O setor têxtil deve encolher ainda mais em São Paulo em 2016, com o fechamento de mais 12 mil vagas de trabalho.
O número deve se somar aos 30 mil trabalhadores do segmento que perderam emprego com carteira assinada em 2015, segundo projeção do Sinditêxtil SP (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo). O Estado responde por um terço da produção e do emprego das 30 mil empresas têxteis e de confecção no país.
Não só os indicadores de emprego mas também os de produção e vendas preocupam o setor.
"Essa situação só é comparável a recessão da Era Collor. Na década de 90 foram 500 mil empregos perdidos no país com a falência de milhares de empresas, quando o Brasil sofreu os efeitos da abertura à importação. Agora o que agrava o setor é a política macroeconômica", diz Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil SP. Em todo o país, o empresário estima perda de 100 mil postos no ano passado.
Pela previsão do sindicato, o segmento têxtil fechou 2015 com 15% de queda na produção —em 2014, a contração foi de 4,9%. Se considerada a produção de vestuário (confecção), a retração prevista para o fechamento de 2015 era de 13,50% ante recuo 2,80% no ano anterior.
"A situação só não é pior porque, com a subida do dólar, houve queda nas importações [de vestuário] que cresciam em ritmo acelerado desde 2005", diz Bonduki.
Além do processo de desindustrialização que atinge o setor, com o fechamento de empresas de grande porte que produziam fibras no Estado de São Paulo, existe a preocupação com a falta de investimentos em tecnologia e no parque fabril.
"A maioria das empresas trabalha com capacidade ociosa, reduziu turnos e concedeu férias. Ninguém quer investir neste momento. E, assim, a defasagem tecnológica aumenta", afirma Bonduki.
Enquanto isso, a tendência é que a concorrência asiática aumente, ainda que, para o executivo, seja difícil mensurar o impacto para o Brasil em meio a mudanças no câmbio e incertezas econômicas.
"Notamos que empresários chineses investem em equipamentos que permitem atender a encomenda da produção para fast-fashion, de lotes menores de peças customizadas, e não somente na produção em massa."
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Hilario....
a) comparar 2 pesos e 2 medidas!!!
b) sistema econômico e social totalmente distinto!!! um é sobrevivência de um povo e outro é qualidade de vida !!!
c) inúmeras confecções de grande porte desapareceram!!!vc está equivocado!!e com equipamento de alta tecnologia!!
d) abre-se o mercado, porém a ganância tomou conta ...prefere -se importar ( em detrimento as empregos nacionais e sucateamento de indústrias...) ....a finalidade de um país industrializado deixa de ter seu respectivo valor!!!e a sociedade sucumbe!!! diferente de outras naçoes!! é histórico!!
d) é desumano competir com economias diferentes...perde-se a competitividade!!! e isto aconteceu com o Brasil me outros
d) hoje as importações normalmente são feitas indiscriminadamente, independente de que forma são produzidas,...colaboradores explorados..etc..etc...deveríamos ter leis severas para impedir!!!
e) sendo assim....devemos apenas fechar o parque fabril...e importar tudo!!! lhe garanto que não é desta forma que se desenvolve o bem estar social!!!nem o PIB !!!
f) foi feito muita coisa no passado!!!!somente que chega a um ponto que não compensa mais investir!!! pois se tiver o mesmo equipamento...a mesma eficiência e produtividade JAMAIS teremos a mesma carga tributária !!!!???????
g) nao se esqueça...que há muitos naos tínhamos confecções com mais de 900 colaboradores!!!
h) hoje sim...são menores mas profissionais...e lutam para viver o dia-a-dia!!!
adalberto
Hilario Aleixo Munhoz disse:
As ações empresariais , sindicalistas e estatais sinalizaram ao longo da última década que a indústria de manufatura não é um objetivo a ser desenvolvido no Brasil.
Se por um lado sindicalistas querem empregos de alto valor agregado e empresários pedem como solução apenas proteção de mercado, isenção ,financiamento e convivio estatal, essa equação mantêm fora qualquer possibilidade de desenvolvimento industrial da manufatura no sentido de competitividade e longevidade produtiva.Basta ver que fizemos isso no passado recente e deu nisso que estamos vivendo.
Pensar que empreendimentos que empregam 20 ou 30 senhoras dona de casa que irão complementar sua renda sejam encarados como desenvolvimento da industria, é uma falácia com apelo social e político apenas,
Ao que tudo indica, o país desenhado pelas nossas liderancas é o país do agronegócio e extração de matéria prima. Estamos querendo manter grandes industrias de teimosos.Não que eu ache que a indústria irá acabar, mas sim que será tratada como atividade marginal, que atenderá a um mercado e necessidades locais não atingido pelas industrias de alto volume e instaladas em países que possibilitem a alta competitividade, seja ela encarada como for. Assim, pelos atos vistos nos últimos anos, não podemos visualizar grandes empresas de manufatura têxtil atendendo no mercado local. Note que me refiro somente a indústria. O varejo e distribuição podem desenvolver largamente tendo o mercado consumidor local e internacional buscando fornecedores em qualquer local do planeta, a indústria ....essa sim...será marginal...
Senhores, não fizemos nada no passado. O que estou dizendo somente é a consequência disso. Se não gostam desse cenário, então façamos algo para que mude, ou então vamos nos adaptar a ele.
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