Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Importados Batem Record Minam a Produção e Ameaçam PIB

Os produtos importados tomaram conta das prateleiras do país. Pelas estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), um em cada cinco bens consumidos no Brasil vem de fora. Em alguns setores, a proporção é maior. No segmento de informática e eletrônicos, por exemplo, para cada dois produtos, um é produzido no exterior. O volume de insumos estrangeiros utilizados pelas fábricas nacionais também é elevado. Em 2011, corresponderam a 21,7% dos componentes — um recorde.

Até mesmo os têxteis, um dos segmentos mais abatidos pela concorrência internacional, depende da importação para se manter no mercado. O setor trouxe de fora 28,5% dos insumos usados na produção. Na industria calçadista, o ingresso de importados também já é alarmante: atingiu a marca de 42,6%.

Para o setor fabril, esses números evidenciam o avanço da desindustrialização no país. Mais que isso, sintetizam os efeitos do chamado custo Brasil (carga tributária exagerada, logística e transporte deficientes e juros reais ainda elevadíssimos), que, ao lado do dólar desvalorizado frente ao real, vem dilapidando o crescimento da industria e prolongando a crise do setor. Pelos dados da CNI, 10 segmentos industriais carregam uma balança comercial deficitária. Ou seja, o custo com os insumos importados supera a receita com exportações. Em 2005, esse cenário se resumia a cinco áreas.

“Esses números mostram que o indústria manufatureira está se transformando em importadora”, lamentou Flávio Castelo Branco, gerente executivo da CNI. “Se nada for feito para atenuar os custos sistêmicos, o quadro deve se agravar, com o crescimento da economia (Produto Interno Bruto) sendo limitado pelo baixo desempenho da indústria neste ano”, alertou. Apenas entre 2009 e 2011, a participação de produtos estrangeiros no consumo cresceu 3,2 pontos percentuais.

Fábio Gallo Garcia, professor de economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), explica que, em função do custo Brasil, os empresários estão montando operações baseadas na importação. A seu ver, eles se transformaram em montadores de produtos, trazendo tudo de fora e sem desenvolver tecnologia. “A culpa não é apenas do industrial que está acostumado a ver o governo resolver seus problemas. O poder público também tem parcela de culpa ao impor tantas barreiras ao setor produtivo”, disse.

Do Correio Braziliense

Fonte:|http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120320084329&a...

Importação é recorde e afeta a indústria brasileira

Praticamente um em cada cinco produtos industriais consumidos no Brasil em 2011 foi importado, nível recorde. O coeficiente de penetração de importações, que considera tanto o consumo final das pessoas quanto o de insumos pela indústria, mostra que 19,8% dos bens industrializados no país vieram de fora. As informações são da pesquisa Coeficientes de Abertura Comercial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O recorde de 19,8% da participação de importados no mercado brasileiro no ano passado representou uma alta de dois pontos percentuais sobre o coeficiente de penetração das importações de 2010. Dos 27 setores industriais analisados, 21 registraram elevação no coeficiente de 2011 frente a 2010. Os segmentos com maior crescimento foram ópticos, informática e eletrônicos – sobretudo equipamentos de comunicação, como celulares – derivados de petróleo e biocombustíveis.

A participação de insumos importados na indústria brasileira – matérias primas, máquinas e equipamentos - também bateu recorde, com 21,7% em 2011. O valor foi 2,6 pontos percentuais maior que em 2010 e 0,4 ponto percentual acima do registrado em 2008, ano do recorde anterior da série. Para 24 dos 27 setores analisados, houve aumento nesse coeficiente. Os segmentos de informática, eletrônicos e ópticos foram também os que tiveram a maior alta de consumo de importados na produção – 17,8 pontos percentuais – alcançando 76,7% do total de insumos usados no ano passado.

O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, atribuiu o recorde no coeficiente de penetração das importações à valorização cambial, ao consumo interno, aos incentivos do ICMS às importações e aos chamados custos sistêmicos, como a elevada carga tributária, a infraestrutura deficiente e os juros altos. Prevê que a tendência é este coeficiente aumentar em 2012. “Se nada for feito para atenuar os custos sistêmicos, o quadro deve se agravar, com o crescimento da economia sendo limitado pelo baixo desempenho da indústria este ano”, assinalou.

ALTA NAS EXPORTAÇÕES – Segundo a pesquisa da CNI, elaborada em parceria com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), o coeficiente de exportação foi rigorosamente idêntico ao de importações.

A participação das exportações no valor da produção da indústria foi de iguais 19,8% em 2011, representando um crescimento de dois pontos percentuais na comparação com 2010. Foi o segundo aumento anual consecutivo no coeficiente de exportação. No entanto, destaca o estudo, o índice está abaixo do valor recorde de 2004, quando a participação das vendas externas no valor da produção industrial atingiu 22,9%.

Na indústria de transformação – segmento que concentra maior inovação tecnológica, maior valor agregado e melhor remuneração de mão de obra -, o coeficiente de exportação cresceu 1,1 ponto percentual em relação a 2010, atingindo 15% no ano passado. Os segmentos que tiveram melhor evolução na proporção das vendas externas no valor da produção foram metalurgia, máquinas e equipamentos e têxteis.

A participação das exportações no valor da produção da indústria de transformação está, contudo, 6,6 pontos percentuais abaixo do valor do recorde da série, em 2004. Já o coeficiente de exportação da indústria extrativa, que é altamente exportadora, caiu 0,7 ponto percentual, chegando a 73,8%, quando foi de 74,5%, em 2010. O valor registrado em 2010 foi o recorde da série.

IMPACTOS DO CÂMBIO – Além do coeficiente de insumos importados da indústria brasileira, a segunda edição da pesquisa trimestral Coeficientes de Abertura Comercial, lançada em novembro último, trouxe outro novo indicador: o coeficiente de exportações líquidas da indústria.

O índice, que será divulgado anualmente, sinaliza se uma desvalorização do real trará impacto positivo ou negativo para o setor, considerando o aumento da receita com exportação em reais e o crescimento do custo em reais dos insumos importados. Coeficientes acima de zero mostram que a desvalorização da moeda brasileira tem impacto positivo para o setor e, abaixo de zero, o impacto é negativo. Quando há valorização cambial, o coeficiente de exportações líquidas acima de zero representa prejuízo.

O coeficiente de exportações líquidas da indústria ficou em 9% no ano passado, prejudicando a maioria dos segmentos industriais, já que houve apreciação do real em 2011, em vez de desvalorização. Entre os 21 segmentos da indústria de transformação avaliados, 11 ficaram com coeficientes acima de zero. Os mais prejudicados pela valorização cambial foram os de fumo, com coeficiente de 42,1%, couros e calçados (17,9%) e alimentos e bebidas (16,6%).

Fonte:|http://www.revistavoto.com.br/site/noticias_detalhe.php?id=3160&...

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Respostas a este tópico

como sou educado....enviei um novo e-mail para PAULO SKAK, AGUINALDO DINIZ-ABIT,ZECA DIRCEU E JONATAN DA ABITEX...

mais uma vez...parabéns a todos que nos representam seja politicos ou entidades,,,estão realmente contribuindo para um futuro melhor!!! pois isto foi advertido já há muito tempo!!!!

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