Os fabricantes de fios e tecidos de algodão em Americana (SP) têm sentido os reflexos da alta do produto durante a pandemia do novo coronavírus. O valor do insumo tem variado muito na retomada do mercado, chegando a ficar até 35% mais caro, inclusive pela variação de câmbio.
Karina Dian, gerente financeira de uma indústria da cidade, conta que, desde o começo do ano, o aumento já chega a 40%. E o repasse para o consumidor final foi necessário.
"Infelizmente, nós tivemos que repassar para nossos clientes. Seguramos até o momento que dava, diminuímos nossa margem de lucro, mas chega num momento que você não consegue mais trabalhar", conta Karina.
Fabricante de fios de algodão em Americana (SP) sente reflexos com a alta do produto — Foto: Reprodução/EPTV
Em outra fábrica, o gerente comercial Luiz Machado conta que o impacto não é só do algodão, mas de outros insumos, como embalagens de papelão.
"No custo do fio, o impacto foi na ordem de 15%. Além disso, estamos tendo aumento de insumos, tudo isso pode gerar um impacto grande, podendo chegar a 20%", conta.
O que os representantes do setor destacam, é que há uma expectativa de retomada para o próximo ano, com possível normalização dos preços.
Indústria têxtil de Americana (SP) — Foto: Reprodução/EPTV
Um outro desafio para as indústrias da região é dar conta da demanda do mercado. De acordo com o sindicato dos trabalhadores do setor, nos últimos quatro anos muitos fabricantes de fios fecharam as portas, e os que continuam em atividade enfrentam dificuldades para retomar o nível de produção depois de meses parados por conta da pandemia.
"Quando tem um consumo instantâneo, uma pressão grande de demanda, existe uma falta momentânea de matéria-prima. A produção em si leva um certo tempo", explica Leonardo Santana, presidente do Sinditec de Americana.
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/09/21/industri...
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Vamos torcer para que o preço do algodão se acomode, bem como os outros insumos, para a retomada do setor têxtil com segurança.
"No custo do fio, o impacto foi na ordem de 15%. Além disso, estamos tendo aumento de insumos, tudo isso pode gerar um impacto grande, podendo chegar a 20%", conta.
O que os representantes do setor destacam, é que há uma expectativa de retomada para o próximo ano, com possível normalização dos preços.
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