos têxteis com o slogan "descubra o caminho das importações dos grandes varejistas".
Irritados com o que consideram "provocação" dos empresários chineses, os trabalhadores e empresários decidiram fazer o protesto para chamar a atenção para o aumento "indiscriminado" das importações.
"Há muito tempo o cenário deixou de ser de competitividade entre empresas, para ser de competitividade entre países", afirma o presidente da ABIT, Aguinaldo Diniz Filho.
"Além de combater as importações desleais, o Brasil precisa urgentemente se tornar um país competitivo para não se desindustrializar. Precisamos urgentemente, mudar esta situação", acrescenta ele.
"A necessidade de uma Reforma Tributária é urgente. Porém, a concorrência desleal dos asiáticos que praticam dumping cambial, ambiental e trabalhista, produzindo a custo de vidas humanas, como foi em Bangladesh, tem sido aceita passivamente pela sociedade e pelo governo", explica Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP.
"Sem indústria não há emprego e nossa luta é pela preservação dos postos de trabalho", afirma Eunice Cabral, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do setor têxtil, vestuário, couro e calçados. "O governo precisa rever a política de importação para que tenhamos condições iguais de competitividade".
"Uma feira como essa só beneficia as empresas e os trabalhadores chineses e não me parece que é isso que o governo brasileiro deseja", reclama Ronald Masijah, presidente do Sindivestuário.
"Acredito que se nada for feito, em até dez anos o setor desaparece; não se salvará nenhuma empresa, exceto as importadoras", afirma o presidente do Sindivestuário.
"Não podemos mais permitir a invasão desenfreada dos produtos estrangeiros no País, que resulta na quebra das indústrias e a perda dos milhares de empregos", afirma Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical. "A cada minuto, 1,6 emprego deixa de ser gerado ou é perdido por conta das importações", afirma.
Segundo dados do IBGE, de janeiro a setembro deste ano, o setor têxtil e de vestuário brasileiro já demitiu aproximadamente 55 mil trabalhadores, sendo 10.422 demissões no setor têxtil e e 44.579 demissões no setor de vestuário.
Nos primeiros nove meses do ano, as importações de vestuário apresentaram aumento de 8,2%, em valor, comparativamente com o mesmo período em 2012.
Em toneladas essa variação foi de 4,7%. Em uma década, o valor de produtos têxteis importados cresceu 20 vezes, saindo de US$ 110 milhões para US$ 2,1 bilhões.
Segundo dados do IBGE, de janeiro a agosto de 2013 houve diminuição de 1,46% na produção de vestuário e de 3,09% na de têxteis em âmbito nacional. São Paulo apresentou a maior queda com 0,85% no segmento Têxtil e queda de 12,65% no Vestuário.
Na contramão, o Varejo de roupa, de janeiro a agosto de 2013, teve um desempenho positivo de 3,48% em volume de vendas e positivo de 8,76% em Receita Nominal, ambos em relação ao mesmo período do ano anterior.
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,feira-chines...
Tags:
Caro Romildo, bom dia.
Realmente é um afronto à Indústria Têxtil brasileira, essa Feira Chinesa. Os produtos chineses vendidos muito baratos, fazem com que nossos empresários seja optante pela compra onde faz cair os seus custos.
Na linha de produtos têxteis cirúrgicos, na feira hospitalar, tinha mais de dez empresas chinesas oferecendo produtos mais baratos. Algumas empresas brasileiras já estão importando tecidos para fabricar gaze por um preço muito inferior ao nossos no mercado. Assim deixam de comprar mais máquinas e admitirem mais funcionários.
Não tem como impedir, afinal precisamos exportar também n/produtos.....Izidro Gomes Xavier
Nenhum País é mais frouxo que o Brasil quando se trata em defender suas industrias...seu futuro...
Infelizmente os governos são exatamente aqueles que o Povo doutrinado os elegeram.
Tiraram o pão para fazer o Povo fraco...tiraram a educação e a saúde para terem o domínio...deram o circo e a borrachada para acalmar e reprimir as consciências sobreviventes..
Nesse estagio somos completamente vulnerareis a qualquer ataque de onde vier...
Para calar o Empresario e a Industria aplica-se a imoral,a covarde, a impatriota , a vendida, a entreguista , a "legal " , a "Constitucional" , a indecente carga tributaria...que é louvada,apoiada,incentivada pelo capital externo que encontram aqui os traidores...os lesa pátria...que ficam com dividendos da farra feita com nosso suor,com nossos,sangues,com nossas desesperanças..
Que o grito sufocado pelo desespero dos nossos verdadeiros trabalhadores,empresários,industriais...enfim do Povo ecoe no mais distante rincão e desperte o Civismo e o amor a Patria que nunca como antes foram tão necessarios.
Um banana bem dada a essa feira do "vendido" Anhembi e expurguemos do nossos meios os protagonistas e co adjuvantes de eventos semelhantes.
Está pagina teria que ter a obrigação moral de proibir chamadas referentes a tecidos importados ou coisas do genero.
Luiz
ABIT , Sinditextil - SP , Sindivestuario , Conaccovest , e Central Força Sindical ,
voces são muito fraquinhos perto da Abravest , que é a grande patrocinadora disso tudo , não é Sr. Aguinaldo,
(lembra quando falei para peitar o presidente da Abravest,e voce não quis , na epoca ele falou uns numeros de importação ridiculos,que os magazines importam ), Bom mas vamos pra Pratica, pois voces tem muita Teoria,
na Pratica o que esta acontecendo é o seguinte, temos o contrabando , o suborno nos portos , e as mutretas de documentação , e o mercado do submundo concorrendo com as industrias nacionais , como pode os boques na Florencio de Abreu , na ferinha da madrugada e em outros lugasres,vender livremente produtos contrabandeados e falsificados, se voces forem até o Paraguay na divisa com Foz , vai ver que as barracas vendem o mesmo produto.e voces não vão pra cima das autoridades.outra coisa muito importante , o imposto no Brasil é efeito cascata (proibido) , não precisa discutir a redução e sim a sua extinção , outra coisa , brigar para obrigar quem importa , a ter fabrica no Brasil , se não for assim , se não tentar brigar contra o Governo e os Comerciantes , mesmo que começando errado , mas tem que começar , pro Comerciante é comodo , ele quer produto barato , não importa de onde vem , tem que ser BARATO , e o Barato vem de fora pelo simples motivo que o mundo todo conhece , ( custo no Brasil para produzir é enorme, e lá é MISEROS 3% ),kkkkkkkkkkkkkk
isso sem falar das peças vendidas nos OUTLET , vindas do Peru por malas e malas , fabricadas por empresas do Peru , que conforme uma conversa sobre trazer produtos do Peru , o fabricante lá disse que para mandar para o Brasil , a conversa tinha que ser por email, pois no Brasil ele sabia que não era igual ao Peru.
É isso ai , vamos ver se depois de tudo isso , voces vão pra Briga.
abrs a todos e boa sorte
A iniciativa tem que partir dos empresários e sindicatos pois o trabalhador fica à mercê dos acontecimentos e depois tem que correr atrás do seguro desemprego.
Por outro lado, já foi noticiado nestas mesmas paginas que os EUA estão repatriando sua produção com a consequente reativação da sua indústria têxtil e a volta da etiqueta made in USA até por conta dos ultimos acontecimentos na India e Bangladesh onde as condições de trabalho são sub-humanas e na China não é muito diferente.
Podemos sim reduzir nossos custos sem mexer nos direitos dos trabalhadores.
"Há muito tempo o cenário deixou de ser de competitividade entre empresas, para ser de competitividade entre países", afirma o presidente da ABIT, Aguinaldo Diniz Filho.
Se tem mercadoria contrabandeada é por termos consumidores...é como a droga que tanto combatemos...como o o assalto a mão armada que nos roubam para vender aos "consumidores"....se tem o corrupto porque tem o que corrompe....ciamos e homologamos dificuldades para vender facilidades...
Gente!!!!Sinceramente não sei como resolver isso tudo....meu conhecimento academico nada adianta...minha formação basica de Familia é pequena e relativamente sem valor...
Vamos chegar ao fim do poço como Serra Leoa,o Laos,Uganda e outros muitos para depois lentamente, dentro de uma nova ordem,mais humana e mais com princípios nos sincerizarmos na comunidade do mundo civilizado.
Uma geração se passará,ou seja,70 anos...até vamos sofrer com aquilo que plantamos e escolhemos...
Nossos jovens estão indo para fora porque seus País perderam a capacidade de lhes garantir um futuro seguro e digno.
Muitos de Vcs estão vendo esse êxodo injusto com a PATRIA que não se orgulha de sermos seus filhos porque não lutamos pelos nossos próprios filhos.
"Quem vence o um outro é vencedor,mas quem vence a si mesmo,é invencível."
Luiz
Boa tarde Luiz Eduardo,
Concordo na sua colocação!
Nós somos responsáveis por tudo isso!
Concordo também com a colocação do Giuliano Donini " A CHINA NÃO É PROTECIONISTA É ESTRATÉGICA"
Qual nosso estratégia para competir com eles? fazer manifestações???
É só entrar nos grandes magazines e ver as etiquetas, e o POVO adora comprar mais barato! saem super contente das lojas gloriando o bom negocio que fez!
Não somente a China mas também como outros países vem vender seus produtos aqui no Brasil através de ferias e congressos duvido que algum brasileiro não tenha na sua casa algo importado!!
Não podemos mirar somente a China, a enxurrada de produtos químicos e maquinas que entram no nosso país, de outros países como, EUA, ALEMANHA, JAPÃO,ARGENTINA, PARAGUAI etc, para o setor têxtil é imenso e ninguém fala nada! parece que todo o problema é a CHINA.
Sou brasileiro e como muitos não aguenta mais ter um sócio que leva 30% todos os meses de impostos do seu faturamento e nem se quer aparece na empresa para ver como esta andando a saúde da mesma e se há necessidade de investimentos para seu crescimento.
E se fosse que sabe diria, tomá dos meus 30% que levo fica com 20% para investimentos e gerar mais empregos!
Mas a realidade é outra, não pague a parte dele para ver o que acontece com sua empresa, MICRO, PEQUENA, MÉDIA ou GRANDE..
Para ele não importa se sobra para pagar outros custos, como empregados,energia, água, telefonia,sindicatos etc.
A China esta defendendo seus interesses e posso dizer que com muita tecnologia onde teremos muito investimento a fazer para chegar perto deles, estou falando de empresas reais que são afiliadas a federação.
Eles também possuem uma federação que luta pelos TAIWAN TEXTILE FEDERATION www.textiles.org.tw a unica diferença da nossa é que a deles funcionam!
Criar recursos para um país que tem mais de 1.4 bilhões de habitante não é fácil!!
É visível que o governo se preocupa com seu POVO!
Não adianta ficar lamentando e fazendo manifestações, isso já foi feito quando eles ainda eram bebês começando a gatinhar, e falar as primeiras palavras Brasil, Brasil, agora cresceram e querem vir para o Brasil como muitos outros países! e aí estão eles, mostrando o que aprenderam e com muita tecnologia.
Quem sabe estas manifestações ajudem nosso SÓCIO MAJORITÁRIO de 30% a pensar em ganhar menos e fazer investir mais nas suas empresas para que nos tornemos mais competitivos!
A competitividade saudável ajuda a evolução tecnológica de todos!
Parabéns aos Chines que tem peito de vir ao BRASIL expor suas tecnologias em feiras nas quais os BRASILEIROS já desistiram!!
Claudemir Previtalli
Luiz Eduardo Mello disse:
Nenhum País é mais frouxo que o Brasil quando se trata em defender suas industrias...seu futuro...
Infelizmente os governos são exatamente aqueles que o Povo doutrinado os elegeram.
Tiraram o pão para fazer o Povo fraco...tiraram a educação e a saúde para terem o domínio...deram o circo e a borrachada para acalmar e reprimir as consciências sobreviventes..
Nesse estagio somos completamente vulnerareis a qualquer ataque de onde vier...
Para calar o Empresario e a Industria aplica-se a imoral,a covarde, a impatriota , a vendida, a entreguista , a "legal " , a "Constitucional" , a indecente carga tributaria...que é louvada,apoiada,incentivada pelo capital externo que encontram aqui os traidores...os lesa pátria...que ficam com dividendos da farra feita com nosso suor,com nossos,sangues,com nossas desesperanças..
Que o grito sufocado pelo desespero dos nossos verdadeiros trabalhadores,empresários,industriais...enfim do Povo ecoe no mais distante rincão e desperte o Civismo e o amor a Patria que nunca como antes foram tão necessarios.
Um banana bem dada a essa feira do "vendido" Anhembi e expurguemos do nossos meios os protagonistas e co adjuvantes de eventos semelhantes.
Está pagina teria que ter a obrigação moral de proibir chamadas referentes a tecidos importados ou coisas do genero.
Luiz
Entrar com produtos importados aqui no Brasil é muito facil porque conta com a conivência de todos.
Luiz
Jorge Trindade disse:
Um drama! O que se está a passar, na indústria têxtil, no Brasil já passou aqui na Europa nestes últimos anos. Uma invasão desenfreada de produtos chineses. Foi de tudo desde tecidos a vestuário a preços impossíveis de combater. O mais grave foi o apoio técnico que as empresas têxteis europeias, principalmente as italianas, deram às empresas chinesas. Os chineses beneficiaram (eles aprendem muito rapidamente), das orientações técnicas transmitidas pelos europeus, estes deram-lhes tudo desenhos, tipos de fios, montagens, cores... tudo incluindo os preço que deveriam praticar. Infelizmente ainda estive metido nisso, através duma empresa em que trabalhei, nós fazíamos os mostruários e a comercialização e a produção era feita na China debaixo da nossa orientação, ao princípio correu mal porque a produção não tinha qualidade mas aos poucos eles foram acertando e quando tudo estava certo, os chineses, começaram a fazer tudo sozinhos e prescindiram da nossa parceria. Aqui na Europa quase não se consegue comprar roupa- mesmo de grandes marcas, que não tenha "Made in China".
Dizem que é um problema de globalização, que a abertura dos mercados é irreversível e é bem capaz de ser.
Com este esquema há gente a ver as sua empresa a ir para o " buraco ", outros a perder os seus empregos e em contra-partida muita gente a ganhar muito dinheiro. Não tenham dúvidas que não são só os chineses que ganham dinheiro, por trás deles há uma máquina, bem oleada, de importadores, que só penam em lucros esquecendo os problemas sociais graves que tudo isto acarreta.
Muito francamente não acredito que haja volta a dar a esta situação, nem com manifestações, nem com indignação. Temos de dar a volta doutra maneira é produzir aquilo que os chineses ainda não produzem, ou seja temos de andar um passo à frente deles, sei que isto é possível porque já vi fazer isto a alguns industriais europeus.
A industria têxtil tem alguns trunfos e deve jogá-los a seu favor. Não deve de forma alguma tentar concorrer no mesmo campo do adversário, pois aí não tem qualquer possibilidade de êxito.
Força têxtil Brasileiro.
JORGE
O nosso problema está no nosso DNA.
São seculos de isolamento moral...distanciamento dos valores...dos principios...
Todo Povo que tem seu futuro e progresso feitos as custas da escravidão...do racismo...da injustiça social...de lagrimas de sua gente....esse Povo jamais terá felicidade duradoura e jamais viverá em Paz com sua consciência.
Para terminar uma frase de Caxias...Eu espero que todo brasileiro cumpra seu dever e suas obrigações morais e civicas....
Luiz
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por