Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Indústria Têxtil Se Equilibra Para Sobreviver na Guerra Com Chineses

Fabricantes de tecidos e de roupas amargam queda de 14,88% e 4,4%, respectivamente, na produção em 2011. Mas vendas de produtos cresceram 11,82% no país, o que mostra como a invasão de mercadorias asiáticas prejudica a indústria nacional. Criação de vagas no setor é outro termômetro: queda foi de 12,1% no ano passado

As fábricas de tecido no Brasil já não apitam como no tempo de Noel Rosa. Detonadas pelo real valorizado e pela importação de produtos da Ásia, as indústrias têxteis brasileiras tiveram em 2011 um de seus anos mais amargos. Parece piada de mal gosto, mas enquanto a produção industrial do segmento têxtil registrou queda de 14,88% e a de confecções de 4,4% no ano passado, as vendas no varejo dos dois segmentos subiram 11,82%. A aparente contradição é explicada pelo aumento do volume de produtos do segmento provenientes principalmente da China que está chegando ao país. Nos cálculos do presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, que também comanda a Cedro Cachoeira, uma das mais tradicionais companhias do setor em Minas, de 2010 para 2011, o segmento deixou de gerar cerca de 280 mil empregos. Para fazer esse cálculo, ele levou em conta as vagas perdidas e as que deixaram de ser geradas em toda a cadeia nos últimos dois anos.

Em Pará de Minas, na Região Central do estado, uma das quatro fábricas de tecido que fizeram história no município está agonizando e as outras três rodam em situação difícil. Segundo Aprígio Guimarães, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, a Fábrica Moderna de Tecidos (Famotec), que já teve 270 empregados, hoje só tem 30. “A Famotec está esperando que o soro seja desligado para morrer. A importação de tecidos está arrebentando o brasil inteiro.” Dificuldades do mesmo calibre se replicam em regiões como Americana, em São Paulo, e no Recife, capital pernambucana, locais onde as fábricas de tecidos foram praticamente dizimadas, segundo Júlio Morais, presidente da Cooperativa de Produção Têxtil de Pará de Minas, que já contou com 320 cooperados e hoje tem 200.

A dificuldade de concorrer com os importados está sendo intensificada pela guerra dos portos, que usa como arma descontos de até 80% na alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para produtos importados e é praticada em 10 estados da federação: Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Maranhão. “Com isso, produtos fabricados no Brasil pagam 12% de ICMS enquanto que os que vêm de fora chegam a pagar algo em torno de 2%”, calcula Flávio Roscoe, presidente da fabricante de malhas Colortêxtil. No ano passado, a balança comercial da indústria têxtil registrou déficit de US$ 4,9 bilhões na comparação com 2010. Desse total, 44% entraram pelos portos que dão incentivos à importação.

Fatia desigual

“A situação está mais complexa do que nunca. A participação dos importados só vai crescendo”, observa Roscoe. Em janeiro, a chegada oficial de importados confeccionados avançou 70% em comparação com o mesmo período do ano passado e a de têxteis, 20%. A situação já obrigou o grupo Colortêxtil – que conta com duas fábricas em Minas e uma no Nordeste – a reduzir em 20% a fiação e a demitir 50 dos 380 funcionários. Há três anos, eram 500. “Os preços estão muito ruins. Sempre que a demanda está menor do que a oferta, eles caem. O dólar vai caindo e a margem (de lucro) vai apertando. A única saída é reduzir a produção.”

Nos cálculos do empresário, o quilo de tecido comprado da China chega ao país entre 10% e 25% mais barato do que o fabricado em território nacional. No caso das roupas, a invasão se dá principalmente no segmento masculino da moda, menos complexo do que o feminino. Nesse caso, segundo Roscoe, a diferença varia de 10% a 50% em cada peça, a favor dos importados.

Em 2011, a indústria de confecções, que engloba desde o vestuário até roupas de cama, mesa, banho e cortinas, registrou aumento de importações de 32,6% em toneladas e de 57,9% em dólares na comparação com 2010. Na indústria do vestuário, as importações saltaram de US$ 1,07 bilhão em 2010 para US$ 1,72 bilhão no ano seguinte. E no segmento de tecidos essa variação foi de US$ 1,35 bilhão em 2010 para US$ 1,58 em 2011. “Estamos gerando emprego na China. O importante para o Brasil não é um produto barato. O bom para o consumidor é emprego e renda. O Brasil está entregando o mercado interno, o seu maior ativo para enfrentar crises. A indústria brasileira não está usufruindo do mercado interno”, desabafa Aguinaldo Diniz.

Fonte:|http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/03/13/internas_econo...

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Respostas a este tópico

EU NÃO ENTENDO!!! SE HOUVER ALGUÉM QUE POSSA AJUDAR-ME A ENTENDER, POR FAVOR, MANIFESTE-SE.

MUITO JÁ FOI DITO SOBRE ESSA SITUAÇÃO. PRIMAVERA TÊXTIL, MOVIMENTO CONGRSSISTA E OUTROS. O SETOR

TÊXTIL TÊM INSTITUIÇÕES CLASSISTAS ORGANIZADAS, PROVAVELMENTE, O SEGMENTO INDUSTRIAL COM O MA

IOR NÚMERO ASSOCIAÇÕES DENTRO DO BRASIL. E NÃO SE UNEM NUMA ESTRATÉGIA DE "GUERRA" DE FORMA VERTICALIZADA PARA COMBATER O "INIMIGO" QUE ESTÁ EM NOSSOS DOMÍNIOS.

ESPERAR QUE AS GRANDES REDES DE LOJAS CONTROLADAS POR INSTITUIÇÕES QUE TÊM POR OBJETIVO FINAL

TÃO SOMENTE O LUCRO DAR UMA "GUINADA" EM SUAS ESTRATÉGIAS FINANCEIRAS NO SENTIDO DE GARANTIR A SOBREVIVÊNCIA DA NOSSA INDÚSTRIA É "UTÓPICO" MAIS DO QUE ESPERAR QUE A RAÇA HUMANA ATINJA A VERDADEIRA DEMOCRACIA, O ANARQUISMO (APREGOADO NO MONOTEÍSMO DE ABRAÃO).

LOGO O QUE RESTA, VEJO, É PARTIRMOS PARA A UNIÃO VERTICALIZADA: FIAÇÕES UNIDA ÀS TECELAGENS,

QUE SE UNEM AS CONFECÇÕES QUE SE UNEM OU CRIEM REDES  VAREJISTAS DE PRONTA ENTREGA.......... COM A

BANDEIRA DO, EX.: "COMPRE QUE É NOSSO, É PRO NOSSO BEM"...............................


É, EU NÃO ENTENDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Tambem não entendo.

PT - Partido dos Trabalhadores.

De qual pais?

Caro, Jorge e amigos neste site. Acho que "TÔ" ficando louco ou "MUITO" burro. VEJAM SÓ:

0 MINISTÉRIO DOS ESPORTES DOOU AOS SRS. GALVÃO BUENO E EMERSON FITTIPALDI, VIA SUAS

ONG'S(CADA UM TEM UMA), 2,2 MILHÕES E 1 MILHÃO, RESPECTIVAMENTE, PARA INVESTIREM, PAS-

MEM EM FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA PILOTOS DE COMPETIÇÃO. UM ESPORTE ELITIZADO E QUE

TEM COMO INCENTIVADORES E PATROCINADORES INDÚSTRIAS AUTOMOBILÍSTICAS E DE PETRÓLEO,

A PETROBRÁS JÁ PARTICIPA.

O SR. GALVÃO BUENO PRECISA DISTO? FOI, NÃO FOI É DIVULGADO SUAS AQUISIÇÕES NA ÁREA

PECUÁRIA COM A COMPRA DE "BOIS" COM VALORES ULTRAPASSANDO AS CIFRAS DOS MILHÕES

DE DÓLARES PARA VENDER SEUS ESPERMAS. E SEUS FILHOS PARTICIPAM DE EQUIPES COM DESTA-

QUE NO ESPORTE E QUE ABREM VÁRIAS PORTAS AOS PATROCINADORES.

O SR. FITTIPALDI, TÕ LOUCO MESMO(!!!), VAI UTILIZAR O "MIMO" DO MINISTÉRIO PARA FORMAR

SEU NETO, PIETRO(CIDADÃO AMERICANO E Q VIVE LÁ E SERÁ FORMADO LÁ), COMO PILOTO DA

NASCAR. ORA SRS., O HOMEM É UM DOS MAIORES EXPORTADORES DE SUCO DE LARANJA DAS

AMÉRICAS.


"ENQUANTO ISSO, NOSSOS ATLETAS OLÍMPICOS E PARAOLÍMPICOS, TRAVAM A HUMILHANTE BA-

TALHA DE MENDIGAR MIGALHAS PARA COMPRAREM: CALÇADOS, UNIFORMES E ATÉ EQUIPAMEN-

TOS, SEM FALAR NAS VIAGENS, PARA REPRESENTAREM COM MUITA DIGNIDADE E PATRIOTISMO,

O VERDADEIRO NÃO O PRA INGLÊS VER, O NOSSO(POR ENQUANTO) BRASIL.

MEU BRASIL BRASILEIRO VAMOS REVER NOSSOS VALORES, VOTEMOS NULO NAS PRÓXIMAS ELEI-

ÇÕES(2012) E DAR UM "CAGAÇO" NOS HIPÓCRITAS DE BRASÍLIA.

          O  povão que compra produtos texteis barato , nao olha da onde vem as calças , as camisas,  os vestidos nem querem saber a procedencia, a qualidadade , a composiçao do tecido. Querem saber somente do preço. Nao  sabem nem a onde e a China , Paraguai , Africa, etecccccccc.

first of all sorry for not beeing able to write Portuguese. I can ready just enough to understand that Brasil is facing the same problem of the textile industry in Italy. I am not speaking of FASHION! I am speaking of the textile chain.

The first way to solve a problem is to understand what is the problem!

I would be very happy to give your industry a support. I have a huge experience in companies checkup.

giovannisommariva@hotmail.com

Julio Cesar,

A cadeia textil sempre foi auto-fágica. O Paulo Skaf tentou amenizar essa guerra interna, mas parece que desistiu. O Aguinaldo, há anos vem lutando contra essa burrice. Porem a area de vestuário é muito forte e até agora quem vinha levando a pior era o agricultor, que o Aguinaldo tanto fez para proteger( em M.G. pelo menos) Agora a industria de transformação está em extinção.

Quanto aos Galvões, existe dinheiro para quem quizer investir em qualquer ramo. Basta ser bem rico e ter um bom "lobby" e principalmente, trabalhar muito para multiplicar seus " talentos ".

Dear Giovanni Sommariva, can you inform the solution for the textile industry for your own country?

Dear Julio Caetano,
Thank you for your e-mail.
Your is a very interesting question. What we are doing in Italy for our textile industry? Practically nothing, Why? We are an EU partner and we are not so powerful as the North Europe country where are located the Head Office of the Owner of the trading in textile. We are not allow to use the label MADE IN ITALY: it is against the EU rules. Thus we are trying to do something not officially.
I give you a suggestion: you as Brazil can ask your Government to add an "environmental TAX" on all the imported items (in our case Textile and Garment). The most difficult could be how to organise the inspection on place. Everybody in China can have ANY certification! But it is really very difficult to make an ETP plant in one week...
Of course in few year they could reach the needed standards, but at that time probably the cost in China will be similar to your. In this moment many Chinese enterprises are manufacturing their textile production in Vietnam.
Anyway if you need a practical support I am a free lance advisor and I could support you in this project. If you agree I will send you my CV. 
Best regards
Giovanni

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